O OBREIRO E O SEU PREPARO PARA A OBRA DO SENHOR
λόγος
SEMINÁRIO TEOLÓGICO
PALAVRA PASTORAL
Há no meio evangélico
Obreiros mal formados, sem caráter, caloteiro, mundano, encrenqueiro,
prostituto, fofoqueiro, e outros “utos e eiros”, que não cultivam os Frutos do
Espírito Santo e que mais cedo ou mais tarde sairão da Obra. Falam mal da
igreja, pastor e etc. Alguns até colocarão a igreja na justiça, dizendo que
viveram injustiças nela.
A maioria não teve um
discipulado, outros pouquíssimos conhecimentos Bíblicos, Teológico ou de Fé
Cristã.
Voltando ao nosso assunto.
Para alguns, o trabalho como Obreiro se resume apenas em:
Trabalhar no culto segurando
a sacola de oferta;
Ungindo as pessoas e
expulsando demônios (exorcismo);
Na porta da igreja recebendo
as pessoas (quando recebe); ou, do lado de fora da igreja com outros obreiros
batendo papo. Isso sem se falar de outros assuntos ruins que não deve ser
discutido agora como: fofoqueiros entre outros.
Eu já vi e conheci diversas
“pessoas” que foram levantados a Obreiro. Não posso afirmar que fora de um
padrão, por que esse padrão não existe, mas de diversas formas que você como
candidato deve fugir:
O Candidato pode ser
levantado pelo Espírito Santo através de um, Pastor ou através de um
Padrinho/Amigo/Parente Pastor (que é o mesmo que ser levantado pela carne).
Exemplos:
1 – Levantado pelo Espírito
Santo – O Candidato escolhido é levantado sem que alguém tenha algo contra sua
vida dentro ou algo fora da igreja que manche sua conduta. Sua vida é impecável
diante dos homens e também diante de Deus. Quando digo “diante dos homens” me
refiro à família, parentes, vizinhos e colegas de trabalho. Nos dias de hoje
não se vasculha a vida do candidato como na época em que fui levantado. Bom se
ainda fosse assim, mas amém, que cada um mostre caráter de Deus fora e dentro
da Igreja.
Esse se dedica fielmente a
Obra, mostra amor aos necessitados e queima o desejo em ganhar almas para o
Reino de Deus.
2 – Levantado pela Carne – É
o mesmo que ser levantado sem condição espiritual alguma.
Bom, creio que todos já sabem
o que acontece quando existe na igreja Obreiros da Carne, não é? Só problemas.
Ou eles ficam um tempo, dois tempos, são sufocados pelos problemas, pelo diabo
e se vão. Alguns anos depois criam um perfil no youtube, Face Book para falar
mal da Igreja e a vida dele vai ficar amarrada até o dia em que ele pedir
perdão. Mas isso é outra história.
E aí? Como você quer ser
levantado? Pela Carne ou Pelo Espírito?
Para um melhor
aperfeiçoamento dos candidatos segui um estudo e no final deste estudo, alguns
pré-requisitos para ser um candidato a obreiro aqui na Comunidade Pentecostal
Cristo para as Nações e a parte final é o curso propriamente dito ( C.F.O).
Deus o abençoe.
Pr. Celso Soares Neto
INTRODUÇÃO
Existem três tipos de pessoas
que a Bíblia afirma que Deus está constantemente à procura. Deus está
procurando por intercessores:
"E busquei dentre eles
um homem que levantasse o muro, e se pusesse na brecha perante mim por esta
terra, para que eu não a destruísse; porém a ninguém achei. " (Ez 22:30)
Ele também procura adoradores:
"Mas a hora vem, e agora
é em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade;
porque o Pai procura a tais que assim o adorem.” (Jo 4:23)
A escassez de intercessores
destrói a terra, enquanto a escassez de adoradores entristece os céus. E por
fim, o próprio Jesus afirma a
necessidade de obreiros:
"Então disse a seus
discípulos: Na verdade, a seara é grande, mas os obreiros são poucos. Rogai,
pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara. " (Mt
9:38, 39)
A escassez de obreiros
determina o fracasso da igreja em relação à grande colheita. Quando a igreja
deixa de colher, Satanás o faz, alargando as portas do inferno e assolando a
sociedade.
Este texto apresenta o clamor
que sobrecarregava o coração de Jesus. Mediante um mundo de necessidades, ele
se depara com a demanda de obreiros, pessoas que estão não apenas dispostas,
mas legitimamente afinadas com a vontade de Deus para desempenharem o mais
nobre serviço a que um ser humano pode se envolver. Pessoas que vão transformar
o destino eterno de tantas outras.
Uma importante questão é que
a mobilização deste tipo de contingente é precedida por um processo de
qualificação que poucos correspondem ou se propõe a submeter. Jesus desfecha
esta conclusão dizendo:
"Muitos são os chamados,
mas poucos os escolhidos. " (Mt 22:14)
Há uma longa distância entre
ser chamado e ser escolhido. A abordagem deste material se resume em percorrer
este estreito caminho, onde tantos tem fracassado.
Esta afirmativa de Jesus
revela um efeito funil. De muitos sobram poucos. Isto mostra como o mundo
espiritual impõe um processo de seleção. Ou seja, muitos são chamados, todos
são provados, porém, poucos são os aprovados.
Não é de qualquer jeito, ou
do nosso jeito que vamos caminhar no chamado de Deus. É importante entender,
que apesar de nós sermos os chamados, o chamado é de Deus e não nosso.
Apesar de tudo que envolve o
tratamento de Deus, pessoas chamadas estão diante da maneira mais sublime e
significativa de viverem as suas vidas. Aceitar o chamado de Deus significa
concordar com a grande realidade que não sabemos a melhor forma de vivermos
nossas próprias vidas, mas o Senhor sabe.
A procura de Deus deve se
encontrar com a nossa procura, e a nossa procura deve se encontrar com a
procura de Deus. Desta intercessão emerge um genuíno ministério que pode, até
mesmo, afetar toda uma geração. Este foi o grande apelo do mais incansável
obreiro do reino de Deus:
"Procura apresentar-te a
Deus, aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar que maneja bem a
Palavra da verdade. " (II Tm 2:15)
Esta apostila, além de
possuir um caráter cirúrgico, irá prover uma radiografia da personalidade sob
um ângulo muito pouco observado, que revelará suas deficiências básicas e
motivacionais, apontando para uma erradicação de tudo aquilo que sustenta os
mais graves quadros de reprovação.
Nos bastidores da sua alma,
uma grande revolução espiritual está prestes a romper. Uma mudança profunda que
certamente será percebida por quem mais interessa: O Deus a quem amamos. Entre
nesta leitura com os olhos abertos, ouvidos atentos e acima de tudo um coração
responsivo!
Ler em casa da página 5 á 52 antes de
começarmos o curso.
Antes de ser obreiro...
"Procura apresentar-te a
Deus, aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar que maneja bem a
Palavra da verdade.” (II Tm 2:15)
Antes de Paulo mencionar
sobre a postura de obreiros, ele aborda duas situações fundamentais que não
podem ser, em hipótese alguma, negligenciadas. Ele fala sobre
"procurar" atender estas condições: "Procura apresentar-te a
Deus ( 1 ), aprovado ( 2 )... ". Isto é o que vamos tratar,
respectivamente, nos dois primeiros capítulos.
O objetivo primário de alguém
que "procura" é simplesmente encontrar. A questão é que algumas
coisas estão mais escondidas do que imaginamos. Também, pode-se levar um tempo
maior que o esperado para serem obtidas. Como veremos, só depois de vinte anos
no deserto em Padã Arã é que Jacó atingiu estas condições, restaurando seus
relacionamentos e redimindo sua identidade.
Na verdade, indispensavelmente,
antes de fazer qualquer coisa para Deus precisamos de um encontro com estas
realidades. Este processo vai até os porões da alma eliminando a vergonha e
todas as demais impurezas que bloqueiam o fluir do Espírito Santo.
Surge, então, uma capacidade
divina de manejar bem a palavra da verdade que se expressa através de um estilo
de vida que prevaleceu sobre cada estado crônico de reprovação.
Sob esta perspectiva, a
Palavra de Deus não é a "espada do pregador", porém, como Paulo
afirma, ao mencionar a armadura de Deus, é a "espada do Espírito
Santo", que apenas corta através de nós na mesma profundidade que cortou a
nós mesmos:
"Porque a palavra de
Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e
penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para
discernir os pensamentos e intenções do coração." (Hb 4:12)
ENTENDENDO O JUÍZO DE DEUS
"Vede entre as nações, e
olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos: porque realizo em vossos dias uma obra,
que vós não crereis, quando vos for contada. " (Hc 1:5)
Quantos podem dizer um grande
aleluia para esta tremenda mensagem profética? Quantos acreditam nesta obra
inacreditável que Deus, de repente, está por realizar na sua própria vida? Algo
de maravilhar, de admirar e espantar a todos. Uma obra, também, de proporções
tão grandes que seria percebida entre as nações.
O que Deus realizaria que
quando alguém fosse nos contar seríamos incapazes de acreditar que tal coisa
pudesse estar acontecendo? A que tipo de milagre, promessa ou intervenção
divina o profeta se refere?
À primeira vista, tudo isto
parece algo muito desejável. As expectativas incitadas aqui tornam este
versículo uma realidade ainda mais assustadora. Esta é a grande surpresa de
Deus para pessoas, ministérios, cidades e nações.
Na verdade, poucos discernem
este texto. Ou seja, a maioria até crê neste versículo, porém de uma maneira
totalmente equivocada e desalinhada em relação ao seu contexto original. Na
verdade, esta é uma das profecias mais distorcidas da Bíblia pelos crentes.
Seria, portanto, de extrema relevância, se compreendêssemos melhor os
bastidores desta promessa em palco.
Depois de um tempo de muita
excelência e prosperidade que culminou no reinado de Davi e Salomão, a nação,
aos poucos, no decorrer das gerações, vai entrando em expressiva decadência e
começa a ser advertida de muitas formas e por muitos profetas. Vêm, então, uma
terrível fase, onde parece que a idolatria e a impiedade definitivamente
triunfariam. Esta foi, então, a resposta que Deus deu à oração desesperada do
profeta Habacuque, quando este clamava e reclamava do silêncio divino e da sua
aparente insensibilidade mediante tanto pecado e injustiça praticados
impunemente pela "nação santa" (Hb 1:1-4). Só as pessoas que veem o
pecado com os olhos de Deus podem entender de fato este texto. Na verdade, o
que está em pauta, é uma forte intervenção divina através de um grande juízo
que surpreenderia a todos, o que se cumpriu quando Jerusalém foi arrasada e o
povo levado em cativeiro para Babilônia.
Normalmente, o pecado, não
apenas traz uma dinâmica de escravidão, como também um terrível processo de
insensibilidade moral, dureza de coração, seguido pela cauterização da
consciência. Isto torna ainda mais difícil, radical e desafiante o ofício
profético.
Dois desafios proféticos
1. Levar o povo a crer na obra do juízo de Deus,
destruindo as falsas convicções.
Invariavelmente, as pessoas
religiosas estão à cata de profecias abençoadas. Elas não estão interessadas em
ouvir e entender o coração de Deus e por isso não toleram a palavra profética
quando são advertidas.
Seus ouvidos estão
programados para não ouvir aquilo que contraria seus interesses e desejos.
Quanto mais insistimos nesta
posição, tanto mais aceleramos e intensificamos o juízo de Deus, e o pior,
menos cremos neste juízo vindouro e maiormente seremos surpreendidos por ele.
Qual seria, de fato, esta
obra tão admirável, referida por Habacuque, que ninguém creria? A resposta não
é outra senão um terrível tempo de julgamento divino. A nação seria destruída e
exilada! Um duro processo para tratar com as mais profundas raízes da apostasia
e idolatria. Este princípio também ensina e adverte que temos uma forte
tendência para a incredulidade quando a questão é o juízo de Deus!
Milagres não transformam
nosso caráter, o juízo de Deus sim. O juízo sempre começa pela casa de Deus.
Este é um princípio de ação do reino moral. No primeiro capítulo de Habacuque
Israel é julgado, no segundo, Babilônia é julgada e no terceiro as nações são
julgadas. Começou por Israel e atingiu todo o mundo.
Antes dos avivamentos de
ordem mundial causados pelos testemunhos de Mesaque, Sadraque e Abdenego na
fornalha, e também de Daniel revelando o sonho de Nabucodonosor, decifrando a
mensagem para Beltessasar e depois na cova dos leões, Israel experimentou o
maior julgamento da sua história, até então. Foi num contexto de juízo e
purificação que o Deus de Israel foi glorificado e conhecido, por várias vezes,
em todas as nações do mundo!
Chega uma hora em que Deus
trata severamente com nosso orgulho, nossa obstinação, nossas tradições, nossos
pecados costumeiros, por mais que aparentemente estamos "bem"
espiritualmente. Todo tipo de segurança que descarta o quebrantamento e a
humildade é uma armadilha que construímos para nós mesmos.
Deus estava chamando o povo a
uma purificação, porém foi ignorado. Vez após vez os profetas tentaram avisar
um povo ensurdecido e obstinado. A classe religiosa estava tão segura em si
mesma que qualquer profecia neste sentido era totalmente absurda. Desprezaram
os verdadeiros profetas. Estavam tão acomodados com seu estilo de vida
pecaminoso e religioso que seriam inevitavelmente pegos de surpresa!
Isto sempre acontece quando
se pratica uma "espiritualidade" que tolera a imoralidade e a
corrupção. O juízo tarda, mas não falha, como Deus disse a Habacuque:
"Pois a visão é ainda
para o tempo determinado, e se apressará até o fim. Ainda que se demore,
espera-o; porque certamente virá, não tardará."
(Hc 2:3)
Pensando bem, a obra
maravilhosa de Deus foi, na verdade, maravilhosamente horrível. Um julgamento
de espantar a todos. O povo foi saqueado, o templo que era tido como um amuleto
que garantia a proteção divina foi arruinado, os filhos foram levados cativos,
os muros e as portas da cidade queimados e destruídos.
Ninguém acreditava que
tamanha destruição e escravidão poderiam sobrevir. Todo povo exilado numa terra
estranha, com uma língua estranha e com deuses ainda mais estranhos. Apenas
desta forma é que Israel aprendeu a abominar a idolatria que praticaram por
tanto tempo.
O primeiro tipo de
incredulidade que Deus quer quebrar nas nossas vidas é em relação ao seu juízo.
Aquela visão otimista e romântica da nossa religiosidade que nos torna
insensíveis ao nosso pecado precisa cair por terra. Nosso conceito de
prosperidade normalmente é falido. São atalhos que muitas vezes nos levam a
perder a direção de Deus.
Gostamos das soluções
rápidas, milagreiras, no estilo micro-ondas. Mas, isto contraria nossa própria
natureza, que exige um processo para se desenvolver.
Quanto mais as pessoas se
concentram nestas soluções momentâneas para resolver os problemas agudos e
aliviar a dor, mais esta atitude contribui para piorar o caráter crônico da
situação.
Quanto mais pensamos que tudo
tem que dar do nosso jeito, mais surpreendidos seremos pelo tratamento de Deus.
Não é fácil quebrar aquela falsa convicção de que Deus está conosco quando na
verdade estamos é obstinado.
Ninguém acreditava que
Jerusalém fosse entregue aos inimigos e levados para a "terra da
confusão": Babilônia. Ninguém suportava a ideia que o templo pudesse ser
profanado e destruído, e os seus vasos roubados. A cidade santa humilhada,
ferida e cativa.
Quando Jeremias profetizava
contra Jerusalém, isto era interpretado pelos líderes da nação como sacrilégio,
um terrível absurdo. Mas simplesmente, para surpresa de todos, foi o que
aconteceu!
Poucos homens, como Jeremias,
Habacuque, Ezequiel, acreditaram nesta obra admirável. O povo inteiro estava
enganado! Os líderes da nação estavam distraídos! Os sacerdotes estavam
errados! É terrível pensar que Deus está conosco de uma forma, quando ele está
de outra totalmente oposta!
Este é o maior trauma que
alguém pode sofrer. Ir para uma terra estranha. Permanecer num lugar que não é
o lugar onde as promessas vão se cumprir. Aprender a ser um peixe fora d'água
não é fácil.
O processo de Deus mudar
determinadas convicções erradas que temos é extremamente doloroso, mas
necessário. Envolve muitas desilusões. O problema é que algumas desilusões
matam não apenas as falsas convicções, como também as verdadeiras.
Mesmo após o tempo prescrito
para o cativeiro terminar, os exilados ainda permaneciam na inércia gerada por
tanta decepção e sofrimento. Aqui entra o segundo desafio profético.
2. Levar o povo a acreditar na restauração
Agora os profetas de Deus
tinham um novo desafio: fazer o povo acreditar na restauração de Deus. Esta foi
uma tarefa tão difícil quanto a de fazer o povo acreditar no juízo.
Basta ler Neemias, Ageu, Zacarias,
para entendermos o esforço que é necessário ser empreendido para restaurar a fé
de pessoas abatidas e desiludidas pelo julgamento divino.
Toda pessoa e ministério tem
seu momento de perturbação, desilusão e incredulidade. Este tempo muitas vezes
é longo. Um bom exemplo desta realidade aconteceu com João Batista, o apóstolo
do avivamento. Ele estava tão deprimido e perturbado dentro daquela prisão que
todas as suas convicções vacilaram.
Mesmo depois de ter visto o
Espírito Santo em forma corpórea de pomba descer sobre Jesus, confirmando sua
identidade messiânica, e de haver declarado abertamente a todos que estavam
diante do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, vendo cumprido o que
Deus lhe falara (Jo 1:33), ainda assim, ele havia perdido a fé na sua missão
maior que era ser o precursor do Messias. Sua vida parecia vazia e sem sentido
naquela prisão. É como você, talvez, esteja se sentindo agora!
A verdade é que todos nós
passamos por situações e provas como estas. Porém, aqui estão as maiores oportunidades
de saltarmos na fé, correndo nas pegadas das gazelas, conquistando lugares
ainda mais elevados. O problema é poucos conseguem perceber estas oportunidades
que tem o poder de nos lançar para o topo da dependência de Deus.
Algumas lições acerca do juízo divino
- Deus sempre tem um plano de
resgate que é elaborado antes de sermos entregues ao cativeiro. Antes da
destruição do templo de Salomão, no capítulo quarenta do livro do profeta
Ezequiel, Deus já havia dado a planta do novo templo a ser restaurado. Aqui
entendemos o princípio onde o Cordeiro de Deus foi imolado antes da fundação do
mundo. Deus nunca age irresponsavelmente. Ele está pronto para lidar com os
desvios da raça humana. O objetivo final do juízo não é destruir, mas
reconstruir de acordo com o propósito original.
- Todo juízo que
experimentamos é um atestado do investimento de Deus. Depois que Deus julga
alguém, o próximo passo é que ele vai usar este alguém. A identidade, a
consciência e o propósito ganham clareza e profundidade e podemos edificar
sobre o alicerce adequado. Entendemos melhor quem somos em Deus e onde devemos
chegar.
Compreendemos que as
tribulações são importantes no desempenho da nossa missão. Aquele otimismo e
romantismo egoísticos são substituídos por uma motivação inegociável de tão
somente glorificarmos a Deus, não importa se é pela vida ou pela morte, pela
abundância ou pela escassez, pelo sucesso ou pelo "fracasso". A cruz
tem os seus paradoxos.
- Reconstruir é mais difícil
que construir, porém existe um outro princípio aqui. O que você reconstrói é
sempre melhor que o que você construiu. A experiência é a mestra da sabedoria.
A glória da segunda casa é sempre maior que a da primeira. Tudo que você
aprendeu com a destruição será usado na reconstrução.
- "O justo viverá pela
fé" (Hc 2:4). Esta é talvez a principal lição que aprendemos quando somos
trilhados pelo tratamento divino. Aprendemos a temer e tremer diante da palavra
que procede da boca de Deus.
Aprendemos que única fonte de
direção e segurança é a palavra de Deus. Ela está acima de todas as
circunstâncias, pressões, opressões e situações.
"Mil cairão ao teu lado
e dez mil à tua direita, mas tu não serás atingido. " (Sl 91:7)
Quantos podem confiar nesta
verdade apesar de vivermos num tempo onde tantos estão abalados e atingidos
pela incredulidade e desistência?
Existe um lugar de proteção.
Alguns tem achado este lugar. São os que se submetem ao tratamento de Deus com
fidelidade. Homens como Daniel, Neemias, Ezequiel, Sadraque, Mesaque, Abdinegro
e tantos outros, que mesmo no cativeiro mantiveram a sua fidelidade e
experimentaram o poder manifesto de Deus.
Eles prevaleceram mediante as
condições mais desfavoráveis. Entenderam a justiça divina, confessaram as
culpas da nação e as iniquidades dos pais. Se compadeceram daquela geração e
intercederam pela restauração do povo que se encontrava em total assolação.
Fizeram toda a diferença!
O CONHECIMENTO DINÂMICO DE DEUS
Este texto expressa uma visão
aprimorada, nua e crua, sem ilusões, de como Deus age conosco, para que
possamos, realmente, conhecê-lo:
"Vinde, e tornemos para
o Senhor porque ele despedaçou e nos sarará; fez a ferida, e a ligará. Depois
de dois dias nos dará a vida: ao terceiro dia nos ressuscitará, e viveremos
diante dele. Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como
a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como a chuva serôdia que rega a
terra. " (Os 6:1-3). O Deus que fere e que cura
O grande drama da cura de
Deus é que ela, na maioria das vezes, é precedida por uma ferida, também de
Deus. Antes de um cirurgião remover um tumor, ele precisa usar o bisturi para
cortar. Não se pode curar sem operar e não se pode operar sem ferir. Esta é uma
lei óbvia para quem trata responsavelmente das raízes dos problemas das pessoas.
Precisamos conhecer a Deus
neste sentido. É comum pularmos os dois primeiros versículos do texto
mencionado, fugindo do seu contexto e teorizar ou racionalizar o conhecimento
divino. Porém, conhecer a Deus na essência, é experimentar o que Oséias experimentou.
O conhecimento de Deus começa com as feridas que ele mesmo abre em nossas
vidas: "... ele despedaçou, e nos sarará, fez a ferida, e a ligará."
Toda pessoa e ministério
poderosamente usados por Deus precisa poder dizer o que Paulo disse:
"Trago no meu corpo as marcas de Cristo". Da mesma forma, Isaías
descreve o Messias como "ferido de Deus". Jacó, também, foi atingido
pela espada do anjo do Senhor.
Deus sabe como nos ferir no
ponto certo. Ele tem a perícia de um exímio cirurgião.
Existe, porém, uma diferença
entre a ferida e a cicatriz. A cicatriz nada mais é que a ferida curada. A
marca e a lembrança existem, porém, a dor, a vergonha, as vulnerabilidades
foram totalmente superadas. É importante mencionar, não apenas as "feridas
de Deus", mas as "cicatrizes de Deus". Acima de tudo Deus é um
Deus de cicatrizes. A essência da unção messiânica é restaurar a cana quebrada
e reacender o pavio que fumega. Cada cicatriz de Deus representa uma tremenda
gama de experiências profundas que redunda num conhecimento divino legítimo e
palpável. Isto pode ser perfeitamente traduzido pelas palavras de Jó após todo
o seu sofrimento:
"Eu te conhecia só de
ouvir, mas agora os meus olhos te veem. Por isto me abomino, e me arrependo no
pó e na cinza". (Jó 42:5, 6)
Conhecer a Deus não é
meramente ser um expert em Bíblia e teologia. Na verdade, na mesma proporção
que alguém se torna um exímio defensor de suas doutrinas, pode também assimilar
uma tendência de tornar-se não ensinável, independente, fechado para a diversidade
e anti-sinérgico.
Este tipo de bloqueio engessa
o crescimento e peca contra a progressividade da revelação divina. Este é o
doentio processo de tradicionalização da mente.
É crucialmente necessário
manter uma postura de flexibilidade capaz de não desprezar o "velho"
como também, não nos fechar para o "novo" de Deus:
"E disse-lhes: Por isso,
todo escriba que se fez discípulo do reino dos céus é semelhante a um homem,
proprietário, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas". (Mt 13:52)
Segundo Oséias, conhecer
progressivamente a Deus é o processo onde Deus fere, trata da ferida,
cicatriza, vivifica e ressuscita. Em cada processo cirúrgico, Deus vai
removendo tudo aquilo que impede nossa fé em relação ao seu caráter. Quanto
mais esta fé cresce, tanto menos valorizamos as crises circunstanciais. A
adoração e uma perspectiva sólida da grandeza de Deus brotam poderosamente em
nossas vidas.
O cântico de Habacuque: o espírito do verdadeiro
adorador
"Ainda que a figueira
não floresça, nem haja fruto nas vides; ainda que falhe o produto da oliveira,
e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da
malhada e nos currais não haja gado. Todavia eu me alegrarei no Senhor,
exultarei no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é a minha força, ele fará os
meus pés como os da corça, e me fará andar sobre os meus lugares altos."
(Hc 3:17-19)
Este é o espírito do cântico
de Habacuque! Ainda que não estamos vendo as possibilidades de crescimento e
frutificação, ainda que não sentimos a unção, ainda que estamos sendo
confrontados com a escassez de recursos e resultados, ainda que muitos estejam
nos abandonando, todavia, Deus permanece fiel e digno da nossa fidelidade!
Isto, realmente, é adoração!
Este é o processo pelo qual
vamos conhecer a Deus e colocar em Deus e em mais nada ou ninguém a nossa
confiança e satisfação. Então o Senhor será nossa força, nos fará saltar e
caminhar por lugares altos, acima dos mais elevados obstáculos. O livro de
Habacuque começa com uma interrogação e termina com uma exclamação. Deus deseja
transformar todas as nossas perguntas em respostas surpreendentes de fé!
Fidelidade deve existir, não
apenas quando tudo vai bem, mas quando tudo vai mal. Tem um ditado que diz:
"quando o navio afunda os ratos caem fora". É assim que Deus prova e
conhece quem é quem. Quem é você?
Só nos momentos de prova é
que você saberá!
Adoração é o saldo positivo
de fé deixado pelas provas de Deus. Aqui nasce não apenas uma nova canção, mas
é onde o espírito de um verdadeiro adorador é forjado. Esta foi a postura
profética de Habacuque.
Só pessoas que compreendem o
poder do tratamento de Deus alcançam este nível de fé e adoração. São pessoas
curadas, que tem cicatrizes de Deus em suas vidas, pessoas sadias que
adquiriram a integridade necessária para servir a Deus e suportar as pressões
de um verdadeiro reavivamento!
"Eu ouvi, Senhor a tua
fama, e temi; aviva, ó Senhor a tua obra no meio dos anos; faze que ela seja
conhecida no meio dos anos; na ira lembra-te da misericórdia. " (Hc 3:2) No
círculo evangélico, avivamento é uma das palavras que estão na moda, em alta.
Porém, percebemos que a maioria das pessoas não entendem bem as implicações
pessoais de um avivamento. Se você realmente deseja e aspira o avivamento, se
você quer a vinda de Deus para sua vida, igreja e sociedade, você precisa
responder a esta pergunta que o profeta Malaquias faz:
"Mas quem suportará o
dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Pois ele será como o
fogo do ourives e como o sabão de lavandeiros. " (Ml 3:2)
Você vai suportar a
purificação de Deus? Você vai subsistir diante da sua correção? Vai aguentar o
fogo purificador e a limpeza que ele quer fazer? Quando ele começar a lavar
toda a roupa suja, desencardindo nossa alma, será que vamos suportar? Você
ainda quer um avivamento? Um que comece por você???
CAPÍTULO 1
"Procura apresentar-te a
Deus"... e não aos homens
Esta primeira situação
fundamenta-se principalmente no aspecto motivacional do serviço. A ação
intencional do coração é tão importante quanto o desempenho e a tarefa
ministerial exercida.
O "para quem"
estamos fazendo é tão relevante como "o que" estamos fazendo. A
questão não é só fazer. É vital focalizar e disciplinar a motivação do nosso
desempenho ministerial em agradar a Deus antes mesmo que servir aos homens.
Esta é uma questão de
alicerce. O crescimento aparente se fundamenta numa base que ninguém pode ver
porque encontra-se enterrada. Esta é uma importante lei da edificação. Quando
pensamos em alicerces, entendemos que também é necessário crescer para baixo.
Isto aponta para o trabalho de Deus nas nossas motivações. Sem este fundamento
aquilo que estamos construindo fica comprometido.
Deus é capaz de avaliar a
intenção de cada esforço praticado. Deus vê além daquela impressão externa que
causamos nas pessoas. Obviamente, ele conhece nossas intenções mais íntimas.
"Deus não vê como o
homem vê, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para
o coração. " (I Sm 16:7)
Esta foi uma advertência
feita a um profeta que tinha profunda sensibilidade à voz de Deus e uma
depurada capacidade de discernimento. Até Samuel estava deixando-se enganar
pelas aparências. Este, porém, é um erro que Deus jamais comete. Na verdade, é
tão fácil enganar as pessoas, quanto impossível enganar a Deus. Ele sonda e
discerne nossas intenções mais profundas.
É desta forma que atestamos
para Deus nosso fracasso moral e o adoecimento emocional. Uma motivação
corrompida já condena uma obra antes mesmo de ser começada. É uma casa sem alicerces
ou com alicerces subdimensionados. Por um lado as coisas acontecem, mas por
outro vão tornando-se cada vez mais instáveis e vulneráveis.
Chegará o momento em que a
frágil resistência do alicerce exibirá sua insuficiência sendo esmagada pelo
peso próprio da obra. Esta é uma questão "matemática". De fato,
apesar das coisas no mundo espiritual não funcionarem de forma imediata, elas
funcionam com extrema precisão.
Sempre que uma construção
desaba muita gente morre e machuca. Da mesma forma, todo investimento
ministerial através de motivações doentias e obscuras não apenas é suicídio,
como pode destruir a muitos.
Nossa motivação é crucial no
que tange a sermos qualificados como obreiros. O que inspira nossas ações e
motiva nosso serviço é tão relevante quanto a própria ação e o serviço em si.
Na verdade, todo esforço íntimo no sentido de impressionar homens nos
desqualifica perante Deus.
Quando valorizamos mais a
opinião humana do que a aprovação divina, exibimos uma motivação
espiritualmente corrompida que compromete nosso serviço.
A LEI DOS DOIS ALTARES
Em várias ocasiões na Bíblia,
percebemos a necessidade de se levantar dois tipos de altares: um escondido ou
íntimo e o outro público ou testemunhal; um para Deus e outro para as pessoas.
O primeiro altar fala do testemunho que Deus dá acerca de nós e o segundo altar
fala do testemunho que damos acerca de Deus.
Existe, porém, uma importante
sequência a ser obedecida. O altar íntimo sempre precede o altar do testemunho.
Esta é a lei dos dois altares. Ou seja, antes de sermos apresentados aos
homens, precisamos nos apresentar diante de Deus.
A afirmação dos homens não
vale muita coisa quando não temos a aprovação divina. A vida íntima com Deus
sempre precede a vida pública com os homens.
Sempre que invertemos esta
sequência transgredimos esta lei. Aqui, entendemos porque tantas pessoas, da
mesma forma que se levantam com uma aparência que impressiona, subitamente
"desaparecem".
Sem uma vida íntima com Deus,
agregamos uma inconsistência que mais cedo ou mais tarde nos fará vítimas da
vida pública e da imagem que tentamos sustentar perante as pessoas, Esta foi a
terrível transgressão de Saul que o desqualificou como rei. Mesmo depois de
desobedecer a Deus, ele ainda continuava mais preocupado com sua imagem pública,
do que com a sua situação diante de Deus:
"Ao que disse Saul:
Pequei; honra-me, porém, agora diante dos anciãos do meu povo, e diante de
Israel, e volta comigo, para que eu adore ao Senhor teu Deus." (I Sm
15:30)
A Bíblia nos adverte que não podemos
basear nossa vida numa aparência sem consistência. Impressões superficiais que
convencem a opinião pública duram muito pouco. Portanto, não se pode evitar a
destruição daquilo que é aparente. É como a erva e a sua flor sob o impacto
causticante do "Sol da Justiça":
"Pois o sol se levanta
em seu ardor e faz secar a erva; a sua flor cai e a beleza do seu aspecto
perece... " (Tg 1: 11)
Aparente ou permanente? Este
é o grande dilema motivacional. A receita da consistência espiritual é um
compromisso pessoal, íntimo e constante com a vontade revelada de Deus:
"... aquele que faz a
vontade de Deus, permanece para sempre. " (I Jo 2:17)
Motivações e princípios
Sacrificando no altar íntimo
nós revelamos nossas motivações e sacrificando no altar público expressamos
nossos valores e princípios. Motivações por natureza tem um caráter oculto,
enquanto que nossos valores e princípios tem um caráter evidente,
comportamental.
Da mesma forma que é fácil
perceber os valores e princípios de uma ação, pode ser extremamente difícil
descobrir a motivação.
Do ajustamento sinérgico
entre as motivações santificadas do coração e os princípios divinos praticados
depende a consistência da personalidade e a integridade espiritual.
Por mais que nossas
motivações sejam certas, se o princípio é errado, o resultado será morte.
Igualmente, por mais que agimos com o princípio correto, porém se a motivação é
errada e corrompida, o resultado também será morte.
Davi teve uma motivação
correta ao trazer de volta a arca para Jerusalém, porém agiu com o princípio
errado colocando-a nos lombos de bois e não nos ombros dos sacerdotes.
O princípio ensina que o
sacerdote carrega o peso da responsabilidade de conduzir a presença de Deus.
Este princípio foi quebrado.
No primeiro tropeço dos bois, Uzá colocou sua mão na arca para que esta não
caísse. Estava tentando ajudar. Novamente vemos alguém muito bem intencionado,
porém, quebrando um princípio. Ele não estava autorizado a tocar na arca.
Por mais bem intencionado que
Davi e Uzá estivessem, Uzá morreu fulminado.
De outra sorte, ou azar,
Ananias e Safira ofereceram aos apóstolos uma grande oferta de uma propriedade
que venderam. Estavam praticando o princípio de dar. O princípio estava
totalmente correto.
Porém, eles não estavam dando
livremente. Eles queriam em troca reconhecimento público. Queriam tanto
impressionar a todos que não tiveram a sinceridade de coração de dizer que
precisavam de parte daquele dinheiro. Então eles falaram que estavam dando
tudo, quando na verdade retiveram parte do preço da propriedade. Mentiram não
só aos homens, mas ao Espírito Santo. Ambos morreram. Fico imaginando quantos
Ananias e Safira já estão mortos ou morrendo dentro de nossas igrejas.
O ALTAR ESCONDIDO E O ALTAR PÚBLICO
O altar secreto do quarto e a
recompensa pública que vem de Deus
"Mas tu, quando orares,
entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e
teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente, " (Mt 6:16)
O quarto pode ser definido
como qualquer lugar onde rotineiramente desfrutamos de uma privacidade com
Deus. Dentro do quarto, somos nós mesmos, exercitamos total transparência e
podemos derramar nosso coração com sinceridade.
Altar é o lugar onde nossa
vontade é quebrantada e simplesmente damos a Deus tudo que ele está pedindo. É
um lugar de sacrifícios, onde oferecemos a Deus algo que nos custa e que lhe é
agradável e verdadeiro.
A palavra
"sacrifício" em latim significa "tornar santo", Todo altar
é um local onde somos poderosamente tocados e transformados pela voz de Deus,
Este é o mais elevado princípio de santificação pessoal, No "altar do
quarto" oferecemos uma parte do nosso dia, do nosso tempo, e, portanto, da
nossa vida, buscando a face de Deus e examinando as Escrituras.
Este altar secreto não se constrói
na igreja, ou através da comunhão com os irmãos, mas no quarto, a sós com Deus,
Jesus está explicando o poder de uma vida devocional e do relacionamento
pessoal com o Pai.
É no quarto que vamos ter as
mais fortes e íntimas revelações e experiências. No quarto aprendemos a apoiar
a nossa fé numa dependência total de Deus e não de pessoas.
A consciência pessoal que
Deus é a nossa fonte inesgotável determina a linha da maturidade. Muitas vezes
alimentamos uma expectativa nas pessoas que deveria ser canalizada apenas para
Deus.
Isto é aceitável durante um
espaço de tempo como recém-convertidos, porém se perdura, podemos nos condenar
a uma vida espiritual imatura e que oscila de acordo com as circunstancias,
Sempre que dependemos mais de pessoas do que de Deus nos expomos a muitas
decepções que tendem a nos fragilizar ainda mais.
Uma vida ministerial
"pública" bem sucedida nada mais é que o efeito espiritual do
relacionamento pessoal e da vida secreta com Deus,
O campo das ovelhas e o campo
de batalha
“Disse mais Davi: O Senhor
que me livrou das garras do leão, e das garras do urso, me livrará da mão deste
filisteu”. Então disse Saul a Davi:
Vai, e o Senhor seja contigo,
“(l Sm 17: 37)
Aqui temos o altar solitário
do campo das ovelhas precedendo o testemunho no campo de batalha, quando o
herói de guerra dos filisteus, que afrontava o exército de Israel, foi
publicamente derrubado. Antes de vencer Golias, Davi, no anonimato, venceu as
garras de um leão e de um urso. Antes de se impressionar com a presença intimidadora
do gigante, Davi havia se impressionado com a grandeza de Deus. Na verdade,
quem venceu Golias não foi Davi, mas o relacionamento que ele tinha com Deus.
Davi sabia como fazer da
solidão do campo uma oportunidade constante de desfrutar da presença divina.
Isto fez dele um verdadeiro adorador. Não havia ninguém mais ao redor para
querer impressionar ou que pudesse corromper sua motivação. Sua vida de
adoração era pura e legítima.
Antes de tomar a espada de
Golias, Davi recebeu uma harpa de Deus. A harpa de Deus recebemos no altar
oculto e a espada do gigante recebemos no altar do testemunho, quando Deus nos
recompensa publicamente.
Esta é a unção de Davi; a
harpa de Deus numa mão e a espada do gigante na outra. Desta forma ele
repreendeu e venceu o principado demoníaco que vinha perturbando o rei e o
governo da nação por tanto tempo: "E quando o espírito maligno da parte de
Deus vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa, e a tocava com a sua mão; então
Saul sentia alívio, e se achava melhor e o espírito maligno se retirava dele.”
(l Sm 16:23)
Depois de Davi ter vencido a
Golias, expondo sua cabeça à multidão, o rei impressionado com o feito tentou
se informar sobre quem era aquele rapazinho que surpreendera a todos. O mais
interessante é que ninguém sabia ou podia dizer quem era Davi:
"Quando Saul viu Davi
sair e encontrar-se com o filisteu, perguntou a Abner, o chefe do exército: De
quem é filho esse jovem, Abner? Respondeu Abner: Vive a tua alma, ó rei, que
não sei. Disse então o rei: Pergunta, pois, de quem ele é filho,” (I Sm 17: 55,
56) Davi era um desconhecido, um "Zé Ninguém" para os homens. Porém,
apesar de não ser conhecido pelos homens era muito bem conhecido de Deus! Quando
Golias desafiou todo o exército pedindo: "... dai-me um homem, para que
nós dois pelejemos " ( I Sm 17:10), Deus ouviu a oração de Golias e
deu-lhe Davi. Apesar de também ter sido desprezado pelo gigante, era a arma
secreta de Deus.
Esta é a bênção do Vale do
Carvalho, o altar do testemunho, onde Deus recompensa nosso relacionamento com
ele, e nos entrega publicamente os nossos inimigos. Este vale é muito
estratégico por que a partir dele é que muitas oportunidades surgem.
O testemunho ungido que vem
de uma vida secreta com Deus tem o poder de ampliar as nossas fronteiras.
Após vencer o herói dos
filisteus, a vida de Davi tomou outro rumo que o conduziu ao governo da nação.
O altar escondido dentro do Jordão e o memorial fora
do Jordão
O Jordão é o limite da
mudança. É quando você sai do deserto e passa a conquistar e desfrutar de um
território onde as promessas de Deus vão se cumprir. Do deserto, ou você sai
aprovado, ou você não sai, morre!
O Jordão é para aqueles que
não só saíram do Egito, mas que também abandonaram a mentalidade de escravos. O
Jordão também comunica o sentido real do arrependimento.
Arrependimento não é apenas
você reconhecer que errou, não é apenas você admitir e confessar os fracassos
morais, não é apenas você dizer: realmente eu fiz estas coisas que não deveria
ter feito e sinto muito.
Na verdade, nenhuma destas
situações definem o arrependimento. Confundir confissão com arrependimento é um
grave erro.
Como você já deve saber,
arrependimento é traduzido originalmente da palavra grega "metanóia"
que significa mudança de mente e propósito. É quando você resolve mentalmente e
com absoluta determinação: este erro que eu fazia, não vou fazê-lo mais! As
tentações à que eu cedia minha vontade, não vou ceder mais! Nem que tenha que
suar sangue! Mudei minha motivação, disposição, direção e mentalidade! Esta é a
genuína dimensão do arrependimento.
Esta decisão interna de
mudança estabelece uma nova direção que nos reconcilia com a verdade e o
propósito de Deus. A inconstância é substituída pela firmeza e determinação. Um
novo posicionamento que concorda com a vontade divina é firmemente estabelecida.
Somos conduzidos a vitórias inesperadas e surpreendentes! É aqui que o pecado e
a corrupção se ajoelham diante do poder do Espírito Santo. A partir de um
arrependimento genuíno, "não é você que vai deixar o pecado", "é
o pecado que vai te deixar".
O altar do Jordão é um dos
principais marcos de Deus na vida de uma pessoa. Este batismo de arrependimento
também foi celebrado por dois altares: um escondido no leito do Jordão e o
outro fora do Jordão com pedras tiradas do leito do rio.
O altar escondido fala da
experiência íntima, da mudança de coração e mentalidade, a que o próprio Deus
testemunhou que aconteceu conosco:
"Amontoou Josué também
doze pedras no meio do Jordão, no lugar em que pararam os pés dos sacerdotes
que levavam a arca do pacto; e ali estão até o dia de hoje. " (Is 4:9)
Este altar é só para aqueles
que pisaram o leito seco do Jordão. Depois que as águas voltaram a percorrer o
leito do rio, ninguém mais podia ver aquele altar, senão Deus.
O altar público, por sua vez,
é o testemunho que damos do que Deus fez, de como ele realizou o milagre da
mudança em nossas vidas. É simplesmente o fruto de uma experiência pessoal e
íntima com Deus:
"Tirai daqui, do meio do
Jordão, do lugar em que estiveram parados os pés dos sacerdotes, doze pedras,
levai-as convosco para a outra banda ... "
(Js 9:3)
Toda travessia na vida, toda
mudança espiritual de endereço e mentalidade é marcada por estes dois altares.
Tudo começa com o testemunho que Deus dá acerca de nós e se completa com o
testemunho que damos acerca dele. Esta é, portanto, a primeira parcial do
princípio de nos apresentar diante de Deus.
CAPÍTULO 2
"Procura apresentar-te
... aprovado, como obreiro ...
Antes de ser um obreiro, é
também necessário estar aprovado. Como observamos no título acima, a palavra
"aprovado" precede a palavra "obreiro". Obedecer esta
sequência é essencial. Uma pessoa que não está aprovada pode comprometer não
apenas sua vida, como também a obra que realiza.
Esta segunda situação aborda
a necessidade de uma qualificação. Obviamente que a primeira situação, tratada
no capítulo anterior, é um pré-requisito para esta.
O ponto de partida da obra de
Deus são as nossas motivações. Em primeiro lugar precisamos alinhar nosso
perfil motivacional com o temor de Deus, em segundo lugar estarmos aprovados e,
só então, desempenhar nosso serviço ao Senhor.
A rigor, antes de mais nada,
é importante entender que nós somos a obra de Deus. Estamos em construção.
Somos o templo que o Espírito Santo está edificando. O lugar que Jesus está
preparando na eternidade para nós (Jo 14:2 ) está dentro de nós mesmos : é o
nosso homem interior que se exteriorizará em glória num corpo celestial ( I Co
15:40-54).
Aquela "mansão" que
você espera morar no céu está sendo invisivelmente construída dentro de você
mesmo, através da visível obra e transformação que o Espírito Santo está
fazendo em sua vida, em virtude da sua maleabilidade, quebrantamento e
submissão à vontade divina.
Em se tratando de servir a
Deus, o mais importante não é fazer, mas deixar Deus fazer em nós. Quando Ele
faz em nós, certamente também fará o mesmo através de nós. De fato, existe uma
enorme diferença entre você fazer a obra de Deus e Deus fazer a obra dele
através de você. Por isto é tão importante o princípio da cooperação.
" Porque nós somos
cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus. " (I Co
3:9)
A questão básica da aprovação
Gostaria de propor uma
pergunta: Qual é a primeira coisa que temos que fazer para sermos aprovados
diante de Deus? Dê uma paradinha na leitura e tente responder...
Invariavelmente, quando
pergunto às pessoas o que temos que fazer para sermos aprovados diante de Deus,
quase sempre, ouço muitas respostas redundantes.
Alguém logo responde:
obediência! Outros asseguram: temos que temer ao Senhor! Ainda outros afirmam
com certeza: para. Sermos aprovados temos que andar em santidade! Viver por fé!
...e assim vamos ouvindo respostas cada vez mais "espirituais", mas
que fogem da simplicidade da pergunta.
Alguns se aproximam mais
dizendo que é necessário passar na prova. Porém, antes de passar na prova
precisamos fazer a prova. Então, a primeira coisa a fazer para sermos aprovados
é simplesmente: a prova! Ninguém pode ser aprovado numa prova que não fez! Só
existe um caminho para a "aprovação": a provação, testes, tentações,
etc.!
"Bem-aventurado o homem
que suporta a provação; porque, depois de aprovado, receberá a coroa da vida,
que o Senhor prometeu aos que o amam. " (Tg 1:12)
Quantas vezes fazemos
promessas e votos para Deus que não cumprimos? Falamos: Deus, eu vou crer em
ti! ... Eu vou obedecer meu chamado ministerial! ....
Eu vou ser fiel a ti com
minhas finanças! ... Vou ganhar muitas almas para o teu reino! ...
Porém, quando a primeira
necessidade surge, entramos em colapso. A primeira dificuldade no chamado vem,
e já pensamos em desistir: "talvez não seja bem isto o que Deus tenha para
mim". Quando as pessoas que nos ajudam financeiramente se esquecem de nós,
ou o salário encolhe, esmorecemos e ficamos feridos e desanimados. Aos poucos,
nos acomodamos ao ritual da igreja, aos cultos, aos seminários e congressos e
nos esquecemos dos que se perdem. Cada vez que somos provados em relação aos
propósitos que estabelecemos, simplesmente fracassamos. A verdade é que muitas
provas vão acontecendo de maneira natural e sutil no decorrer da nossa vida.
Porém, cada resposta insuficiente ou inadequada que damos a estas provas impõe
amarras espirituais que, paulatinamente, nos distanciam da possibilidade de
conquistar o sonho de Deus e cumprir o seu propósito.
Se, de fato, almejamos ser um
obreiro no Reino de Deus, precisamos nos matricular na escola do Espírito
Santo, tendo a disposição de sermos tratados e edificados pela Palavra de Deus.
Esta escola dura a vida inteira e o Espírito Santo têm um currículo especial,
dinâmico e apropriado para cada um de nós.
Nossas motivações mais
íntimas, nossa fé e perseverança, nossas convicções e sentimentos, nosso
conhecimento, nosso chamado e ministério serão provados mediante toda sorte
circunstâncias especificamente contrárias. Deus nunca é superficial banalizando
nossas falhas de caráter e as distorções que ainda temos na nossa
personalidade. Acima de tudo, a fé é uma musculatura que não pode deixar de ser
exercitada.
"E sabemos que todas as
coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que
são chamados por seu decreto. " (Rm 8:28)
Este texto aponta para a
necessidade de quebrar um sofisma que muitos tentam sustentar. Ou seja, quando
atendemos ao chamado de Deus, mesmo andando em obediência, não quer dizer que
só acontecerão coisas positivas e animadoras. O centro da vontade de Deus não
nos isenta das provas, das dificuldades e das resistências oferecidas pelo
mundo espiritual.
Quando Paulo fala: "...
mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou
" (Rm 8:37), o que ele quis dizer realmente com isto?
Ele estava se referindo a
vencer o que? O que seriam "todas estas coisas"? Significa a
resistência que está por vir, aquilo que vai nos testar consistentemente.
Gostamos da idéia de que
somos vencedores sem ter que lutar, ou de sermos aprovados sem ao menos fazer a
prova. Porém isto não é correto e não funciona desta forma. Paulo, então,
explica:
"... quem nos separará
do amor de Cristo? a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou
a nudez, ou o perigo, ou a espada?" (Rm 8:35)
Se você está passando por
alguma destas situações, então você está diante da tremenda oportunidade de não
duvidar do amor de Deus e tornar-se um vencedor.
A atitude certa de concordar
com o caráter de Deus em cada prova funciona como uma senha que destranca
portas e rompe as nossas fronteiras. A vitória de Jesus precisa ser endossada
em cada luta que passamos através de uma identificação com o seu caráter.
Basicamente, é necessário um
desprendimento para enfrentar qualquer situação. Encarar tudo como um
acréscimo, ou seja, saber absorver a parte boa de toda e qualquer adversidade.
Sem este entendimento abortamos a real possibilidade de sermos
"aprovados".
A desintegração do caráter -
A síndrome da debilidade moral crônica
Vivemos num mundo debilitado
e degenerado moralmente. A decadência está em alta. O moral relativou-se a
ponto de tolerar e ser confundido com o imoral.
Faceamos uma aguda inversão
de valores que, absurdamente, é tida como avanço cultural e modernidade.
O pior é que isto está
entrando para a igreja e contaminando-a. Pessoas que aceitam a debilidade moral
crônica se amoldam às circunstâncias imorais que rotineiramente as afrontam.
Acabam se conformando com os valores iníquos do presente século.
Em muitas igrejas o
crescimento tem sido acompanhado pela mundanização. A ética da personalidade em
detrimento da ética do caráter, onde os princípios básicos que regem o mundo
espiritual são ignorados e violados, deixando tantos crentes à mercê das
ataduras satânicas. O problema é que a ignorância não nos isenta das
consequências e punições da quebra da lei.
Um estilo de vida embalado
pela ignorância moral dá lugar ao caos social. É quando somos indulgentes com
pecados chamando-os de "fraquezas". Começa pela tolerância ao pecado,
segue a conivência, vem a insensibilidade e por fim uma consciência danificada,
que compromete o alicerce da vida. O pecado torna-se, confortavelmente, uma
rotina natural.
Nesta geração onde as
verdadeiras leis e valores estão sendo relativados, a conivência com a fraqueza
moral tem sido um Xeque-mate na mensagem e na integridade da igreja. A
avalanche de males emocionais que está debilitando a sociedade atual, nada mais
é que um efeito colateral sintomático da desintegração moral e de uma
"prosperidade" permissiva.
Alguns pensam que certas
debilidades fazem parte da sua personalidade. Muitas pessoas, dentre elas,
obreiros, líderes e pastores, têm abraçado sua fraqueza moral como um vício
evangélico, e estão tentando convencer a Deus que já nasceram moralmente
débeis, que eles são assim mesmo e não tem jeito.
Porém, na verdade, esta
debilidade de espírito produz impiedade e maldade, Esta falta de força moral dá
lugar ao diabo, profanando a obra de Deus e trazendo escândalos e destruição.
Definindo a derrota
O que é derrota? Sob a
perspectiva da aprovação, podemos abreviadamente definir derrota como sendo:
"uma vida cíclica de reprovações" (Fig, 01). Ciclo é algo viciante
onde nos vemos obrigados a voltar sempre no mesmo ponto.
Quando alguém enfrenta um
ponto de prova e sucumbe, obrigatoriamente terá que retornar a esta mesma
questão. Cada vez que fazemos uma prova e não somos aprovados, precisamos
fazê-la de novo.
Esta situação obrigatória de
voltar ao ponto do fracasso define a lei da prova, da qual ninguém escapa.
Do confronto com esta lei
emerge um caráter de obediência ou uma alternativa de falência moral.
Portanto, a desgastante
dinâmica de passar rotineiramente por uma mesma situação, que vez após vez, nos
subjuga, constrói um quadro de derrota. Ou seja; é quando fazemos a prova e
tomamos bomba! Então fazemos a prova novamente e tomamos mais uma bomba!
Repetimos a prova e de repente uma nova reprovação! Cada vez, vamos sendo
vencidos mais facilmente por aquele ponto de prova e convencidos por um
sentimento de fracasso. Como Jesus replicou:
"Em verdade, em verdade
vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado. " (Jo
8:34)
Sentimo-nos vencidos e sem
esperança. Isto tem sido uma dízima periódica na vida de muitos, levando-os à
desintegração espiritual, apatia e apostasia.
Desta forma estes pontos
específicos de prova tornam-se gigantes internos que nos subjugam, construindo
fortalezas que acreditamos serem intransponíveis.
Precisamos aprender com Davi
a saltar estas muralhas e vencer estes inimigos.
A Bíblia nos conta como
Golias, o mais famoso herói dos filisteus, desafiou a qualquer homem do
exército de Israel a enfrentá-lo num combate pessoal. Cada dia ele vinha no
mesmo horário e fixava sua afronta humilhando e esmagando psicologicamente a
todos:
"Chegava-se, pois, o
filisteu pela manhã e à tarde; e apresentou-se por quarenta dias. " ( l Sm
17:16)
Esta é uma estratégia fria e
calculista, onde o inimigo implanta uma mentalidade de derrota. Cada guerreiro
de Israel tinha que "engolir" duas reprovações por dia. Eram
derrotados pela manhã e pela tarde a cada dia! Golias impôs um processo cíclico
de reprovação pessoal e coletiva simultaneamente.
Mediante as terríveis
afrontas do gigante, dia após dia, cada guerreiro, tinha que aceitar o
fracasso, se acovardando. Aquilo tornou-se uma rotina de humilhação, destruindo
a autoestima de cada um dos homens do exército de Saul. Isto representou mais
que uma derrota; foi um massacre!
"E todos os homens de
Israel, vendo aquele homem, fugiam, de diante dele, tomados de pavor " ( l
Sm 17:24) Cada afronta pública de Golias impunha um profundo sentimento de
impotência que imobilizava a todos. Já estavam, não apenas, conformados com a
situação de derrota, mas totalmente intimidados, desesperados e apavorados.
Isto perdurou quarenta dias ininterruptos, até que Davi foi enviado por Deus.
Temos aqui um verdadeiro quadro de derrota espiritual.
Este episódio revela a
situação de muitos, que quando estão na igreja, junto com todos, mostram-se
dispostos a tudo. Oram, louvam, pregam e testemunham com ardor. Porém,
pessoalmente, sozinhos diante dos gigantes internos da ira, da impaciência com
o cônjuge, da pornografia, das dívidas, ... não podem se controlar,
encontram-se desacreditados e vencidos.
Definido o trauma
Na dinâmica desta vida
cíclica de reprovações reside o verdadeiro ponto onde se concentram as nossas
enfermidades. É impossível falar de derrota sem falar em trauma. Áreas de
derrota são áreas traumatizadas.
Cada reprovação significa uma
machucadura. Sob esta perspectiva, podemos definir o trauma como sendo: "o
resultado de feridas e reprovações concentradas no mesmo ponto".
Quando era criança, uma das
minhas diversões prediletas era andar de carrinho de rolimãs. Havia uma grande
ladeira onde descíamos apostando corrida. Os acidentes eram inevitáveis. De
repente joelhos e cotovelos estavam em carne viva. Era respirar fundo, segurar
a dor e descer de novo acreditando no sucesso.
Porém, um tombo, mais cedo ou
mais tarde, acabava acontecendo novamente. O mesmo cotovelo ralado estava
agora, sem a casca e dolorosamente ferido.
Uma ferida em cima de outra
ferida ... A dor e o medo, imediatamente, superava o prazer pela diversão!
Esta é uma forma bem prática
de definir um trauma: é quando você machuca em cima de um machucado que já
havia sido machucado! Só de pensar, em alguém encostar neste local
sobre-atingido, já dói! Um terrível medo de ser novamente ferido se instala,
como um mecanismo automático de defesa.
Psicologicamente, este ponto
vai sofrendo uma fragilização constante, tornando-se cada vez mais susceptível
a colapsos onde a própria estrutura pode se romper, como um osso que se quebra,
produzindo danos permanentes, ou de recuperação mais demorada.
Temos visto pessoas que
depois de fazer cinco vestibulares mal sucedidos, desistem de vez dos seus
sonhos profissionais. O mesmo acontece em muitas outras situações onde nossas
habilidades são testadas.
Tudo isto também descreve
como se encontra a vida moral e emocional da maioria das pessoas. Na verdade, o
que podemos constatar, é que todos já lutaram ou estão lutando com áreas de
trauma e derrota.
O processo do aprofundamento da ferida
Reiterando, cada ciclo de
reprovação impõe um novo golpe sobre a ferida. O nível da dor vai
intensificando e aprofundando cada vez que o mesmo perfil de prova nos subjuga.
Vai-se ferindo o que já estava ferido. Este quadro de derrota funciona através
de um tipo de "efeito parafuso" aprofundando a dor e as raízes do
estado de reprovação (Fig. 02).
Moralmente falando, podemos
definir a profundidade do trauma conto sendo a "vergonha". A
intensidade desta vergonha e constrangimento espiritual pode ser determinada
pela distância entre a primeira e a última reprovação, como demonstra o
diagrama.
[Milindrosidade - Retraimento - Vulnerabilidade]
Existe um tipo de vergonha
que é saudável e promove a decência, porém existe esta outra vergonha que é um
escravizaste sentimento que vem como resultado deste processo crônico de
debilitação moral, abusos sofridos, perdas tatuadas por um sentimento de
injustiça, inferioridade e amargura. Por mais que tentamos fugir, aquela mesma
coisa sempre nos persegue e repete.
Invariavelmente, onde existe
este tipo de vergonha espiritual também existe muito medo, culpa e dor. A
vergonha moral que atormenta nossa memória estabelece a profundidade que este
ciclo de reprovações crônicas tem cavado na nossa alma.
Paulo insiste que é
necessário estarmos diante de Deus não apenas como obreiro, mas "como
obreiro que não tem de que se envergonhar. " É fundamental lidarmos com
esta vergonha da alma. Precisamos apresentar esta mesma posição e disposição de
consciência com a qual Jesus encarava e confrontava toda habilidade acusadora
de Satanás: "... aí vem o príncipe deste mundo, e ele nada tem em mim.
" (Jo 14:30)
Dimensionando a profundidade do trauma
O trauma, invariavelmente,
fragiliza a personalidade, comprometendo também a formação do caráter.
Podemos especificar isto
dizendo que quanto mais profundo o trauma, tanto maior é a milindrosidade, o
retraimento e a vulnerabilidade.
Esta sequência estabelece uma
estratégia de ataque onde emocionalmente somos lançados num abismo.
Essa espiral da reprovação
nos suga com a força de um tornado.
1. Milindrosidade
Quando estamos com uma região
do corpo traumatizada qualquer esbarrãozinho por menor que seja é extremamente
doloroso. Depois de sofrer vários impactos na mesma região ou várias rejeições
numa mesma área, a milindrosidade se instala e começa a "fazer parte"
da personalidade.
A pessoa torna-se
proprietária de uma área hipersensível, o que afeta seus relacionamentos,
tornando-os instáveis. Estas áreas hipersensíveis também desequilibram o humor
e o temperamento da pessoa, fazendo dela alguém de difícil convivência.
Algumas pessoas são tão
melindrosas que é necessário uma ginástica tremenda para conseguir uma
aproximação maior e tocar no seu problema. Uma correção bem intencionada pode
ser drasticamente interpretada como rejeição e agressão.
Desta forma, a milindrosidade
pode comprometer espiritualmente a pessoa ainda mais, conduzindo-a a um maior
nível de retraimento, o que só piora e torna a situação ainda mais perigosa.
2. Retraimento
O retraimento engessa a
pessoa num comportamento onde a ferida passa a ser o eixo da vida. Você sabe
como isto funciona: quando alguém ameaça encostar no "machucado em cima do
machucado que já tinha sido machucado", a tendência é se afastar abruptamente
da possibilidade do toque. A tendência natural é retrair, fugir, afastar,
inibir...
Uma jovem me contou um
episódio da sua infância quando ao ser levada no dentista, na primeira
distração de sua mãe, ela fugia e voltava sozinha para casa. A dor apavora as
pessoas, levando-as a fugir.
Certa vez, meu amigo, me
falou algo que jamais poderia imaginar: Celso, você só pode ser considerado um
missionário aprovado na Rússia depois de ir ao dentista! Por quê? Logo
perguntei. Com um sorriso sem graça ele relatou suas dolorosas experiências de
ter que tratar de algum dente por dentistas, um tanto quanto indelicados, e sem
tomar nenhum tipo de anestesia! Não é fácil se expor a algo assim, mas algumas
vezes, simplesmente, não há outra opção.
Alguém já disse que Deus
opera "sem anestesia". Permita-me contar uma piadinha de crente: Um
homem passou em frente uma igreja pentecostal e começou a ouvir os gritos das
pessoas lá dentro. Era uma reunião a portas fechadas e sua curiosidade aumentou
ainda mais. Ele ficou parado por uns instantes ouvindo os berros, o choro e o
clamor do povo, até que tomou coragem e se aproximou do diácono à porta:
Moço! O que está acontecendo
aí dentro? O diácono prontamente respondeu: Deus está operando! Ele,
curiosamente questionou: Mas, Ele não dá anestesia???
Pode parecer que não, mas a
dor emocional é ainda mais contundente que a dor física. A pessoa começa a se
isolar. Os relacionamentos obrigatoriamente tornam-se superficiais. A motivação
preponderante é não deixar ninguém se aproximar. Alguns juram dentro de si
mesmos: ninguém vai se aproximar suficientemente para poder ferir-me novamente!
O medo de ser ferido, o pavor
de uma nova rejeição, a vergonha do trauma e da culpa, acaba levando a pessoa
para uma jurisdição de trevas, ocultamente de pecados e solidão espiritual.
Tenho atendido muitas pessoas
que estão literalmente em prisões espirituais por causa de abuso sexual,
prática de aborto, tentativas de suicídio, casos de adultério, prática de
homossexualismo, pornografia, homicídios e aí por diante. Situações em que as
pessoas recusam-se a expor.
Um dos piores tipos de
ocultismo é o "ocultismo evangélico", onde acreditamos que devemos
encobrir nossos pecados e vergonhas. O problema é que Satanás é quem rege esta
jurisdição. Ele é o príncipe das trevas. Todo pecado e trauma quando não são
submetidos à luz ficam sob o poder de uma impiedosa exploração demoníaca.
Portanto, o retraimento, ao
mesmo tempo em que trás certo "conforto emocional", também impõe uma
terrível vulnerabilidade. Este passa a ser nosso ponto fraco predileto pelo
inimigo sempre que ele decide nos atingir.
3. Vulnerabilidade
O trauma, por definição,
passa a ser um ponto cada vez mais fraco. É um alvo crescente que o diabo só
encontrará facilidades em acertá-lo!
Em muitos aconselhamentos
quando fazemos uma "linha do tempo" em relação à vida da pessoa,
percebemos golpes que se repetem obedecendo um mesmo padrão de ataque e
objetivo.
Podemos perceber que sempre
há determinada área que foi duramente perseguida e golpeada repetidamente.
Alguns desde cedo foram perseguidos com discriminação racial, outros com abuso
sexual e imoralidade, outros com abandono e traição, etc. De tempo em tempo,
com pessoas e situações diferentes, a mesma agressão vem para aprofundar a
ferida.
Sob o aspecto da batalha
espiritual, o trauma obedece a um sentido rotineiro de ataque. É como uma luta
de box. Depois que um dos lutadores conseguiu abrir o supercílio do seu
oponente, ele passa a acertá-lo apenas naquele ponto. Mais dois golpes
sobrepostos na mesma região ferida, e o adversário é fulminantemente
nocauteado. Tornou-se vulnerável.
O processo de espiritualização da ferida
Ainda que a superfície da
situação possa ser encoberta, e os outros nem imaginem o que está acontecendo,
dentro da pessoa, a dor se aprofunda cada vez que ela convive com o fracasso
diante da prova.
A falência da alma impõe
também um processo de morte espiritual lenta. Isto explica a apatia e depressão
espiritual que assola a vida de muitos. O trauma tem um terrível poder de
penetração na alma cada vez que ele se repete.
Na mesma proporção que a dor
se aprofunda e enraíza muitas tendências comportamentais nocivas se manifestam.
É só uma questão de causa e efeito, raiz e fruto. Disto pode emergir um sutil
processo de espiritualização da ferida.
Imagine uma pessoa envolvida
com alcoolismo, drogas, imoralidade, etc. que acabou de se converter. Junto com
a conversão a Jesus, ela acaba também incorporando o rótulo de crente.
Muitas pessoas na igreja
definem superficialmente o crente como alguém que não bebe, não fuma, não vai
mais aos bailes e boates, não pratica imoralidade, etc. Lógico que estas coisas
são inconvenientes, mas a abstinência delas é imposta para satisfazer o novo
padrão religioso adotado, porém, sem considerar as suas raízes causadoras e
sustentadoras.
Por exemplo, suponhamos que
esta pessoa recém-convertida tenha sofrido um doloroso processo de traição
conjugal, ou foi violentamente abusada sexualmente na sua infância. Esta dor
residual alojada na sua memória ferida nutre não só as cadeias pecaminosas,
como também as influências demoníacas que afloram no seu comportamento.
Enquanto está vergonha não
for removida através de um tratamento adequado e suficientemente profundo, a
pessoa continua sujeita a variados tipos de mecanismos de defesa e compensação
em busca de alívio para a dor emocional e moral que sente o que só reforça o
problema espiritual que a confronta.
Como esta pessoa, agora,
tornou-se crente, sentindo-se obrigada a abandonar os comportamentos mundanos,
a tendência é migrar do "vício mundano" para um "vício
gospel", evangélico. Algumas se refugiam na música, outras nas atividades
da igreja, outras em estudos teológicos, etc.
Cometemos um grave erro de
discipulado quando tratamos apenas dos pecados e vícios das pessoas sem lidar
com a dor emocional e a vergonha moral que esta pessoa carrega. Cortamos a
planta e deixamos a raiz.
Certamente o problema vai
retornar e se manifestar, só que, agora, de forma mais "evangélica",
"espiritual", porém a seiva procede de uma raiz contaminada.
Desta raiz de vergonha e dor
pode emergir um intenso ativismo religioso. Apesar de tornar-se uma pessoa
tremendamente prestativa, sua inspiração vem da carência emocional e da
tentativa angustiante de compensar ou maquiar a vergonha que sente. Ao mesmo
tempo em que a pessoa serve aos propósitos de Deus, também encontra-se sob
forte perseguição demoníaca.
Na verdade, este ativismo
religioso é espiritualmente passivo. É o disfarce da ferida. Por mais que a
pessoa impressiona pelo que faz, espiritualmente falando, tudo isto produz um
resultado mínimo no mundo espiritual. A motivação doentia destrói a eficiência
espiritual da pessoa. Por mais que a pessoa galgue posições devido ao seu
ativismo, sua vida está minada e sua obra comprometida.
Este quadro de derrota e
fragilidade funciona como uma arma dormente que pode ser ativada caso a pessoa
comece a reagir e ameaçar o esquema imposto pelo inimigo. Enquanto a pessoa
fica quietinha, nas trevas, tudo bem. O inimigo até permite certo crescimento.
Porém, quando esta pessoa reage e começa a fazer algo que representa uma
ameaça, satanás ativa sua fortaleza atingindo seu ponto vulnerável.
Quantos casos como este temos
presenciado? Pessoas são levantadas de forma rápida e carismática e de repente
um grande escândalo destrói tudo. Muitos que ignoram este sutil esquema de
espiritualização da ferida ficam sem entender: Como pôde aquela pessoa tão
espiritual, tão ativa, cair num erro tão grave e absurdo como este?
As fortalezas espirituais da mente
Estas áreas de derrota são o
alicerce sobre o qual Satanás constrói internamente suas fortificações em
nossas vidas. Normalmente estas fortalezas malignas alojam-se nos pensamentos e
manifestam-se através de mentalidades.
Uma das definições literais para
estas "fortalezas" espirituais da mente pode ser ilustrada da
seguinte forma: "uma casa construída por pensamentos, a qual abriga
espíritos de natureza correspondente".
As fortalezas espirituais são
feitas de pensamentos ou mentalidades que se apoiam no fracasso, na impotência
e desesperança que sentimos em relação aos pecados que praticamos. É quando
permitimos argumentos que se baseiam na incapacidade de evitar aquilo que
sabemos, claramente, ser contra a vontade de Deus.
Cada vez, que a tentação nos
encara, abaixamos a guarda, nos despimos de cada peça da armadura, deixando o
pecado entrar. Tornamo-nos indefesos, como uma cidade sem muros perante o que
parece ser uma sólida e irresistível ação do inimigo infiltrado em nossa mente.
Desta forma, alguns estão com
a vida sentimental traumatizada, colecionando princípios quebrados e
relacionamentos feridos; outros com a vida financeira acumulada de dívidas,
fraudes e defraudações; outros, ainda, com a vida conjugal impedida por
adultérios ocultos ou situações sexuais nunca resolvidas; etc.
Ou seja, cada vez que aquele
tipo de tentação aborda a pessoa, a pessoa cede e aquele apelo vai se tornando
cada vez mais forte, construindo um condicionamento espiritual que pode ser
traduzido por cadeias pecaminosas e cativeiros espirituais.
Reiterando, uma fortaleza
espiritual da mente pode ser definida como um estado espiritual profundo de
desesperança e incredulidade onde sustentamos argumentos que sabemos serem
claramente contrários à vontade e ao conhecimento de Deus.
Instala-se uma crise
existencial entre o saber e o viver, entre o conhecimento e a prática, ou seja,
uma incapacidade de adicionar à verdade, a fé e obediência. Prevalece, apenas,
uma profunda sensação de inferioridade espiritual e depressão, que nos conforma
com a derrota. Isto precisa ser e pode ser superado!
O ponto da dor - o princípio da cura
O ponto da dor é exatamente
aquela situação que feriu profundamente nossa memória, a qual nos lembramos com
angustiante vergonha, e ao mesmo tempo, com indescritível raiva ou indiferença,
onde não queremos que ninguém se aproxime. Este é o ponto mais profundo do
ciclo de reprovações crônicas.
Tentamos nos proteger de
todas as formas e de todas as pessoas, até mesmo de Deus. Mas é exatamente
neste ponto onde não querermos que ninguém chegue é que Deus quer chegar. Este
é o ponto da cura.
No ponto da dor é que reside
o princípio e o ponto da cura! Sem expor este ponto é impossível um
arrependimento ou uma mudança de pensamentos em relação às fortalezas espirituais
da mente que nos aprisionam. O grande golpe redentivo sobre a culpa e a
vergonha é simplesmente expô-las em confissão a pessoas que tenham a unção
divina para orar por nós. Todo arrependimento, todo desejo genuíno de mudança é
acompanhado pela confissão, reconciliação e restituição.
CAPÍTULO 3
Entendendo a provação
Já que o caminho da aprovação
são as provações, é altamente importante entender o papel das provas divinas em
nossas vidas. Em cada prova reside a oportunidade de reverter situações de
derrota e construir não só hábitos, mas um caráter de obediência em pontos onde
desenvolveu-se uma rotina de fracassos.
À medida que a desobediência
dá lugar à obediência, a fé é edificada e as deficiências espirituais são
supridas por um senso sobrenatural de segurança que vem da dependência divina.
Gostaria de mencionar pelo
menos três objetivos principais das provas divinas que, obviamente, também
trazem benefícios espirituais de caráter pessoal:
1. Expor-nos eliminando as impurezas
"Tira da prata a
escória, e sairá um vaso para o fundidor. " (Pv 25:4 )
O fogo tem o poder de
manifestar as impurezas para que elas possam ser eliminadas. Primariamente, uma
prova vem para trazer à luz o que está em trevas, libertando-nos da hipocrisia
e orgulho, gerando humildade, transparência e coerência. As máscaras caem e
começamos a descobrir o poder e a satisfação libertadora que existe na
transparência.
Não temos que carregar o
excessivo peso de pecados secretos e fraquezas ocultas que nos apavoram com a
possibilidade de rejeições. Quanto mais tentamos proteger nossas feridas e
vergonhas, mais nos afastamos da verdade, da liberdade e da felicidade. O medo
de ser novamente ferido acentua-se e a alma torna-se encarcerada. Tomamos um
caminho oposto à vereda do justo que é como a luz da aurora que vai brilhando
mais e mais até ser dia perfeito.
A realidade é que Deus
conhece muito bem a grossa casca de religiosidade e justiça própria que usamos
para nos relacionar com as pessoas, impondo um ambiente de trevas e cegueira
espiritual.
Ele também conhece a pessoa
débil e ferida que está lá dentro desta casca, e sabe como nos tirar desta
prisão e deste condicionamento emocional onde já nos viciamos num
relacionamento hipócrita, superficial e até mesmo mentiroso.
Frequentemente tenho
encontrado pessoas que chegam a acreditar nas próprias mentiras. Aqui entra o
eficiente papel das provas que vem para desmoronar a falsa aparência que tão
habilidosamente construímos.
Invariavelmente este processo
é doloroso e muitas vezes humilhante. Porém, Deus vai tratar com as nossas
vergonhas. Isto é algo com o qual Ele não negocia.
O objetivo é que venhamos a
ser: "...como obreiro que não tem do que se envergonhar... "
Onde há vergonha também
existe culpa, medo e dor. Este tipo de vergonha é sintoma de pecados, traumas e
maldições não resolvidos. O objetivo é produzir uma iniciativa voluntária de
transparência e humildade onde o estado de derrota começa a ser subvertido.
O nível de acusação e
condenação demoníaca que sofremos é proporcional à vergonha que ainda nutrimos
interiormente. A Bíblia garante que quando nos expomos, quando andamos na luz,
os relacionamentos são restaurados e tornam-se significativos. O estado crônico
de pecado e reprovação é subjugado pelo poder do sangue de Jesus:
"Se andarmos na luz,
como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus seu
Filho nos purifica de todo pecado. " ( l Jo 1:7)
Nossos relacionamentos bem
como a purificação dos nossos pecados estão condicionados a um estilo de vida
responsável e transparente.
2. Testar as nossas reações instantâneas
"Sabendo que a aprovação
da vossa fé produz a perseverança; e a perseverança tenha a sua obra perfeita,
para que seja perfeitos e completos, não faltando em coisa alguma. " (Tg
1:3,4) Um outro objetivo das provas é gerar pro atividade e domínio próprio
naquelas áreas em que somos vulneráveis. Muitos de nós desenvolvemos uma
incapacidade de amortecer choques. Tornamo-nos duros de alma e reativos.
Quando alguém nos bate,
também batemos; quando alguém nos xinga também xingamos; quando alguém nos
trata bem, então o tratamos bem ...
Esta dureza de coração peca
contra a maturidade e é o princípio de ação do divórcio que nos leva a
colecionar relacionamentos frustrados e destruídos.
Desta forma nos amoldamos às
tentações, nos conformamos com este século e nos tornamos escravos das
circunstâncias.
Agindo no espírito oposto
"Eis que vos envio como
ovelhas ao meio de lobos; portanto, sedes prudentes como as serpentes e simples
como as pombas. " (Mt 10:16)
Esta declaração de Jesus
expressa um dos mais elevados princípios de batalha espiritual. Ele ensina o
grande segredo de não reagir, mas de agir no espírito oposto ao ataque
oferecido contra nós.
Só venceremos situações de
ódio e inimizade com perdão, situações de avareza agindo com generosidade,
situações de impureza demonstrando pureza e retidão, situações de maledicência
com palavras abençoadoras e assim por diante...
Desta forma, amontoamos
brasas sobre a cabeça da pessoa, discernindo e desarmando a inspiração maligna
que a manipula. Caso contrário, tudo que conseguimos é infernizar ainda mais a
situação.
Esta disciplina de alma, que
conceituamos de domínio próprio, é o fruto produzido pelo Espírito Santo em
nossas vidas, mediante um estilo de vida marcado pelo quebrantamento e
renúncia.
Para ser prudente como as
serpentes, que é um símbolo do próprio Satanás, é necessário ser uma ovelha, e
não um lobo, no meio de lobos. Não podemos pisar no terreno do inimigo
aceitando suas provocações e lutando contra carne e sangue. É necessário
domínio próprio. Satanás sempre entra pela brecha do descontrole.
"Irai-vos, e não
pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira; nem deis lugar ao Diabo. "
(Ef 4:26,27)
Podemos irar e não pecar. A
ira não é pecado. A ira é um sentimento que desempenha o importante papel de
quebrar a nossa indiferença em relação à injustiça.
Porém, este pico emocional,
cogita, também, com a possibilidade de descontrole e pecado.
Quando alguém invade nossa
privacidade ou pratica uma injustiça e presenciamos isto, automaticamente nos
iramos. Porém, isto deve nos conduzir não mais que ao exercício de um zelo
equilibrado e justo.
A ira, também, deve durar
momentaneamente. Ela não deve ser conservada além do limite de tempo suficiente
para produzir em nós uma ação justa que aquela situação requer.
Ninguém deve dormir irado,
senão o ressentimento se instala, produzindo ações injustas. É o que Paulo quer
dizer com: "não se ponha o sol sobre a vossa ira ".
Cada dia que passa, cada vez
que o sol se põe sem vencermos a ira, o coração ressente, o corpo adoece e a
alma descontrola, exibindo atitudes implacáveis.
A ira, como qualquer outro
sentimento ou desejo, precisa estar espiritualmente sob controle. O exercício
deste comportamento faz frutificar o domínio próprio. Quando isto não acontece,
ou seja, quando ao invés de dominarmos a ira ou qualquer sentimento que seja,
somos dominados, então, abrimos a porta do descontrole dando lugar ao pecado e
ao diabo.
O domínio próprio precisa ser
exercitado mediante uma diversificada gama de provas. Este é o caminho para uma
vida livre e uma personalidade estável.
A lei do domínio próprio
assegura que se não dominamos a nós mesmos também não dominaremos as
adversidades, e se não dominamos as adversidades não dominaremos as potestades.
Através destas provas onde
nossas reações instantâneas são provadas lidamos com as brechas de descontrole
construindo uma armadura espiritual que nos torna incólumes nos confrontos e
combates, Nossa armadura é tão vulnerável quanto o nosso domínio próprio! Aqui
entra a pro atividade, que é a capacidade de construir uma ação de acordo com
os valores que acreditamos, independentemente da provocação recebida. Na
verdade, moralmente falando, ninguém pode nos ferir sem o nosso próprio
consentimento!
3. Testar a nossa disposição de obediência a longo
prazo
"E te lembrarás de todo
o caminho pelo qual o Senhor teu Deus tem te conduzido durante estes quarenta
anos no deserto, a fim de te humilhar e te provar para saber o que estava no
teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos. " (Dt 8:2)
A provação incorpora outro
propósito onde o fator a ser ressaltado é o tempo. Este é um aspecto
fundamental para gerar perseverança e caráter.
Perseverança produz caráter e
caráter produz perseverança. Desta integração emerge a consistência espiritual
de uma pessoa. Portanto, em termos de caráter, o tempo desempenha um papel
indispensável no processo de aprovação da fé.
Perseverança é a
matéria-prima do caráter. Aqui entra o conceito de paciência que é a base do
caráter e o baluarte da perfeição. A perfeição divina nunca esteve ligada com
rigidez, intolerância e perfeccionismo, mas com a paciência e seus derivados.
O mais importante de qualquer
vitória obtida é a capacidade de mantê-la, ou seja, de passar a viver de acordo
com esta nova realidade, mantendo o território conquistado.
LIDANDO COM A PREVENÇÃO
Quando falamos de provas, a
nossa tendência natural é temer estas circunstâncias que irão lidar com a dor e
o trauma das nossas derrotas, fazendo subir toda escória da alma.
Automaticamente, uma forte "muralha de prevenção" se manifesta quando
percebemos a vulnerabilidade das nossas feridas. A tendência é sermos
facilmente subjugados ao medo e à fuga embarreirando a alma.
A maior causa de reprovação é
o próprio medo de sermos provados, bem como a indisponibilidade de lidarmos com
áreas íntimas de derrota. Quanto mais nos fechamos, mais somos sufocados por
estas barreiras. Quanto mais tememos e evitamos as provas, tanto mais a raiz da
derrota se fortalece e aprofunda, aprisionando a alma.
Lidando com o medo das provas
Pessoas aprovadas sempre
encaram as provações com abertura, gratidão, sabedoria e ousadia. Em cada prova
podemos exercitar estes elementos mencionados em detrimento do medo. Esta
predisposição pode afetar totalmente o ambiente espiritual, onde, ao invés de
sermos intimidados, passamos a intimidar.
A Bíblia narra quando Paulo
estava em Cesárea e um profeta de Deus chamado Ágabo, faz um ato profético em
alusão ao seu futuro. Não era o tipo de profecia que as pessoas gostam de
ouvir. Pegando o cinto de Paulo e amarrando suas próprias mãos, ele profetiza:
"... Isto diz o Espírito
Santo: Assim os judeus ligarão em Jerusalém o homem a quem pertence esta cinta,
e o entregarão nas mãos dos gentios." (At 21: 11)
Aquilo deixou todos
apavorados, Eles começaram a interceder com Paulo para que ele desistisse do
seu intento de ir a Jerusalém, Porém, consciente da presença de Deus, sabendo
que esta seria a estratégia para testemunhar diante dos governantes, ele
responde:
"... Que fazeis chorando
e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto não só a ser preso, mas ainda a
morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus. " (At 21:13 )
Que estupenda maneira de
encarar uma provação, Paulo não deixou espaço algum para o medo e intimidação,
pelo contrário, ele chega a dar um xeque-mate na morte expondo-se a tudo por
causa de Jesus. Este nível de ousadia
desmonta qualquer argumento demoníaco, Isto chega a dar terremoto no inferno e ataque
do coração em Satanás! Isto deixa o diabo "endemoniado", num estado
de choque e perplexidade. Como parar uma pessoa que simplesmente não acredita
mais nas intimidações demoníacas e que encontra-se plenamente consciente da
sobre-excelente grandeza do poder de Deus sobre sua vida?
Desta forma, Paulo demonstra
a grande vantagem que podemos ter sobre Satanás, mesmo enfrentando situações
onde sua própria vida corria risco.
Faceando terríveis provas e
grandes conflitos, mediante todas as possibilidades de fugir de Deus, Davi
acabou descobrindo que, na verdade, não eram possibilidades de fuga, mas
impossibilidades de fuga.
A preocupação central de Davi
não era a prova que o confrontava, ou a capacidade do inimigo atingi-lo, mas
seu coração diante de Deus. Ele mesmo se exorta a não fugir e enfrentar a
situação:
"Para onde me irei do
teu Espírito, ou para onde fugirei da tua presença? Se subir ao céu, tu aí
estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também. Se tomar as
asas da alva, se habitar nas extremidades do mar ainda ali a tua mão me guiará
e a tua destra me susterá. Se eu disser: Ocultem-me as trevas; torne-se em
noite a luz que me circunda; nem ainda as trevas são escuras para ti, mas a
noite resplandece como o dia... " (Sl 139: 7-11)
Da mesma forma, quando Jacó
em toda sua "esperteza", enganou o irmão, ludibriou o pai, que era
cego e se pôs a fugir. Deus deixou bem claro que ele poderia fugir de todos,
porém não dEle:
"Eis que estou contigo, e
te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra; pois não
te deixarei até que haja cumprido aquilo de que te tenho falado. " (Gn
28:15)
Esta é uma lição que, mais
cedo ou mais tarde, todo homem de Deus aprende. É imprescindível a disposição
natural de enfrentar com uma atitude tranquila e positiva as provas. Quando
você se apresenta aprovado diante de Deus, Deus apresenta você aprovado diante
dos homens.
A novidade de vida e a
dinâmica de uma vida espiritual abundante partem deste princípio. Porém, o que
mais se vê hoje, dentro das igrejas, são pessoas com uma vida espiritual gasta,
buscando desculpas para fugir dos desafios de Deus ou desistir. Pessoas
passivas, vencidas pelo medo e indispostas a correr riscos pelo reino de Deus. Gente
intimidada e derrotada.
Assevera-se que noventa por
cento das pessoas estão apenas procurando desculpas, enquanto apenas dez por
cento estão determinadas a pagar o preço da responsabilidade e perseverança.
Fala-se demais sobre "prosperar" e de menos sobre
"perseverar". Não se engane, não existe prosperidade sem aprovação e
não existe aprovação sem perseverança!
Portanto, uma pessoa
continuamente reprovada, certamente vai cair na estagnação, na insensibilidade,
no desânimo, no sono espiritual. Assim sendo, constitui-se um "suicídio
espiritual" quando nós tentamos ignorar certas derrotas e passamos a fugir
das provas de Deus.
O medo emocional e a prevenção
A Bíblia ensina um princípio
que rege uma atitude de medo emocional e prevenção:
"O temor do ímpio virá
sobre ele. " (Pv 10:24)
Podemos definir o medo
emocional através de um comportamento exageradamente preventivo. Isto indica
que, de alguma forma, convivemos com uma forte dor ou decepção que ainda não
conseguimos superar.
O medo emocional gera vulnerabilidade
e a vulnerabilidade gera medo, desequilibrando a personalidade. A liberdade é
trocada por uma postura defensiva, através da qual construímos muitos
bloqueios.
A tendência é que estas
prevenções passem a reger todo nosso comportamento, mesmo que não admitamos. De
repente, nos pegamos deixando de ir a algum lugar simplesmente porque alguém
com quem ficamos magoados está ali. Jesus deixa de ser o centro, e esses
bloqueios passam a ser o eixo de cada comportamento, manipulando nossas vidas.
Muitas vezes teremos que enfrentar e resolver situações do passado que
sustentam um saldo espiritual negativo em determinados relacionamentos. É
necessário nos flexibilizar desarmando estes bloqueios através das confissões e
restituições que se fazem necessárias.
Frequentemente digo para as
pessoas nestes labirintos da vida que é melhor ficar "vermelho" um
pouquinho do que "amarelo" a vida inteira.
Lembro-me de um diálogo que
tive com um querido irmão. Sua mãe, a vida inteira o tratou de uma forma
horrível, levando-o a desenvolver um grande ódio que além de contaminar seus
relacionamentos, o cegou em relação à rebelião e desonra que ele praticava.
Quando disse que deveria
partir dele uma retratação com a mãe para que aquele bloqueio fosse vencido,
ele relutou irredutivelmente. Aquilo seria demasiadamente vergonhoso e
"injusto" para seu orgulho.
Então parafraseei: é melhor
você ficar "vermelho" um pouquinho do que "amarelo" a vida
inteira. Sua resposta imediatamente foi: "mas ... amarelo é uma cor
bonita". Gosto de amarelo! É minha cor predileta!
Fiquei surpreendido e ao
mesmo tempo chocado, imaginando como algumas barreiras podem tornar-se tão
resistentes e aparentemente impossíveis de serem superadas. Rindo da sua
resposta, argumentativamente inteligente, porém emocionalmente burra,
finalmente arrematei: o grande problema, é que o inferno está cheio de gente
"amarela"!
A prevenção é uma forma de
idolatrar os ressentimentos, as decepções e as rejeições. É uma declaração
emocional que temos fracassado mediante a responsabilidade de perdoar. Isto faz
germinar o medo de ser novamente ferido ou rejeitado, impondo barreiras e
dificuldades que inviabilizam a capacidade de relacionar, engessando o
temperamento numa postura espinhosa.
O medo emocional abre uma
brecha no mundo espiritual para sermos atacados, ou seja, onde temos medo e
prevenção, seremos atacados. Jó experimentou esta realidade dizendo: "O
que eu mais temia, isto me sobreveio". Estes pontos tornam-se áreas de
profunda debilidade espiritual que nos vulnerabilizam.
Agindo desta forma, tudo que
conseguimos, é tornar ainda mais convidativos os ataques demoníacos.
Através das prevenções
construímos uma situação sólida de derrota, fortalecendo as cadeias espirituais
que nos prendem. Quando o medo recalca a fé é sinal que estamos dando ouvidos
às mentiras de Satanás.
Cada prevenção que
estabelecemos em nossas vidas torna-se não apenas um alvo, mas o ponto de
partida do tratamento de Deus. Cada barreira precisa ser derrubada, cada muro
destruído! É exatamente nestes pontos que estão enraizados o quadro de derrota
onde sustentamos a dinâmica de uma vida cíclica de reprovações.
A nossa "Alemanha"
Há muitos anos atrás ouvi uma
mensagem sobre perdão ministrada por Loren Cuningham, fundador da Jocum. Ele
contou um forte testemunho sobre sua amiga Coren Tem Boom que nunca mais me
esqueci.
Muitos de nós conhecemos a
trágica história da Coren através do seu livro e filme, "O Refúgio
Secreto". Ela e sua família foram vítimas dos campos de concentração
nazistas durante a Segunda Guerra porque abrigavam os judeus perseguidos pelo
nazismo salvando suas vidas.
Seu pai e irmã morreram no
campo de concentração, porém ela foi sobrenaturalmente liberada numa data
previamente prometida por Deus. Obviamente que as atrocidades vividas durante
anos naquele campo de concentração nunca abandonaram sua memória.
Na mensagem, o Pr. Loren
conta como Deus, estranhamente, falou para ele comprar uma mala de viagens e
levá-la de presente para a Coren. Ele simplesmente obedeceu, e quando visitou
sua amiga entregando-lhe o presente ficou surpreso que aquele era exatamente o
dia de seu aniversário.
O mais interessante eram os
planos que Deus vinha compartilhando com a Coren: "Minha filha, eu vou te
levar por muitas nações do mundo para você contar o seu testemunho e muitos
serão salvos e abençoados".
Como confirmação, ela recebe
de presente uma mala, logo do Loren, um pastor que já esteve, literalmente, em
todos os países do mundo.
Porém, quando Deus a chamou
para esta nova fase de sua vida, ela colocou uma condição diante de Deus:
"Senhor, eu irei para
qualquer lugar do mundo que o Senhor me enviar, menos para a Alemanha! "
Prontamente a voz de Deus
veio fortemente ao seu coração: A Alemanha é o primeiro país para onde eu estou
te enviando! Aquilo a deixou angustiada e com medo. Sua prevenção estava sendo
diretamente confrontada, e, certamente, precisava ser eliminada.
Alguma vez você já travou uma
queda de braços com Deus? Advinha quem sempre ganha e quem sempre perde? Depois
de refutar muito, obviamente, ela acabou cedendo. Feitos os contatos, as portas
se abriram facilmente para que ela estivesse na Alemanha. Após a primeira
ministração numa grande igreja, ela foi procurada por um senhor já idoso.
Aquele homem a abordou e
repentinamente ela o reconhece como um dos exatores do campo de concentração.
Um clima pesado tomou conta da situação. Ele com os olhos em lágrimas, agora,
como um irmão em Cristo, começa a pedir-lhe perdão por tanto sofrimento
causado.
A vida dela, volta como num
filme, diante de lembranças demasiadamente dolorosas. Raiva, vergonha, medo,
tudo se mistura o vem à tona. Enquanto o homem esperava seu perdão com a mão
estendida, ela parecia não ter forças para vencer suas emoções traumatizadas.
De repente, a voz de Deus
retumba no seu espírito: "foi para isto que eu te trouxe aqui! Faça a
escolha certa, que eu te ajudo!" Numa atitude de fé, renegando seus
traumas, ela estendeu a mão para o seu algoz, perdoando-lhe e recebendo-o como
irmão!
Instantaneamente ela sentiu
como que uma descarga elétrica passando pelo seu corpo e alma arrancando todas
as prisões! O campo de concentração que ainda permanecia dentro dela já não
existia mais! A voz de Deus veio novamente: "minha filha, agora você está
aprovada e pronta para as nações"!
Eu não sei qual é a sua
"Alemanha", mas, provavelmente, você sabe, e, com certeza, Deus
também sabe.
A verdade é que Deus quer
destruir nossas prevenções. Esta é uma prioridade inegociável em relação ao seu
plano para cada um de nós.
Deus quer nos fazer pessoas
livres, por mais que isto seja doloroso para nós mesmos. A plena liberdade em
Cristo, uma disponibilidade irrestrita, um coração sem barreiras é fundamental
para desfrutarmos da verdadeira autoridade divina, como também vivermos segundo
o curso do rio da sua unção.
Manejando bem a palavra da verdade
"E maravilhavam-se da
sua doutrina, porque os ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas.
" (Mc 1:22)
O que significa manejar bem a
palavra da verdade?
Seria isto você ter uma
língua de prata e uma oratória requintada? Será que basta apenas uma habilidade
de exposição bíblica com muita informação, boa interpretação textual, grandes
ilustrações e uma excelente Homilética?
Obviamente, cada uiva destas
coisas têm o seu grau de importância, mas estão longe de definir o que
realmente significa manejar bem a palavra da verdade.
A questão maior aqui não é
apenas manejar bem "a palavra", porém, manejar bem "a palavra da
verdade".
A diferença entre estes dois
termos é equivalente à discrepância que existe entre a hipocrisia e a
coerência.
Mesmo pregando o Evangelho,
podemos estar mentindo em relação às nossas próprias vidas. Cada vez que usamos
o Evangelho como uma capa de santidade que disfarça nossa incoerência e oculta
nossos pecados, tentando provar o que não somos, praticamos a mentira, e não a
verdade.
Quando ministro ou escrevo
todas estas coisas para você, por certo, tenho sido e continuo sendo
profundamente provado e examinado por cada palavra e princípio revelado. Isto
nos aproxima não apenas da verdade, como também de um relacionamento genuíno
com Deus, construindo confiança e confiabilidade.
Na verdade, só manejaremos
bem "a palavra da verdade", se esta mesma palavra tiver transformado
as nossas vidas. Quando ministramos uma palavra que nos provou e transformou,
diante da qual fomos aprovados, esta palavra, com certeza, vai transformar
outros!
Esta é a palavra de poder e
sabedoria que assume uma conotação profética, fazendo com que a revelação
divina penetre como uma espada no coração das pessoas. Esta palavra é mais que
a mensagem de um pregador: é a "espada do Espírito" que nos
transforma e transforma a outros pela renovação da mente. É a verdade dita com
verdade que desencadeia o princípio da unção e da revelação.
Não importa quantos cursos e
seminários você já fez, quantos títulos você coleciona, qual é o tamanho da sua
igreja ..., apenas pessoas aprovadas estão espiritualmente aptas a
"manejar bem a palavra da verdade".
Muitas pessoas têm algum tipo
de poder. Poder vem de uma posição ou de um título, porém, autoridade vem do
caráter. A legítima autoridade é conferida por Deus a pessoas aprovadas. Isto
muitas vezes vem de um processo longo e profundo de tratamento. Por isto, Deus
prova o quanto for necessário uma pessoa:
"... pois tu, ó justo
Deus, provas os corações e os rins. " (Sl 7:9)
Enquanto o coração é a sede
das nossas motivações, os rins significam a sede do nosso discernimento.
Enquanto o coração bombeia o
sangue, que é a vida, os rins filtram o sangue, garantindo a saúde do corpo.
Provar tem uma forte
conotação de purificar. É de onde vem a palavra castigo, que apesar de ser uma
palavra amedrontadora, no latim significa "purificar pelo
sofrimento", embutindo um sentido de correção.
Deus não negocia seu padrão de
santidade. O caminho para o conhecimento de Deus se baseia numa vida sem
barreiras. Nossas motivações e o nosso discernimento precisam ser cada vez mais
provados e refinados:"... conhece o Deus de teu pai e serve-o com um
coração perfeito e com alma voluntária." ( I Cr 28:9)
CAPÍTULO 4
Diagnosticando o estado de reprovação
Uma pessoa reprovada não é
uma pessoa que Deus vai desprezar e jogar fora, mas antes de tudo é uma pessoa
que ele quer aprovar. Obviamente, Deus é a pessoa que mais nos ama e ele está
disposto a investir de todas as formas necessárias em nossas vidas. A palavra
reprovação, por mais dolorosa que seja, também embute a perspectiva de uma nova
chance.
Porém, o primeiro passo para
sermos aprovados é reconhecer que estamos ou temos sido reprovados. É
indispensável sermos sinceros conosco mesmos. Sem humildade e quebrantamento
seremos quebrados, o que além de piorar a situação, pode literalmente nos
destruir.
Paulo deixou um importante
conselho que se encaixa nesta realidade:
"Examinai-vos a vós
mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a
vós mesmos, que Jesus está em vós? Se não é que já estais reprovados. "
(II Co 13:5)
Obedecendo este conselho
vamos tentar traçar a radiografia espiritual de uma pessoa reprovada,
evidenciando os sintomas mais comuns que qualificam uma pessoa nesta situação.
SINTOMAS DE UMA PESSOA REPROVADA
1. Desconfiança crônica e generalizada
Invariavelmente, uma pessoa
reprovada deixou-se atingir tanto pelas decepções da vida que não consegue mais
confiar nas outras pessoas. Uma desconfiança generalizada passa a reger os
relacionamentos.
Aquele velho ditado:
"gato escaldado tem medo até de água fria". Todos que representam
aquela classe de pessoas com quem ela se decepcionou, passam a ser
discriminadamente uma ameaça.
Na época do apóstolo Paulo
haviam muitos impostores, tanto no judaísmo como no cristianismo que acabara de
nascer. Sob esta mesma perspectiva é que ele precisou confrontar e alertar a
igreja em Corinto em relação a ele mesmo:
"Posto que buscais prova
de que em mim Cristo fala, o qual não é fraco para convosco, antes é poderoso
em vós. " ( lI Co 13:3)
Ainda que Deus estava usando
Paulo com poder, muitas pessoas não conseguiam confiar nele. Simplesmente
desconfiavam temerariamente. Foram facilmente envenenados pelos perseguidores
de Paulo. Eles, então, queriam mais provas de que Paulo era legitimamente um
homem de Deus. Havia tanta desconfiança infundada, que Paulo apresenta este
fato, como um sintoma de um possível estado de reprovação daquelas pessoas que
o estavam julgando.
Quando temos uma atitude
contínua de reprovar e desconfiar levianamente das pessoas, isto é um forte
indício de que o problema está em nós. Muitas coisas na nossa personalidade
encontram-se distorcidas.
A própria infidelidade é a
principal raiz da desconfiança! Quando não somos fiéis em alguma coisa, a
tendência é transferir isto para os outros. Vemos os outros como somos.
Cada vez que julgamos alguém
ou uma situação sem conhecimento de causa, o único padrão que na verdade usamos
para tal julgamento é o nosso próprio coração. Neste caso, tudo que conseguimos
é revelar quem somos. Nosso julgamento frívolo e precipitado apenas provê um
retrato do nosso homem interior. Com certeza, existem abusos e injustiças ainda
não resolvidos.
Naquilo que fomos feridos
passamos a ferir e a desconfiar generalizadamente, o que só reforça e revela a
situação de reprovação em que nos encontramos.
2. Estagnação e Desânimo
Isto vem como resultado de um
stress espiritual.
Obviamente uma pessoa
reprovada, como já definimos, é alguém que não foi aprovado e por isto vai ser
submetida a uma nova prova.
Dependendo de como nos
posicionamos, isto pode se repetir tanto que vai provocar em nós um profundo
estado de desgaste, que pode ser traduzido nestas palavras: desistência,
estagnação e desânimo. Invariavelmente, o processo, de vez após vez, fazer a
prova e ser desaprovado, impõe uma situação interna de stress espiritual que
adoece a esperança e esmaga a auto-estima.
A partir disto, qualquer
esforço espiritual é demasiadamente pesado, difícil, cansativo e até mesmo
insuportável. Um grãozinho de areia passa a pesar uma tonelada. Não aguentamos
mais cinco minutos com a Bíblia aberta ou dois minutos de oração já nos fatiga.
Perdemos totalmente o
interesse pelos perdidos. Esta esmagante carga de desincentivo espiritual
sempre coexiste com situações sérias de reprovação.
Devido à falta de
maleabilidade, inferioridade e acima de tudo orgulho, nos esquivamos do
tratamento de Deus. Isto nos tira do curso da vontade divina e em consequência
a vida espiritual torna-se um terrível fardo. Nada vai fluir. A unção esgota!
Várias situações começam a travar.
Podemos até aguentar isto por
um tempo, porém a desistência e a apatia acabam se instalando. Todo estado de
reprovação crônica adoece a consciência e abala a fé. O resultado final é a
estagnação.
A apostasia muitas vezes
acontece de uma maneira passiva e sutil. Apesar de muitos frequentarem uma
igreja, já desistiram a muito tempo de uma vida comprometida com a vontade e a
verdade de Deus.
Este mecanismo sutil de apatia
e desânimo é também o estágio preliminar das mais terríveis apostasias que
pessoas praticam. A palavra profética nos alerta que estes últimos dias seriam
marcados principalmente pela apostasia.
Não devemos menosprezar esta
possibilidade que começa despercebidamente através de um estado de reprovação
que vai ganhando força através deste processo crescente de estagnação e morte
espiritual.
3. Ressentimento e Prevenção
Estas duas coisas normalmente
andam juntas e contribuem decisivamente para nos obstinarmos na nossa vontade
própria. Todo ressentimento cria barreiras. Estas prevenções e barreiras, por
sua vez, acabam construindo sérios conflitos com o discernimento da vontade de
Deus. Uma confusão interna e muitas dúvidas existenciais se estabelecem.
A pessoa não consegue ter uma
genuína convicção da vontade e da direção divina. De repente, a pessoa percebe
que só sabe o que ela não quer para si, pois está dominada pelo ressentimento e
prevenção.
Comumente ouvimos uma
confissão típica que retrata a prevenção: "Eu não sei bem o que Deus tem
para mim, só sei que ir para determinado lugar, ou fazer determinada coisa, ou
falar com tal pessoa, jamais!" A pessoa escolhe a vontade de Deus para
ela.
Acaba fazendo da própria
vontade a voz de Deus. É induzida pelas prevenções que construiu no coração a
escolhas erradas na vida que podem acabar custando um preço muito alto. Na
verdade, ela está sendo guiada pelas suas feridas, as quais idolatra e
insistentemente defende com unhas e dentes e mil razões!
Para cada razão que justifica
nossa mágoa, Satanás nos acrescenta outras tantas, e com isto muitos conseguem
a façanha de espiritualizar suas feridas e barreiras. De alguma forma, estas
pessoas vêm falhando em resolver muitos conflitos.
Na caminhada espiritual acontecem
muitos "Guetsêmanis" e "Calvários" onde somos traídos e
abandonados, quando precisamos enfrentar muitas decepções. Um peso de angústia
e morte começa a nos esmagar. Aconteceram muitas coisas que não esperávamos e
que ninguém gostaria que tivesse acontecido. Mas, simplesmente, não existe como
voltar o tempo e precisamos agora tomar uma decisão.
É aqui que muitos fazem a
pior escolha de não superar os acidentes de percurso e prosseguir sem barreiras
para o prêmio da soberana vocação em Cristo.
Cada vez que sonegamos o
perdão, que falhamos em renunciar para Deus o sentimento de injustiça e perda,
de alguma forma, nossas vidas tornam-se terrivelmente aprisionadas, o que
denuncia um forte estado de reprovação.
4. Atitude de Fuga
Pessoas feridas tendem a
fugir. Fugir é uma das mais fortes tentações para alguém que se encontra num
estado de reprovação.
Qualquer situação de dor seja
ela de cunho físico, emocional ou moral, invariavelmente impõe uma dinâmica de
fuga. A tendência é buscar alívio e conforto. Apesar disto ser um mecanismo
natural de defesa, pode se tornar algo perigoso, principalmente, quando
evitamos que a ferida seja tratada, passando a viver irresponsavelmente de
subterfúgios e paliativos.
Por mais que a dor é
temporariamente amenizada nestas escapadas, o foco da ferida só piora,
apontando apenas para doses cada vez maiores dos narcóticos emocionais. Desta
forma muitos se tornam viciados e condicionados à fuga.
Aparentemente é muito mais
fácil sair pela tangente, evitando qualquer tipo de aproximação que ameace
confrontar o trauma. O caminho largo é também o caminho que pode ser
eternamente longo e penoso.
Vamos evitando o processo de
cura e isto só prolonga o estado de enfermidade e exploração demoníaca.
Medo e fuga se unem,
estabelecendo uma dinâmica que nos enclausura no estado de derrota. A fuga é o
lado oposto da solução. É o princípio da antiresolução de conflitos. Quanto
mais fugimos mais nos distanciamos da solução. Fugir é afastar-se da resolução
da nossa própria vida e situação espiritual.
Frequentemente atendemos
pessoas que vêm de uma peregrinação numa série de igrejas. Cada vez que um
problema as aflige, ao invés de agirem com humildade e maturidade, elas fogem
deixando um rastro de feridas, relacionamentos destruídos e portas fechadas.
Quando Deus começa a levá-las ao ponto onde elas precisam ser tratadas, a
grande tentação é desistir e fugir. Abortam as oportunidades de crescimento.
Assim sendo, nunca perseveram
em nada e estão sempre evitando os desafios que poderiam tornar a vida
vitoriosa e saborosa. Muitas delas mudam o "chamado" de acordo com as
suas próprias conveniências, o que não passa de uma forma sutil de
espiritualizar o processo de reprovação e fuga.
Para elas é mais fácil e
cômodo mudar de igreja do que encarar e resolver de uma vez por todas o foco
daquilo que as aflige. Obviamente que em cada uma destas mudanças, elas
carregam consigo uma bagagem espiritual contaminada que é a profecia de novas e
maiores dificuldades. É impossível sair mal de um lugar sem entrar mal em
outro. O problema não está nos lugares por onde têm passado, mas nelas mesmas.
Certamente, mais cedo ou mais
tarde, para se realinharem com os benefícios de uma vida livre, estas pessoas
precisarão voltar em cada uma destas situações e resolver o que não foi
resolvido.
Um exemplo clássico de um
fugitivo foi Moisés. No seu zelo irracional de proteger seu povo, abriu uma
terrível ferida em sua vida ao assassinar um homem egípcio. Escondeu o negócio
e começou a andar em trevas. Não durou muito e foi atacado novamente no mesmo
ponto, agora por um compatriota. Aquilo o traumatizou de tal forma que o fez
desistir de tudo, transformando-o num fugitivo.
"Mas o que fazia
injustiça ao seu próximo o repetiu, dizendo: Quem te constituiu senhor e juiz
sobre nós? Acaso queres tu matar-me como ontem mataste o egípcio? A esta
palavra fugiu Moisés, e tornou-se peregrino na terra de Midiã, onde gerou dois
filhos. " (At 7:27-29)
Antes de libertar o povo de
Israel, Moisés precisava ser livre. Quando Deus, depois de quarenta anos pede
que ele volte ao Egito, não era apenas por causa de Israel, mas por causa dele
mesmo.
A volta de Moisés para
libertar o povo de Israel do cativeiro do Egito determinou sua cura. Mesmo já
tendo passado quarenta anos sendo profundamente tratado por Deus no
"Seminário do Pastor Jetro", precisou voltar neste ponto e deixar de
ser um fugitivo.
Outro fugitivo na Bíblia foi
Caim. Temos aqui uma triste cena que demonstra a atitude de um fugitivo.
São aqueles que não querem de
forma alguma negociar a possibilidade de se abrirem, quebrantar, admitir o erro
e corrigir o que precisa ser corrigido.
"Eis que hoje me lanças
da face da terra; também da tua presença ficarei escondido; serei fugitivo e
vagabundo na terra; e qualquer que me encontrar matar-me-á. O Senhor, porém,
lhe disse: Portanto quem matar a Caim, sete vezes sobre ele cairá a vingança. E
pôs o Senhor um sinal em Caim, para que não o ferisse quem quer que o
encontrasse. " (Gn 4:14,15) Caim, depois de ter sua oferta rejeitada,
sendo reprovado por Deus, incendiou-se de inveja em relação ao irmão que fora
aceito. Advertido sobre as motivações sombrias que assolavam seu coração acabou
assassinando o próprio irmão por não suportar o seu sucesso. Porém, friamente,
negou o feito, amou as trevas. Por mais que Deus tentou trazê-lo para a luz,
ele preferiu a vida de mentiras!
O perfil de Caim reflete um
alto percentual de pessoas dentro da igreja que vivem no ocultismo, fugindo da
verdade. Ao ser provado e reprovado por Deus, Caim tornou-se um fugitivo, se colocando
agora como vítima. Ao invés de temer ao Senhor, se acovardou diante das
responsabilidades que deveria assumir.
Por desconhecer o coração de
Deus, achando que Ele seria muito duro, decidiu fugir. É desta forma que muitos
abandonam o plano divino para suas vidas e começam a vagabundear pela terra! A
partir disto não conseguem mais perseverar em nada. Caem facilmente na
autocondenação: não se perdoam e perdem a capacidade de confiar no caráter
perdoador de Deus. Tornam-se desnorteados na vida.
Da mesma forma, podemos
mencionar o profeta Jonas, o homem que fugiu mais rápido na Bíblia. No capítulo
um, versículos um e dois temos o chamado de Deus para Jonas levar uma mensagem
ao povo de Nínive. Já no terceiro versículo, ele foge:
"Fugiu Jonas da face de
Deus. " (Jn 1:3)
"Coincidentemente",
uma tempestade açoitou o navio em que fugia. Daquele lugar cômodo onde dormia
no porão do navio, foi lançado ao mar, engolido por um grande peixe e levado
para o coração dos mares.
Só então, ele resolve orar!
Se flexibiliza diante da tarefa recebida e muda de ideia retomando seu destino
original. Depois de três dias, o peixe o vomita em Nínive, onde, finalmente,
ele cumpre sua missão.
Imagine como ele chegou na
terra do seu chamado, vomitado por um peixe, com um cheiro insuportável!
Este é o tipo de submarino
que ninguém quer viajar!
Espero que você não tenha que
ir para o seu chamado de "peixe".
Fugir de Deus nunca é uma boa
ideia. Por mais que nos distanciamos do que nos fere ou envergonha, teremos que
cedo ou tarde, voltar naquele ponto, onde ficamos algemados pela reprovação.
5. Ingratidão e Crítica
A gratidão é o termômetro que
mede nossa saúde espiritual. Quando não existe gratidão é porque existem áreas
infeccionadas que precisam ser tratadas.
A gratidão é a linha que
precisamente distingue a pobreza da miséria. A Bíblia fala que o pobre, Deus o
fez, porém, quem faz o miserável é a ingratidão! Neste mesmo sentido é que a
miséria do rico pode ser terrivelmente pior que a pobreza do pobre.
A gratidão é um dos maiores
segredos da prosperidade. Toda pessoa murmuradora e ingrata está no caminho
oposto ao caminho da prosperidade. Muitas pessoas são lançadas na miséria e
ruína porque pagam o bem com o mal, a bênção com maldição e cospem no prato que
comeram. Agem com descarada ingratidão. Este é um dos piores sintomas que
determina um quadro de reprovação.
Existem algumas pessoas, que
quase sempre, estamos carregando-as nas costas. São fracas e dependentes e usam
estas plataformas para manipular. Sempre estão precisando de algumas coisas e
nos desdobramos para atendê-las de boa vontade. Porém, numa única situação,
onde nos vemos impossibilitados de ajudá-las, elas se revelam vomitando a
ingratidão: "você nunca me ajuda! Você está falhando comigo!" ...
Pessoas, até mesmo,
materialmente, são lançadas na miséria por causa de ingratidão e traição.
Lembro-me de um evangelismo numa praça no centro de Belo Horizonte, no início
da minha vida cristã.
Fizemos uma roda e começamos
um tempo de louvor e adoração quando uma mendiga de rua se aproximou pedindo
uma ajuda. Tudo que eu tinha era algumas moedas no bolso, que prontamente
coloquei em sua mão. Fiquei chocado quando ela olhou para as moedas, em seguida
olhou para mim e vomitou sua insatisfação: só isso?!
Uma indignação me sobreveio,
e, num lance de instinto, arranquei o dinheiro da mão dela, dizendo: se isto
não serve para você, para mim com certeza servirá! Passei a entender como a
ingratidão sustenta o espírito de miséria.
Muitas pessoas estão tendo
suas vidas destruídas pela ingratidão e depois querem destruir a vida dos
outros pela crítica. Toda pessoa ingrata torna-se crítica e toda pessoa crítica
é também ingrata. Na verdade, sempre que uma pessoa não é aprovada numa
circunstância, mais cedo ou mais tarde vai extravasar isto através de
murmuração e crítica. A crítica irresponsável é o vômito da ingratidão.
Uma pessoa ingrata é alguém
que está cega para o bem que tem recebido. Não consegue perceber o esforço que
outros tem feito para abençoá-la. Na verdade, a ingratidão transforma a pessoa
num "saco sem fundo".
Nada é suficiente e por isto
está sempre insatisfeita.
Quando a ênfase à crítica é
maior que a ênfase ao incentivo temos o sintoma da ferida e reprovação. A
pessoa não enxerga soluções, apenas defeitos. Os olhos estão entravados. Quando
uma pessoa começa a ver só problemas e defeitos num lugar ou nas pessoas com
quem ela convive, a leitura que se faz e o diagnóstico espiritual a que se
chega é que ela mesma é quem está reprovada.
6. Vanglória ou Isolamento
Temos aqui dois pecados
sérios que têm um alto potencial para afastar as pessoas e destruir a comunhão.
Estas pessoas, literalmente, estão ceando sem discernir o corpo de Cristo e por
isto muitas delas, como Paulo disse, vivem doentes e outras até morrem
prematuramente.
Vanglória e isolamento são
reações em extremos opostos que consolidam o fracasso espiritual. Estas
atitudes, invariavelmente, são tentativas estratégicas com intuito de
"disfarçar" ou "encobrir" o quadro interno de reprovação.
Desta forma, os relacionamentos
tornam-se insuportáveis devido à asquerosidade da vanglória, ou serão
literalmente decepados pela solidão do isolamento.
O principal motivo que
sustenta estes comportamentos mentirosos é a vergonha moral e o orgulho.
Algumas pessoas escolhem o
caminho da obscuridade tornando-se irreconciliáveis. Pior que qualquer pecado,
é a situação de ocultá-lo ou disfarçá-lo.
Lembro-me de uma excelente
pessoa que trabalhou conosco. Apesar de todo potencial e carisma, infelizmente,
ela havia desenvolvido também uma vida de lesbianismo. Apesar de todas as
chances que ela teve para se expor e ser ajudada, ela contraiu uma capacidade
demoníaca de encobrir a situação, conciliando uma dose certa de isolamento e
ativismo espiritual.
Obviamente, chegou o tempo em
que as coisas começaram a vir a luz. Mesmo assim esta pessoa se recusava a
admitir os fatos, o que acabava acontecendo apenas depois de uma contundente
acareação com testemunhas.
O pior da situação, a meu
ver, não era o pecado do homossexualismo, mas a atitude descarada de mentir, o
que tornou a situação intratável. Não havia como estabelecer um relacionamento
de confiança, visto que a verdade estava totalmente ausente.
Esta é uma das coisas que
tenho aprendido em aconselhamento. Não me importo em ajudar pessoas com
"pecados cabeludos", desde que elas sejam sinceras e não mintam.
Quando alguém começa a mentir no aconselhamento, então, prefiro não perder mais
o meu tempo com esta pessoa.
Algumas pessoas falsas são
verdadeiras devoradoras do nosso tempo. Estão sempre ali tentando transferir
para nós suas responsabilidades, faltando com a verdade. Desperdiçam o tempo
delas e o nosso, trabalhando intensamente no campo da libertação da igreja.
Tenho constatado que um dos principais motivos pelo qual muitos crentes não são
libertos é por que eles também não são verdadeiros. Sonegam ou mentem acerca de
informações que determinariam a eficácia e a profundidade do processo. Assim,
muitos deles apesar de passarem por inúmeras libertações, nunca são livres, e
nem poderiam ser mesmo.
A maneira de disfarçar a
reprovação é através da vanglória onde a pessoa passa a se auto afirmar em
busca de reconhecimento. A pessoa se esconde atrás do ativismo, ou de uma
posição de liderança ou até mesmo usa sua performance ministerial para
compensar fracassos morais e emocionais.
Alguns se colocam, por
exemplo, como profetas. Falam em nome do Senhor, mas no fundo, tudo não passa
de uma tentativa perigosa de se auto firmarem através da espiritualidade. Estão
tentando manipular respeito espiritual. O que temos é um show de carnalidade.
Querem recompensar o seu estado de reprovação, tentando provar uma condição que
não possuem. São pessoas que não suportam a possibilidade da reputação ser
arranhada. Paulo rechaça esta atitude:
"Porque não é aprovado
quem a si mesmo se louva, mas sim aquele a quem o Senhor louva. " ( II Co
10:18) Disfarçar redunda numa prática aberta da hipocrisia e orgulho, o que
cauteriza a consciência. A pessoa aciona para si mesma uma queda repentina de
um lugar tanto mais alto quanto ela quis se posicionar pelo orgulho. Escândalos
são concebidos por este tipo de comportamento.
A maneira de encobrir a
reprovação é através do isolamento. Isto pode acontecer de formas bem
sinistras.
A pessoa simplesmente evita a
comunhão para que os outros não tenham conhecimento da situação da qual ela se
envergonha e tanto teme que seja descoberta.
Este é um caminho sutil para
a apostasia. Toda a pessoa que abandona a comunhão está evidenciando seu estado
de reprovação.
De vez em quando encontramos
aqueles que espiritualizam sua posição com Deus dizendo: Não sou de igreja
nenhuma! Não me submeto a homens, apenas a Deus! Estas pessoas, na verdade,
estão profundamente doentes e carregam um legado de reprovação! Ninguém pode
ser de Jesus e não ser do Corpo de Jesus!
Outros, de forma ainda mais
sinistra se afastam da comunhão dizendo: Hoje não vou ao culto para ver se o
pastor sente a minha falta! Só que, ao invés de sentir a falta, o pastor sente
um suave alívio e nem percebe a ausência da pessoa! A cena pode ir se
repetindo, e em pouco tempo a pessoa está totalmente isolada, apagada, e
finalmente apostatada.
"Se andarmos na luz,
como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus seu
Filho nos purifica de todo pecado. " ( I Jo 1:7)
Uma comunhão abençoada com as
pessoas é consequência de andarmos na luz, com sinceridade e transparência, e
também este é o requisito básico para que nossos pecados sejam resolvidos e
purificados pelo sangue de Jesus. Vanglória e isolamento sentenciam um estado
de reprovação.
CAPÍTULO 5
Respondendo as provas de Deus
Para concluir, gostaria de
fazer uma síntese em relação a tudo que tratamos até aqui. A maneira como
respondemos às provas divinas determina o índice de desenvolvimento da
personalidade, como também a índole emocional e o caráter agregado.
Mediante as provas, existem
basicamente três opções que podemos fazer, ou seja, três princípios que podemos
acionar de acordo com as nossas próprias escolhas: O princípio da desaprovação,
o princípio da reprovação ou o princípio da aprovação.
I. A DESAPROVAÇÃO
O princípio de colher o que semeia
"Não vos enganeis; Deus
não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear isso também ceifará.
Porque quem semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas quem semeia
no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna. " (Gl 6:7, 8)
Este primeiro princípio
sintetiza a história da vida de Jacó: o enganador que foi enganado. Desde o seu
nascimento, quando Jacó segurou no calcanhar do seu irmão, ele já demonstrava
uma índole difícil. Era um competidor. Estava pronto a conseguir o que queria,
ser abençoado, sem importar os meios usados para isto.
Usava meios totalmente
carnais e pecaminosos para alcançar até mesmo as bênçãos espirituais que
almejava. Jacó é aquele tipo de gente "muito esperta", que sempre tem
que levar vantagem em tudo e alcançar seus objetivos não se importando em pisar
nos que estão no seu caminho. É quando colocamos nossos interesses acima do propósito
e do processo divino.
Primeiramente ele seduziu o
irmão, levando-o, verbalmente, a vender sua primogenitura em troca do sustento
circunstancial que tanto precisava. Depois o enganou com a ajuda da mãe,
roubando a bênção que lhe cabia como filho primogênito. Para isto também
enganou o pai, que já estava cego, incorrendo numa séria transgressão:
"Maldito aquele que
fizer que o cego erre do caminho. " (Dt 27:18).
Uma jogada após a outra, e,
pelo menos, aparentemente, conseguiu concretizar seu objetivo. Conseguindo tudo
que queria através de uma conduta desonesta e manipuladora, ele criou sérios
problemas.
Jurado de morte pelo irmão
ofendido, ele resolveu isto de uma maneira simples: fugindo. No seu caminho de
fuga, Deus o avisa: Jacó, você não pode ser abençoado do seu jeito! Você pode
fugir de todos, menos de mim:
"Eis que estou contigo,
e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra; pois
não te deixarei até que haja cumprido aquilo de que te tenho falado. " (Gn
28:15)
Seu procedimento exibia uma
grave distorção de caráter. Deus deixou claro que estaria no seu encalço, e que
ele teria que voltar, mais cedo ou mais tarde, para resolver a situação.
Totalmente desaprovado, Deus
o envia para a famosa "escola do quebrantamento", nada menos que
vinte anos no "Seminário do Pastor Labão". Uma situação duradoura
projetada especialmente para aqueles que se acham espertos demais e acima dos
princípios que regem o mundo espiritual. A ignorância moral de Jacó exigia um
tratamento severo. Este seminário é o tempo e o local onde Deus confronta nosso
jeito oportunista, golpista, sagaz e manipulador de ser e agir.
Labão é um dos piores modelos
de liderança que a Bíblia exibe. Um pai realmente perverso. Praticou a fria
crueldade de trair a própria filha na noite de núpcias. Raquel esperou sete
anos para poder casar-se com seu amado noivo e na noite de núpcias sua irmã
ocupa seu lugar!
Sem nenhum escrúpulo, Labão
explorou Jacó, usou e abusou de suas filhas, lançando-as na mortal arena de um
casamento polígamo, sempre em busca de interesses financeiros. Labão incorpora
a expressão máxima de alguém que quer conseguir seus objetivos a qualquer
preço. Portanto, diante de Labão, a astúcia de Jacó nem contava. Se Jacó
julgava-se um grande enganador, Labão era PHD na arte de enganar!
Jacó enganou o seu irmão e
achou que simplesmente poderia fugir que tudo já estaria resolvido. Deus
desaprovou a sua atitude, e por praticamente vinte anos, Jacó colheu os frutos
daquilo que ele havia semeado. Um processo lento e duradouro de desaprovação.
Por todo este tempo ele pôde ver a si mesmo através de Labão, para, então,
finalmente, santificar suas motivações e resgatar sua identidade.
A grande e fatal verdade é
que Deus tem um Labão para cada Jacó! Esta é a lei do espelho, Ele sabe como
fazer com que nos enxerguemos. Nosso maior problema não é o Labão que está fora
de nós, mas o que está dentro! Tudo que precisamos é de um "espelho"!
Deus foi cavando no coração
de Jacó até ele entender que precisava voltar ao ponto de partida e resolver o
conflito criado com seu irmão. Não importa quanto tempo tenha passado, teremos
que voltar no ponto onde fomos desaprovados por Deus e refazer a prova.
Jacó, depois de enganar seu
irmão, deu uma volta de vinte longos anos no deserto de Padã-Arã, e então,
precisou aceitar a correção divina, voltar lá trás, encarar o irmão,
humilhar-se diante dele, e pelo menos, da sua parte, restaurar o
relacionamento. Só então, Jacó foi aprovado. Sua identidade foi restaurada. Seu
nome passou a ser o nome da nação gerada por Deus: Israel, Ele perpetuou a
promessa da vinda do Messias, e assim, permitiu que a palavra de Deus se
cumprisse em sua vida.
Tudo que plantamos vamos
colher. Ninguém escapa de colher o que semeia! Se semearmos na carne, vamos
ceifar a corrupção como um atestado de desaprovação. Se semearmos no espírito,
vamos ceifar vida e paz como um atestado de aprovação.
É necessário enfrentar e
resolver toda pendência. Não podemos escapar das precisas leis que governam o
mundo espiritual. Não importa quão bem conseguimos disfarçar nossos erros, ou
para quão longe conseguimos fugir, estamos algemados à desaprovação. E a melhor
opção é retornar no ponto da derrota, onde "perdemos o machado", por
mais doloroso que isto seja.
Cavando nos vales
Há muito tempo atrás ouvi o
Pr. José Rego do N. Júnior (Zezinho), que considero espiritualmente como um
pai, falando sobre "cavar nos vales". Isto se encaixa muito bem aqui.
Deus vai nos levar ao profundo do nosso coração onde está o ponto da cura. Aqui
aprendemos que também se cresce para baixo, restaurando e edificando os
alicerces. Isto pode parecer um pouco desanimador, porém é extremamente
necessário e benéfico.
"E a mão do Senhor
estava sobre mim ali, e ele me disse: Levanta-te, e sai ao vale, e ali falarei
contigo, " (Ez 3:22)
Nos lugares baixos da vida é
onde vamos entender a voz de Deus. A voz de Deus confronta a altivez, a
passividade, a impureza, a sequidão espiritual, a esterilidade, desnudando tudo
que ficou em oculto:
"A voz do Senhor quebra os
cedros; ... Ele faz o Líbano saltar como um bezerro ... A voz do Senhor lança
labaredas de fogo. A voz do Senhor faz tremer o deserto; o Senhor faz tremer o
deserto de Cades. A voz do Senhor faz as corças dar à luz, e desnuda as
florestas," (Sl 29:5-9)
O vale é onde nossas trevas
começam a ser confrontadas. Muitas vezes estamos nos lugares altos da vida,
sentindo-nos por cima, mas de repente, Deus nos leva ao vale, Ali seremos
tratados e tudo que está em trevas será confrontado. No vale não existem subterfúgios.
A única outra opção panorâmica, além do vale, é olhar para cima (Fig. 03).
O vale significa aquelas
situações onde a derrota tão bem maquiada começa a deprimir a vida. É quando o
nosso pecado nos acha e todo sucesso que conseguimos através da sagacidade
começa a despencar sobre a nossa cabeça. Pedaço a pedaço começa a cair sobre
nós mesmos. Tudo que não estava sobre a rocha da Palavra de Deus começa a
desmoronar. As provas de Deus começam a queimar tudo que é palha! No fundo do vale, começamos a nos enxergar. Só
que, quando pensamos que já acabou, então Deus nos fala: "agora comece a
cavar neste vale"... O processo é mais longo que imaginávamos (Fig. 04).
Reclamamos: Senhor! Aqui já
está muito baixo, não quero descer mais que isto! Então cavamos, e Deus começa
a mostrar o que estava enterrado no nosso coração. Fortes provas e situações
contrárias vão desvendando ainda mais as raízes das nossas feridas. A revelação
de Deus começa a vir sobre nossas vidas. Obviamente, somos incapazes de ver o
que está enterrado. Porém quanto mais Deus cava em nossas vidas, mais
enxergamos!
Cavamos mais e chegamos à
tampa do bueiro da nossa alma. Numa figura de linguagem, começam a aparecer
toda sorte de coisas repugnantes: "baratas", "lagartixas",
"crocodilos", etc. Tudo "evangélico", é claro! Começamos a
nos ver com os olhos de Deus. Entendemos a necessidade de enfrentar estas
coisas que estavam a tanto tempo em nós mesmos e para as quais estávamos cegos.
Novamente Deus ordena: Cave
ainda mais! Então tentamos resistir: Senhor! Isto é muita humilhação! Então
cavamos e mais coisas vão surgindo. Provas e situações ainda mais intensas
abalam nossas profundezas.
Deus continua: cave mais!
Ainda não foi o suficiente.
Quando pensamos que não havia
mais jeito das coisas piorarem, então surpreendentemente tudo piora. Parece até
coincidência. Lembra-se das perdas de Jó? Nos sentimos indo em direção ao fundo
do fundo.
Uma forte convicção de pecado
nos atinge. Então finalmente, nos abrimos totalmente para a humilhação e
consentimos: Senhor, cavarei e descerei o quanto o Senhor quiser! Tudo que
ficou mal resolvido e destruído torna-se claramente evidente. Entendemos onde
ele está querendo nos levar. Nos dispomos a voltar com o Espírito Santo em cada
uma destas situações, enfrentando cada trauma, fazendo as restituições
necessárias, revertendo toda condição em que envergonhamos a Deus ou que fomos
envergonhados.
Neste momento percebemos que
lidamos com a raiz da dor, que exposta à luz do Dia se dissipa! Uma sensação sólida
de paz e descanso começa inundar a alma.
Experimentamos uma
transformação sobrenatural no profundo do coração!
De repente, contemplando o
fundo daquele buraco no vale, percebemos algo se movendo. São as águas de Deus,
um poderoso fluir do Espírito Santo que começa a brotar. A intensidade da fonte
vai aumentando, e as águas passam a encher e preencher o que havia sido cavado,
nível a nível vai subindo até que, não só o buraco, mas todo o vale torna-se
num grande manancial.
Aquele imenso buraco na alma,
finalmente, após atingir o objetivo de expor a mais íntima raiz da ferida,
converte-se numa divina fonte de suprimento. Umas infinidades de pessoas passam
a se alimentar destas águas que jorram de uma personalidade sarada. O vale é
aplainado. As águas de Deus nivelam os caminhos tortuosos da alma. Cumpre-se a
palavra profética:
"... Voz do que clama no
deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai as suas veredas. Todo vale se
encherá, e se abaixará todo monte e outeiro; o que é tortuoso se endireitará, e
os caminhos escabrosos se aplanarão; e toda a carne verá a salvação de Deus.
" (Lc 3:4-6)
"O Senhor te guiará
continuamente, e te faltará até em lugares áridos, e fortificará os teus ossos;
serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca falham. E
os que de ti procederem edificarão as ruínas antigas; e tu levantarás os
fundamentos de muitas gerações; e serás chamado reparador da brecha, e
restaurador de veredas para morar " (Is 58:11,12)
É quando a alma esburacada
pela dor da derrota se transforma numa fonte divina, um manancial de onde brota
o rio de Deus para saciar os sedentos. Um dos grandes segredos acerca das águas
do avivamento é que elas vêm de baixo!
Este foi o legado de Jacó.
Desaprovado por Deus, ele desce ao vale da vida. Sem saber, ao fugir, Jacó
desce ao vale. Primeiramente, cavou sete anos trabalhando por Raquel, mas não
pode tê-la. Cava mais sete anos pela mulher que ainda amava. Depois de quatorze
anos, continua cavando, agora, pelo salário, que por mais de dez vezes foi
mudado por Labão. Indo em direção ao fundo, Deus o leva finalmente ao Jaboque.
Ali ele está disposto a dar a
vida pelo irmão que enganara. Se vulnerabiliza diante de Deus. Estava disposto
a retratar a situação com o Esaú, ainda que isto custasse à própria vida. Se
dispõe a enfrentar o grande trauma da sua vida, onde tudo começara. Após cavar
tanto, atinge o ponto da transformação! Na raiz da ferida reside também o ponto
da cura absoluta.
II. A REPROVAÇÃO
O princípio de andar em círculos
O grande problema de andar em
círculos é que apesar de todo esforço empreendido, você não sai do lugar em que
se encontra. Se você está num deserto, isto significa uma situação ainda mais
desconfortável.
Como vimos no exemplo de
Jacó, a desaprovação além de nos levar a colher o que semeamos, ela pode nos
conduzir a uma situação ainda pior e mortal: a reprovação crônica!
O caminho do deserto
Um dos principais objetivos
do deserto é quebrar o condicionamento imposto por mentalidades de escravidão.
O deserto é um caminho espiritual, que invariavelmente, está na rota da terra
da promessa.
Depois de 430 anos de
escravidão no Egito sendo soberbamente tratados por Faraó, Israel torna-se,
finalmente, um povo livre. Este tempo de deserto é a tipologia do processo pós-libertação.
Muitos ignoram que é depois de uma grande libertação que vem a parte mais
difícil. Depois do Egito sempre vêm o deserto.
Por mais que a pessoa está
livre, a personalidade continua deformada. É indispensável submeter-se a um
processo de educação e reeducação da mente rompendo o condicionamento imposto
durante todo o período do cativeiro, mantendo o território conquistado. É neste
ponto que a maioria fracassa!
Na verdade, tirar o povo do
Egito não foi o mais difícil. O desafio de Deus era construir no coração de
Israel um caráter de obediência voluntária a ele. A voluntariedade é a alma da
liberdade. O serviço, a renúncia, a submissão quando não estão condicionados a
uma recompensa determinam a liberdade do coração.
Assim sendo, o deserto é o lugar
espiritual de deixarmos Deus mudar nossa mentalidade, quebrar os paradigmas
impostos por Satanás, pelo pecado, pelas rejeições, pelos espíritos
territoriais, etc. Quanto maior o tempo em que a pessoa ficou condicionada a
mentalidades e comportamentos contrários à verdade e à vontade de Deus, mais
rigoroso é o definhamento espiritual.
O princípio da fisioterapia: uma simples analogia
Imagine alguém que ficou com
sua perna engessada por três meses devido a uma fratura. Naturalmente, cada
momento deste tempo de engessamento vai inibindo toda perspectiva de liberdade
e mobilização. Vai-se acostumando e tomando a forma da situação até que
conformamos totalmente com aquele condicionamento imposto pelo gesso.
Quando a pessoa tira o gesso,
a sensação é muito agradável. Isto reflete o poder de uma libertação. Porém,
apesar da perna já estar concertada, a estrutura óssea está enfraquecida, a
musculatura definhada e o poder de movimentação ainda consideravelmente
inibido.
Será necessária uma
fisioterapia, um processo gradativo de exercícios para recuperar os movimentos
e o controle motor. Este processo além de ser demorado, exige disciplina. Aqui
aprendemos a paciência de ser um paciente. A disciplina é um dos mais
importantes princípios da cruz, o qual, infelizmente, a maioria dos crentes
recusam.
É interessante, que mesmo
depois que a recuperação física já aconteceu, alguns ainda continuam mancando.
Estão com o gesso na mente ou ainda com a dura lembrança do trauma sofrido na
fratura. Este cacoete da alma é sinal de uma severa sequela que ainda deve ser
eliminada.
É necessário superar a
situação estando novamente disposto a correr riscos e se expor diante dos novos
desafios da vida. A tendência de um osso quebrado é se tornar ainda mais forte
devido à calcificação.
A restauração da alma
Quando pensamos em termos de
uma personalidade que ficou engessada em traumas, abusos, injustiças e
comportamentos ou mentalidades pecaminosas, o processo pode ser ainda mais
estreito de superar. É aqui que muitos que sofreram libertações tremendas na
vida começam a fracassar, e fracassar, e fracassar... até perecerem no deserto.
Em contrapartida, entender
este tempo de deserto com um coração responsivo pode nos levar brevemente à
nossa herança em Canaã, onde vamos pisar nossos inimigos e desfrutar do melhor
de Deus.
Quando entendemos a
necessidade desta "fisioterapia na alma", e começamos a exercitar
diligentemente nossas escolhas na direção de construir um caráter de obediência
em áreas que tivemos um histórico de derrota, revertemos este quadro mais
rápida e facilmente que imaginávamos.
Ponha-se no lugar de um
daqueles israelitas que passou sua vida inteira sendo tratado como escravo.
Cada parte da alma estava
engessada por todos os aspectos impostos pela injusta vida de escravidão. Eram
humilhados, sobrecarregados, abusados, forçados, e tudo isto sem nenhum tipo de
incentivo ou recompensa.
Não faziam mais que a
obrigação! O grito de rebelião era sempre sufocado pelo chicote dos exatores e
por impiedosas e rígidas punições!
Nesta plataforma de rejeição
está a raiz da rebelião, que manifesta-se através de uma insatisfação calada e
falada. A perspectiva do líder como um exator, que impunha o cumprimento
perfeccionista do trabalho na ponta do chicote, deforma o conceito de lei e
autoridade. Liderança passa a ser sinônimo de ameaça e injustiça.
Este foi o grande drama que
Moisés teve que enfrentar ao liderar todo aquele povo. Amargura e murmuração
jorram da visão deformada do princípio de autoridade.
É importante mencionar que os
mesmos 40 anos que Deus precisou para transformar Moisés no deserto, no
"Seminário do Pr. Jetro", ele também demorou para transformar o povo
de Israel. A transformação do povo está diretamente vinculada à transformação
do líder!
O maior desafio não foi tirar
o povo da escravidão do Egito, mas tirar o Egito e a escravidão do povo. Deus
precisou de dez milagres para tirar o povo de Israel do Egito e de vinte
milagres no deserto, o dobro, para tirar o Egito do povo de Israel.
Continuavam servindo a Deus
com a mentalidade que serviam a Faraó. A mente havia sido fortemente tatuada
com um referencial de liderança escravagista imposto por Faraó. Substituir este
conceito de liderança egípcio pelo conceito da paternidade divina custou
quarenta anos de deserto. Na verdade, apenas a outra geração começou a
assimilar isto.
Andando em círculo no deserto: A mortal reprovação
crônica
Quando Deus tirou o povo do
cativeiro do Egito e da rotina da escravidão, o caminho a ser tomado foi o
deserto. Muitas provas e milagres aconteceram. Ao mesmo tempo em que Deus
mostrava sua disciplina através de provas, ele também revelava sua graça
através de milagres jamais vistos. Porém, apesar de todo cuidado de Deus com o
povo, por diversas vezes eles foram desaprovados e reprovados. Você pode
conferir isto estudando o livro de Números. Mesmo assim prosseguiam em direção
à terra prometida.
Vem, então, um teste final,
quando precisaram sondar a terra de Canaã. Foram escolhidos doze homens, que
eram príncipes e líderes de cada uma das tribos de Israel. Diante das cidades
fortificadas e da belicosidade dos cananeus, dez daqueles espias voltam com o
coração totalmente desfalecido e vencido pela incredulidade. Foram conquistados
interiormente pelo medo dos moradores da terra a ser conquistada.
Ao enfrentar a prova mais
importante de suas vidas, eles fracassaram. Contaminaram o povo com a
reportagem que deram, derretendo o coração de todos. Imediatamente, a ordem
divina foi retornar ao deserto, onde o insucesso espiritual começara.
"Quanto a vós, porém,
virar-vos, e parti para o deserto, pelo caminho do Mar Vermelho. " (Dt
1:40)
Não tinham ainda aprendido o
suficiente. O caráter ainda não estava suficientemente firme para suportar esta
nova etapa da vida que envolveria conquistas bem maiores na terra de Canaã.
Se não podiam vencer seus
próprios medos e desejos, como iriam derrotar cidades fortificadas e exércitos
ferozes? Se ainda estavam lutando com a própria carne, como poderiam derrubar
as hostes espirituais da maldade e os poderes deste mundo tenebroso? Precisaram
voltar lá atrás, naqueles pontos, onde vinham sendo derrotados, vez após vez.
Deus, então, os levou para onde o problema começou: o deserto, que eles tanto
não queriam.
Toda aquela geração, exceto
Josué e Calebe, tiveram um "fim trágico". Eles andaram em círculo, de
reprovação em reprovação, até morrerem. Esta é a contundente lei do deserto: Ou
você sai aprovado, ou você não sai!
O deserto é o cemitério dos
que não entram na terra prometida. Se consultarmos um mapa sobre a jornada do
povo de Israel no deserto, veremos que eles fizeram exatamente um círculo que
tangenciou o Mar Vermelho e a Terra Prometida. Ficaram no deserto até que toda
aquela geração foi destruída!
Esta tem sido a rotina na
vida de muitos crentes.
Ora avistam a terra
prometida, e se animam. Ora estão beirando o Egito! Nunca passam nas provas do
deserto. Acabam fracassando neste conflito que Paulo assim descreve:
"Pois não faço o bem que
quero, mas o mal que não quero, esse prático ... Miserável homem que sou! Quem me
livrará do corpo desta morte?"
(Rm 7:19,24)
Espero que Deus possa contar
com você nesta geração e não tenha que esperar a próxima!
III. A APROVAÇÃO
O princípio da submissão ao tratamento de Deus
Aprovação é mais que vencer
as provações, é vencer as desaprovações e reprovações, o que normalmente é mais
difícil. Precisamos terminar bem, cumprir o tempo de Deus, deixando com que a
correção divina cumpra em nós todos os seus desígnios.
A dinâmica da vontade de Deus
requer a motivação certa, o lugar certo, o tempo certo, através dos princípios
certos e debaixo da liderança certa. Resumindo, sob muitos detalhes e
circunstâncias, é necessário tomar uma decisão afinada com o coração de Deus.
A aprovação de Jacó: Princípios de tomada de decisão
1. Impelido pela palavra de Deus: Aprovado no
seminário de Labão.
Quando nos encontramos num
tempo e local de tratamento divino, nunca devemos forçar uma saída rápida e
fácil buscando com isto atender a nossa comodidade. Na verdade, isto seria uma
forma de fuga, que apenas nos enquadra no rol dos reprovados. Diante das
provas, o imediatismo é sempre uma forte tentação.
Para lidar com situações de
reprovação temos que aprender a conviver com alguns incômodos temporários. É
necessário descartar todo tipo de subterfúgio onde espiritualizamos nossas
barreiras, usando até mesmo, a palavra e o nome de Deus em vão, o que
certamente só acarreta piores consequências sobre as nossas vidas. É vital que
a palavra de Deus venha genuinamente, confirmando e assinalando claramente a mudança
a ser feita:
"Disse o Senhor então, a
Jacó: Volta para a terra de teus pais e para a tua parentela; e eu serei
contigo. " (Gn 31:3)
Jacó saiu de Padã-Arã
impelido pela Palavra de Deus.
Ele esperou vinte anos sendo
oprimido pelo seu sogro. Apesar dos quatorze anos sem salário e depois, por
mais seis anos, sofrer vários golpes que traziam desvantagens financeiras, Jacó
tornou-se mais rico que Labão. Estava acima de Labão, acima do dinheiro, acima
das rejeições e injustiças! Era, agora, um homem livre, que aprendeu a
respeitar e perdoar as pessoas. Um homem amadurecido e aprovado na escola do
quebrantamento! Com um coração certo, tendo o selo da gratidão em sua vida,
mesmo tendo passado por tudo aquilo, estava pronto a continuar com Labão!
Jacó não estava chateado ou
ressentido com Labão, muito pelo contrário, na verdade, era Labão e seus filhos
que estavam contrariados com Jacó:
"Jacó, entretanto, ouviu
as palavras dos filhos de Labão, que diziam: Jacó tem levado tudo o que era de
nosso pai, e do que era de nosso pai adquiriu ele todas estas riquezas. "
(Gn 31:1)
Quando Labão não te incomoda
mais, significa que a hora de Deus para a mudança se aproxima! Esta é a
evidência que o Labão que existia dentro de nós foi arrancado e vencemos a
etapa do deserto.
2. Autorizado pelas autoridades em questão
A bênção de Maanaim: A prova
de sujeitar-se à liderança de um líder injusto.
Apesar de Deus falar
claramente para Jacó retornar para a terra de seus pais, ele não teve coragem
de comunicar sua partida. Não acreditou que a palavra de Deus seria poderosa
para quebrar qualquer relutância da parte de Labão.
Realmente, Labão já se sentia
o dono de Jacó. Era um líder dominador e injusto. Manipulou Jacó todo aquele
tempo usando as próprias filhas e depois o fez oferecendo salário, o que não
deixou de ser uma forma de comprá-lo.
Aparentemente, tudo indicava
que Labão iria impedir de alguma forma que Jacó "saísse do seu
ministério", onde fazia o trabalho mais pesado. Acredito que todo homem de
Deus precisa passar pelo crivo desta prova: a prova de submeter-se à liderança
de um líder injusto.
Davi passou pela mesma
situação, sendo duramente perseguido por Saul, durante aproximadamente doze
anos, um rei enciumado que tentou matá-lo por várias vezes e de diversas
formas.
Você já teve um líder assim?
Que te persegue, que não gosta quando o seu ministério desponta, que tenta
impedir seu crescimento, que abertamente usa sua vida para obter vantagens
pessoais, que quer controlar tudo, que se sente no direito de viver a sua vida
e age como se fosse o seu dono, usando irresponsavelmente de ameaças e até
mesmo palavras de maldição, que está obcecado no que você pode contribuir para
os seus interesses pessoais e não interessado na vontade de Deus se cumprir na
sua vida?
Se você já passou ou está
passando por uma situação como esta, provavelmente, está no caminho certo! Digo
provavelmente, porque você está enfrentando uma das provas mais importantes da
sua vida. Isto pode fazer a diferença entre você ser um Davi ou um Saul na sua
liderança, um Jacó ou um Labão com seus liderados.
Jacó acaba fazendo uma
decisão incorreta, e apesar de ter a palavra de Deus, mais uma vez, ele foge.
Sorrateiramente, ele ajuntou suas esposas, filhos, rebanhos, bens e foi-se
embora sem que ninguém pudesse perceber.
Depois de três dias, Labão
sente sua ausência e se enfurece ao descobrir que Jacó o abandonara. Decidiu,
então, persegui-lo como alguém que vai à cata de algo que lhe pertence. Havia
uma terrível decisão no coração de Labão de matar Jacó. Se Jacó não ficasse com
ele, também não ficaria com ninguém!
Porém, no caminho da sua
impiedosa perseguição a Jacó, que viajava lentamente devido ao grande rebanho
que conduzia, Deus se manifesta a Labão e o repreende duramente:
"... Guarda-te, que não
fales a Jacó nem bem nem mal. " (Gn 31:29)
Labão alcança Jacó e depois
de resolverem a situação, eles fazem um pacto de sal:
"Respondeu-lhe Labão:
Estas filhas são minhas filhas, e estes filhos são meus filhos, e este rebanho
é meu rebanho, e tudo o que vês é meu; e que farei hoje a estas minhas filhas,
ou aos filhos que elas tiveram? Agora pois vem, e façamos um pacto, eu e tu; e
sirva ele de testemunha entre mim e ti. Então tomou Jacó uma pedra, e a erigiu
como coluna ... Disse, pois, Labão: Este montão é hoje testemunha entre mim e
ti. Por isso foi chamado Galeede. " (Gn 31:43 -45, 48)
Jacó estava aprendendo de uma
vez por todas uma coisa fundamental para ser aprovado: "nunca fugir".
Na verdade, o próprio Labão
reconhecia que o Senhor o abençoara por causa de Jacó:
"... pois tenho
percebido que o Senhor me abençoou por amor de ti. " (Gn 30:27)
Depois disto, legitimamente
liberado por Labão, continuando sua jornada, Jacó chega num lugar chamado
Maanaim, onde tem uma experiência tremenda com Deus. Percebeu que estava
amparado pelo acampamento de anjos. Deus estava confirmando, que agora, as
coisas estavam novamente em segurança:
"Jacó também seguiu o
seu caminho; e encontraram-no os anjos de Deus. " (Gn 32:1)
A Bíblia nos confronta
dizendo que devemos submeter e prestar contas não apenas diante dos líderes
bons e justos, como também dos maus e injustos. Sempre quando passamos nesta
estreita prova, vamos estar amparados sobrenaturalmente pelos anjos de Deus.
Porém, quando precipitamos e
agimos sem o temor do Senhor, acabamos perdendo o rumo. Nos sentimos ofendidos
e ofendemos. Ao invés de encontrar os anjos de Deus, somos achados por legiões
de demônios. Desta forma podemos abortar tudo que Deus já vinha fazendo até
aquele ponto.
É interessante notar como
Deus não permitiu que Jacó cometesse o mesmo erro que havia cometido com Esaú.
Jacó saiu fugido de Labão, mas não conseguiu ir muito longe. Só depois de ter
feito um pacto com seu sogro, é que ele realmente estava liberado por Deus.
3. Coragem para obedecer: voltando no ponto do trauma
"Disseram-lhe os
discípulos: Rabi, ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e tornas para
lá ? Jesus respondeu: Não há doze horas no dia? Se alguém andar de dia, não
tropeça, porque vê a luz deste mundo. " (Jo 11:8-9)
Muitas vezes será necessário
voltar em lugares onde alguém, literalmente, tentou nos destruir. Lógico, que é
necessário fazer isto, sempre, em virtude de um discernimento, que só a palavra
revelada de Deus pode nos dar.
Jesus nunca fugia de nada.
Ele sabia enfrentar todas estas situações ameaçadoras, confrontando toda
intimidação demoníaca. Podia discernir quando o mundo espiritual estava aberto
ou fechado, movendo-se na vontade do Pai.
"Lembra-te, pois, donde
caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; e senão, brevemente virei
a ti, e removerei do seu lugar o teu candeeiro, se não te arrependeres. "
(Ap 2:5)
Depois de tanto tempo, Deus
estava lembrando Jacó do seu problema com o irmão, quando havia sido jurado de
morte. Este terrível impasse, que o levara a abandonar a casa dos pais ainda
era um espinho na sua consciência. Precisava voltar naquele ponto.
Vinte anos sem falar com o
irmão não é uma coisa simples de se resolver. A Bíblia, sabiamente, explica
que: "O irmão ofendido é mais difícil de conquistar do que uma cidade
forte. " (Pv 18:19)
A inimizade tem sido um dos
maiores ataques de Satanás contra a igreja e principalmente contra os pastores.
Existe um alto percentual de pastores que não se falam, mesmo morando na mesma
cidade.
Devido a desavenças e
defraudações não resolvidas, líderes passam a sustentar uma inimizade no
coração que é encoberta sutilmente, mas por baixo desta casca a ferida está
viva.
Este tipo de situação muitas
vezes perdura por anos e até por gerações, construindo as mais terríveis
barreiras denominacionais, sustentando um clima maligno de divisão e críticas
que subtrai a autoridade territorial e corporativa da igreja. Mais cedo ou mais
tarde, terá que acontecer uma reconciliação, ou estas pessoas serão vítimas da
lei do deserto.
Aprovado no Vale de Jaboque
Jacó se posicionou diante do
terrível medo e constrangimento que barrou seu relacionamento com Esaú. Entendeu
que aquela terrível prevenção espiritual era o maior inimigo. Mesmo correndo
risco de vida, pois recebeu a notícia que seu irmão vinha contra ele
acompanhado de quatrocentos homens, ele decidiu voltar no ponto da derrota!
Decidiu que nunca mais seria
um fugitivo. Estava pronto a retratar aquela situação que tanto ofendera seu
irmão. Depois de enviar alguns presentes para Esaú, através dos familiares, que
foram na frente, divididos em dois grupos, ele desceu sozinho ao Vale de
Jaboque. Estes são aqueles momentos que não adianta pedir oração para ninguém,
é apenas você e Deus:
"Jacó, porém, ficou só;
e lutava com ele um homem até o romper do dia. " (Gn 32:24)
Neste vale, depois de tanto
cavar, é que ele encontraria o ponto das águas, o fluir transformador de Deus.
Não só Jacó seria
transformado, mas ali também estava a chave da transformação do coração de
Esaú.
Jacó começou a lutar com o
anjo do Senhor. Mas, na realidade, o inimigo a ser vencido estava dentro dele
mesmo. Precisava morrer de uma vez por todas para a sua identidade de
enganador.
Ali, na verdade, foi o
calvário de Jacó, onde foi fatalmente ferido na sua carnalidade. A espada de
Deus aleijou de uma vez por todas suas tendências carnais e as motivações
corrompidas. As feridas de Deus sempre são cirúrgicas. De fato, ali, a alma de
Jacó sofreu uma profunda cirurgia, um transplante de identidade.
Foi desta forma que ele viu
Deus face a face. Você ainda quer um encontro face a face com Deus?
Mesmo Jacó estando ferido e
sem forças, aquele anjo com quem lutara estranhamente explica que ele lutou e
foi o vencedor da luta. Mas, como ele poderia ter vencido, se estava
visivelmente atingido pela espada do anjo e profundamente ferido pelo bisturi
divino? Aqui entendemos que só vencemos quando somos totalmente vencidos pelo
Espírito Santo. É neste paradoxo que reside o ponto da transformação! Foi neste
instante, que finalmente, ele deixou de ser Jacó, e passou a ser Israel:
"Não te chamarás mais
Jacó, mas Israel; porque tens lutado com Deus e com os homens e tens
prevalecido. " (Gn 32:28)
Sinceramente, espero que você
possa terminar esta leitura, totalmente derrotado pela cruz e vencido pelo
Espírito Santo. Enquanto formos "inimigos da cruz" nossa índole
continuará nos privando da nossa genuína identidade em Deus.
Não é difícil concluir que a
raiz dos problemas que mais atormentaram Jacó não estava em Esaú e muito menos em
Labão, porém, nele mesmo. Invariavelmente, enfrentamos muitas resistências que
são meramente um efeito colateral de um estado pessoal de reprovação.
O problema não são as pessoas
ou as circunstâncias que insistem em serem desfavoráveis. Começamos a orar para
que estas pessoas possam mudar o seu posicionamento. Oramos por milagres que
alterem a ordem natural das circunstâncias que nos afligem.
Muitos estão lutando em
oração dizendo: Senhor, Não aguento mais o meu marido ..., não suporto mais as
cobranças da minha esposa ..., nem a rebelião do meu filho ..., aquele jeito do
meu pastor me incomoda ..., não aturo mais a avareza do meu patrão ..., a imaturidade
do meu líder de célula ... Muda eles Senhor!
Porém, o que primeiramente
precisa ser mudado, é a nossa oração: "Deus, que eu seja o milagre e não
as pessoas! Que eu seja o milagre e não as circunstâncias! Muda a mim!"
De repente, isto começa a
surtir um poderoso efeito.
Deste quebrantamento
interior, um forte mover do Espírito Santo começa a jorrar. Nossa religiosidade
é rompida. Um ambiente de paz e revelação nos envolve.
Quando a nossa índole é
transformada, as pessoas mudam e as circunstâncias se transformam ao nosso
redor.
Deus transformou a Jacó
quando ele resolveu não mais fugir de Esaú, nem de Labão, nem da morte.
Simplesmente abraçou a cruz, e, finalmente, foi aprovado por Deus. Ele alcançou
um lugar de paz e vitória em todos os seus relacionamentos. Jacó, de enganador,
passou a ser chamado de Israel, Príncipe de Deus.
Quando a índole de Jacó foi
transformada, a atitude de Esaú mudou:
"Então Esaú correu-lhe
ao encontro, abraçou-o, lançou sê-lhe ao pescoço, e o beijou; e eles choraram.
" (Gn 33:4) Antes de Esaú ser transformado, Jacó precisou ser
transformado. Nós precisamos ser o milagre, e não os outros, ou as
circunstâncias. Quando somos transformados pela aprovação divina, esta vitória
permeia com um poder transformador e sobrenatural as pessoas e circunstâncias
ao nosso redor.
Esta é a matemática de Deus,
uma equação simples, porém poderosa:
PROVADOS + APROVADOS =
TRANSFORMADOS!
PRÉ-REQUISITOS PARA SER UM
OBREIRO
01º- Ter aceitado Jesus, sido
batizado nas águas correntes e tomando santa ceia.
02º- Ter um chamado vindo
diretamente de Deus.
03º- Ter um bom testemunho
dentro de casa, fora e na igreja.
04º- Ter lindo a bíblia toda pelo menos uma vez.
05º- Não abandonar a igreja
local, avisando faltas, doenças, viagens e dificuldades que poderá enfrentar.
06º- Participar do grupo de
estudo local. (I.G. P).
07º- Ser de oração, jejum e
monte.
08º-Ter disponibilidade para
vir aos cultos, visitas, evangelismo e eventos em geral de nossa igreja.
09º- Ser fiel ao ministério e
a seus líderes.
10º- Submeter às regras,
doutrinas e costumes de nosso ministério.
11º- Se ainda não é batizado
com o Espirito Santo, ter e nutrir um desejo ardente e continuo de ser
batizado.
12º- Chegar no mínimo 15
minutos antes de começar o culto.
13º- Não deixar ser
contaminado por rebeldes, fofoqueiros e outros mais que militam contra a obra
de Deus.
14º-Irrepreensível: que não
se pode repreender ou não merece repreensão. Pessoa correta.
15º-Casado, Fiel, marido de
uma só mulher. (Pastores, presbíteros e diáconos)
16º-Moderado: Não se exceder.
Pessoa regular, normal. Conter, reprimir.
17º-Sensato: Que tem bom
senso, equilibrado.
18º-Respeitável: Pessoa digna
de respeito.
19º-Hospitaleiro: Aquele que
dá hospedagem por caridade ou que acolhe com satisfação.
20º-Apto a ensinar: Capaz de
ensinar. Que tem habilidade no ensino da palavra de Deus. Idôneo.
21º-Não deve ser apegado ao
vinho: não ser beberrão.
22º-Não ser violento: ser
amável e pacífico.
23º-Não ser soberbo ou
ganancioso.
24º-Tem que governar bem sua
própria família.
25ºTem que ter respeito dos
filhos.
26º-Não ser novo na fé para
que não se ensoberbeça: arrogante, altivo, orgulhoso.
27º- Estar com a documentação
em dia.
28º- Ter o uniforme
completo.
29º- Obreiros vindos de
outros lugares. Submeter a análise da diretoria local.
30º- Não ser efeminados/ Não
sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus?
Não erreis: nem os devassos,
nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os
ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os
roubadores herdarão o reino de Deus.1 Coríntios 6:9,10
31º- Ser Dizimista
32º-Ter feito o curso de obreiro aqui na igreja e ter
sido aprovado. (Curso abaixo)
C.F. O
Lucas. 24.45
“Então abriu-lhes o entendimento para
compreenderem as Escrituras.”
Para começamos o nosso estudo
é necessário saber que iremos compreender as escrituras se o Senhor Jesus e seu
Santo Espírito nos abrir o entendimento.
Peçamos então para ELE está
graça. Oremos...
Para prosseguirmos o estudo
faz-se necessário saber diferenciar, Doutrina (Princípios fundamentais de uma
crença, sistema ou ciência.) e Costumes. (Prática habitual, modo de proceder. =
hábito, Procedimento, modo de viver. Usanças, práticas.)
Isto quer dizer que o
descumprimento de uma doutrina leva-nos a perdição e o descumprimento de um
costume não.
Exemplos de doutrina
(Salvação, pecado, perdão, batismo, santa ceia, céu, inferno, anjos, Deus,
Jesus, Espírito Santo etc.)
Exemplos de costumes (tamanho
do cabelo, unhas, brincos, roupas, comidas, bebidas, etc.)
Um exemplo claro em nossos
pais é o de tomar café “O que é a cafeína’’”?
A cafeína é conhecida
cientificamente como trimetilxantina e sua fórmula química é C8H10N4O2 Quando
isolada na forma pura, a cafeína é um pó cristalino branco com sabor muito
amargo. A principal forma de se obtê-la é pelo processo de descafeinização de
café e chá.
Na Medicina, a cafeína é
usada como estimulante cardíaco e também como diurético leve. Recreativamente,
ela é utilizada para fornecer uma "dose extra de energia" ou para se
ter um sentimento de agitação. Também é frequentemente usada para manter as
pessoas acordadas por mais tempo. Estudantes e motoristas costumam utilizá-la
para ficarem acordados até tarde. Muitas pessoas se sentem como se não pudessem
fazer nada pela manhã antes de tomar uma xícara de café. A bebida lhes fornece
cafeína e dá ânimo para começar o dia.
A cafeína é uma droga que
causa dependência. Entre suas muitas ações, ela age usando os mesmos mecanismos
das anfetaminas, cocaína e heroína para estimular o cérebro. Os efeitos da
cafeína são mais leves que o das drogas mencionadas, mas manipulam os mesmos
canais do cérebro. Esse é um dos motivos pelos quais ela pode viciar. Se você
se sente como se não pudesse fazer nada sem ela e tem que consumi-la todos os
dias, então você é dependente da cafeína.
EM PRIMEIRO LUGAR
Tiago 1:22-25 E sede
cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos
discursos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é
semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural. Aquele,
porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não
sendo ouvinte esquecidiço, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no
seu feito.
Hoje em dia temos muitos
pregadores, que não são praticantes da palavra, pois quando vem as primeiras
lutas eles abandonam a obra com mil desculpas.
Ex: irmão você tem que
superar, veja o exemplo de Paulo.
Resp- Eu não sou Paulo, Paulo
foi Paulo, eu sou eu.
Jeremias aguentou mais eu não
aguento.
Romanos 15:4 Porque tudo o
que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência
e consolação das Escrituras tenhamos esperança.
Observação.
As perguntas terão que ser
feitas aos professores, não saia do curso com dúvidas.
Se caso não tivermos as
respostas para a sua pergunta no dia, iremos dalas na aula seguinte.
Evite conversas paralelas,
elas podem atrapalhar a aula e também trazer duvidas para os alunos.
Boa aula.
Pr. Celso S Neto.
O OBREIRO E O SEU PREPARO PARA A OBRA DO SENHOR
Texto
Base: 2Tm 2.15.
UMA
PALAVRA
Tendo
em vista a necessidade de um maior e melhor preparo para desenvolvermos a
contento nossas atividades na gloriosa OBRA de nosso Senhor e Salvador Jesus,
gostaria de lembrar a quem possa interessar alguns detalhes que achamos bem
oportunos. Ei-los: * O texto áureo do obreiro: 2Tm 2.15. Será que todos, temos
esse preparo? * Um texto oportuno: João 9.4. Será que estamos trabalhando
enquanto é dia? * Dois textos difíceis, porém, práticos: Salmo 15 e Filipenses
2.15. Quem os poderá cumprir? * Três hinos difíceis, porém, práticos: 115, 147
e 515 da H.C. Quem os poderá cantar? * Uma oração difícil, porém prática: o PAI
NOSSO – Mt 6.9-13. Quem a poderá orar? * Uma orientação oportuna: Mt 9.37,38.
Será que estamos orando pela SEARA? * Um pedido difícil, porém, prático: Is
6.8b. Quem poderá pedi-lo?
Introdução.
Em todo o tempo pode-se ver, por um lado os crentes fiéis - aqueles que
realmente são convertidos em Cristo e estão sempre em todos os tempos
preocupados em servir mais e melhor ao Senhor Jesus - e por outro, infelizmente
se pode ver o despreparo de muitos; inclusive Obreiros, Ministros outros e até
Pastores. Entretanto, necessitamos todos procurarmos nos preparar mais e melhor
para a Seara do Senhor! Outrossim, num humilde esforço apresento esta
apreciação conscientizadora tendo como único objetivo aumentar o respeito ao
próprio Obreiro com relação ao seu modo de vida na convivência perante a igreja
e a sociedade
PRIMEIRA PARTE
O BÊ-Á-BÁ
PARA O ASPIRANTE
AO MINISTÉRIO
1.
ACENOS.
a)
Não acene com as mãos para cumprimentar, apontar ou chamar alguém, pois quem
assim proceder estará atraindo toda a atenção para si e não para Deus. Quem
deve ser o centro de todo o culto?
2.
AUSÊNCIA/PÚLPITO.
a)
O obreiro não deve deixar o púlpito durante uma reunião (salvo ao contrário por
força maior), despertando curiosidade à Igreja, dando muita importância a si
mesmo e causando expectativa. Ao subir ao púlpito só deve descer no final da
cerimônia, a não ser em caso ou circunstância que possa justificar.
3.
ALTERAÇÃO DA VOZ.
a)
Não grite e tão pouco mude tua voz. Toda e qualquer alteração deve ser
conduzida pelo Espírito, isto é, dEle para você e nunca de você para Ele. O
Espírito Santo age por Si só e nos usa como vasos Seus. Você conhece alguém
tentando mudar essa ordem? Deus nos guarde!
4.
BOAS MANEIRAS.
a)
O obreiro deve crescer na observação de pequenos detalhes para, depois, ser
fiel no muito. Se falharmos nas pequenas coisas, cairemos na realidade do
ditado popular que diz: por onde passa um boi, passa uma boiada. A observância
das regras, que norteiam o modo de vida cristão, fatalmente trará mais respeito
para com a obra divina na face da terra.
b)
Quanto mais zeloso - sem ser fanático - mais abençoado por Deus o obreiro será
recebendo condições pela graça do Senhor, de passar à frente suas experiências
que resultam em bênçãos em função de seu temor expresso em seu modo de vida.
Coisa da alma!
5.
COCHICHO.
a)
É comum vermos (em algumas igrejas) pessoas cochicharem com obreiros no púlpito
e, em seguida caminha- rem no templo levando consigo os olhares curiosos da plateia,
desviando a atenção de todos que ficam na expectativa de algum fato extra culto.
*
O OBREIRO deve se manter de maneira digna, pois todos da nave do templo se
voltam ao púlpito onde deve residir o exemplo de temor e respeito.
6.
COOPERADORES.
a)
Estes não devem (quando não estiverem no púlpito), formar rodinhas durante a
realização de uma cerimônia. O ideal é que somente uma pessoa fique em cada
porta do templo, e, mesmo assim, quando for útil. Devem se portar de forma
digna; serem atenciosos, sempre olhando para o pastor, entendendo-o; orando e
vigiando; com atenção voltada tanto ao desenrolar do culto como à chegada de
visitas.
b) As visitas devem ser apresentadas ao
dirigente, após o cooperador tomar seus nomes e todas as informações,
anotando-as em letras legíveis, discretamente. A propósito: qual o significado
da palavra “cooperador”?
7.
CUIDADOS BÁSICOS AO FALAR EM PÚBLICO.
a)
Não falar sem paletó ou gravata (salvo que esteja autorizado para assim
proceder). É falta de respeito ao público ou à igreja tirar o paletó (salvo que
esteja autorizado para assim proceder). Usá-lo é um costume que expressa ética
e respeito. * Não se deve vestir o
paletó no púlpito. Entre já devidamente trajado, demonstrando todo respeito
pela presença do Senhor. Não espere para colocá-lo no púlpito. Lembre-se: a Igreja
não é nossa casa, mas a casa de Deus. *Abotoar o paletó (...usá-lo aberto,
salvo em circunstâncias ao contrário).
b)
Não colocar a(s) mão(s) no(s) bolso(s).
c)
Não levantar ou arrumar as calças ou camisa.
d)
Não gesticular com exagero. O exagero de expressões e gesticulações causa nervosismo
à plateia.
e)
Distribuir o olhar. Não olhe somente numa direção, como por exemplo: para a
Bíblia, ou para cima, ou para baixo, ou só para frente ou ao pior de tudo, só
para o lado das mulheres... O pregador deve ter uma visão ampla de tudo. Quando
falar pessoalmente com outra pessoa, olhe em direção ao seu rosto, isto é, em
seus olhos. Seja objetivo e demonstre sinceridade e segurança.
f)
Não debruçar no púlpito, quando estiver pregando. O pregador deve manter a
postura.
8.
DIÁCONOS.
a)
Estes não devem se mover de um lado para outro chamando a atenção para si. É
impossível prestar adoração ao Senhor, com pessoas se movendo na nave do templo
ou lugar onde se adora. Em regra geral, nota-se a falta de temor quando um
obreiro toma justamente caminhos dentro do culto, que lhe dão notoriedade entre
os fiéis. Lembre-se- se disto: “Convém que ele cresça e que eu diminua” (Jo
3.30). Um dos casos notados é a entrega de correspondência ou envelopes, em
pleno culto. * Obreiros (Diáconos e Cooperadores) usam da reunião, que deve ser
feita exclusivamente a Deus, para satisfazer seus objetivos ou descarregar seus
afazeres. Todo o sistema de composição da igreja deve ser levado a sério e com
todo o temor! Observe isto: “... como prudente construtor... cada um veja como
edifica” (1Co 3.10).
9.
DICIONÁRIO
a)
Procure não esquecer quando estudar a Bíblia, em ter ao lado um dicionário da
língua portuguesa, pois muitas palavras obscuras poderão ser esclarecidas
através de um bom dicionário. Deus fala pela Palavra e importa que tenhamos
conhecimento para melhor entendê-la, sem confundir letra (Lei de Moisés, que
mata...) com letra (conhecimento). A própria Palavra nos exorta para não sermos
ignorantes (sem conhecimento). Vejamos: * A ignorância é uma fraqueza - Hb 5.1,2.
* A ignorância é vista como irracionalidade (falta de raciocínio ou de razão) -
Sl 73.22. * O ignorante critica por não conhecer - 2Pe 2.12; 3.16.
b)
O OBREIRO deve se livrar da ignorância.
A Palavra também exorta o obreiro a estar preparado para defender a
nossa esperança (apresentar a razão da fé) - 1Pe 3.15; Hb 10.23.
10.
HIGIENE.
a)
O OBREIRO deve sempre fazer a barba, cortar o cabelo e estar de unhas e sapatos
limpos (salvo ao contrário em circunstâncias de força maior).
11.
LOUVOR AO HOMEM. COMO PODE SER ISTO? VEJAMOS:
a)
Quanto aos hinos. Eles devem ser entoados a Deus e não aos homens. Não se
oferece ou se dedica hinos. É uma inovação oferecer louvores (hinos) a homens.
Fica patente o desconhecimento bíblico, quando se oferece às pessoas que nem
mesmo conhecem ao Senhor.
b)
Quanto à política. É uma ótima maneira de se fazer política ou média humana.
Deus abomina tal ação. Toda a glória pertence a Deus. Ele não divide a Sua
glória com ninguém - Is 42.8; 48.11. Observe: como estamos cultuando? Deixe os
respeitos humanos para outra ocasião!
12.
MODÉSTIA.
a)
Jesus sempre foi modesto! Ele deu-nos exemplo de humildade, mesmo sendo Deus,
Rei dos reis e Senhor dos senhores. Poderia ter nascido em berço de ouro, uma
vez ser Ele o dono do ouro e da prata, no entanto, nasceu numa manjedoura.
b)
Seja também discreto, humilde e modesto. Mas o que é modéstia? Moderação;
ausência de vaidade; simplicidade; sobriedade; compostura. Devemos nos guardar
de tudo que denigre a imagem de um cristão.
13.
MODOS/POSTURA
a)
Não cruze as pernas no púlpito; procure sentar com postura. Lembre-se que Deus
nos observa em tudo - Is 37.28.
14.
O PERIGO DAS INOVAÇÕES.
a) A preocupação do apóstolo Paulo com os
irmãos de Corinto se encaixa perfeitamente dentro de nossa época, quando alguns
estão confundindo a necessidade de renovação espiritual com “inovação humana”.
Observe isto: “Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho
preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo.
Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim
também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza
devidas a Cristo” (2Co 11.2,3). Atenção! Todo o cuidado e zelo devem ser
priorizados, para não sermos tragados pelo engano do mundo.
15.
PORTEIROS.
a)
Os porteiros não devem chegar em horário avançado, pois ficam sem tempo para
orar a Deus, antes de iniciar suas atividades.
b)
A porta do templo deve contar com uma pessoa consagrada, pois ali começa a
benção do Senhor sobre os que visitam a casa de oração. Se o porteiro não for
espiritual, o inimigo poderá colocar tropeços à sua frente e atrapalhar a
operação de Deus a um visitante... Nunca este obreiro deve ir ao seu posto,
como em todos os outros, sem a devida oração.
c)
Observe isto: a porta não é lugar de bate-papo. Tão somente cumprimente, com
toda educação e bom trato, sem, contudo, desviar a atenção do alvo principal: O
CULTO A DEUS. Cá entre nós: você sabe de alguém que não entrou no templo, por
causa do porteiro?
16.
PREPARO/ARRUMAÇÃO DO TEMPLO.
a)
Bancos e cadeiras devem ser arrumados antes ou após o culto e nunca durante sua
realização (salvo alguma circunstância que justifique). Todo e qualquer
movimento e conversa quando alguém estiver orando ou cultuando a Deus servem
tão somente para atrapalhar.
17.
PÚLPITO.
a)
O púlpito deve ser temido e respeitado como um lugar sagrado, onde somente
santificados (separados) ao Senhor devem tomar parte. O local não deve ser
vulgarizado com a presença de outros que não sejam OBREIROS do Senhor.
b)
Do púlpito, não devem participar políticos, sejam eles evangélicos ou não
(salvo se alguém for obreiro...).
18.
RESPEITO AO PASTOR.
a) Trate teu pastor com o devido respeito. Não
o tenha como uma pessoa comum, a ponto de faltar com o respeito e consideração
ao cargo e representatividade que ocupa.
b)
Quando se dirigir a ele diretamente, ou falando de sua pessoa para outrem, não
esqueça de tê-lo como PAS- TOR, sempre colocando sua função à frente de seu
nome. Nunca diga: “fulano de tal”. Diga: “pastor fulano de tal”. Cá entre nós:
o devido tratamento acima, deve ser só para os senhores pastores ou também para
com os demais obreiros? O que você acha? ...
19.
RESPEITO AO TEMPLO.
a)
Ao saudar alguém e/ou receber um obreiro ou visitante, nunca diga: fique à
vontade, ou, sinta-se como estives- se em sua casa. Grande engano! Eis o porquê:
* Primeiro: o templo do Senhor não é lugar para ninguém ficar à vontade. *
Segundo: a igreja não é casa de homens; mas sim, casa de Deus - o lugar
apropriado para se cultuar a Deus - portanto, deve ser respeitado como tal,
desde a entrada até a saída.
20.
SAGRADO/PÚLPITO.
a)
Não troque conversa no púlpito, principalmente sobre coisas particulares (salvo
em alguma circunstância que possa justificar...). Espere o final do culto,
desça do púlpito e vá tratar daquilo
21.
SAÚDO.
a)
Na saudação, lembre-se que a palavra SAÚDO/SAÚDA, tem acento agudo, como a
palavra SAÚDE. Portanto, diga: SA-Ú-DO os irmãos! E não SAUDO (saldo), que pode
significar resto ou sobra, como “saldo de retalhos”.
22.
TÍTULOS NA BÍBLIA.
a)
Atenção: os títulos de passagens bíblicas não são inspirados, ou seja, não
fazem parte do cânon bíblico (inspiração), pois, originalmente a Bíblia foi
escrita em sequência sem nenhuma divisão; capítulos e versículos, vieram
depois, para facilitar o estudo e manuseio de seus respectivos livros. Um
exemplo: em Lucas 16.19-31, versão “ARC”, lê-se “a parábola do rico e Lázaro”;
na versão “ARA”, não; mas, sim, “o rico e Lázaro”.
23.
VIGILÂNCIA.
a)
Quando adentrar ao templo deve-se “guardar o pé” para não chamar a atenção para
si. O barulho de sapatos é um sério problema.
b)
Ao tomar assento ao púlpito, saúde a todos de uma só vês com um aceno: ou de
mão, ou com a cabeça. O ideal é deixar os cumprimentos para depois do culto
(salvo alguma circunstância em que se faça necessário...). Obs.: aperta-se a
mão de todos, igualmente, ou dá-se um aceno geral.
c)
Após a leitura da Bíblia, deve-se fechá-la, e se voltar em atenção ao pregador.
É deselegante continuar lendo enquanto alguém fala, a não ser que esteja
acompanhando a leitura.
d)
Não converse no recinto da Igreja e muito menos no púlpito (salvo em
circunstância em que realmente seja necessário...).
e)
Não ande e não aponte durante o culto (salvo nalguma circunstância em
necessário...). Seja sempre discreto quando estiver no púlpito. Não chame a
atenção para si. Observe bem isto: “Feliz o homem que acha sabedoria, e o homem
que adquire conhecimento” (Pv 3.13).
f)
Não conversar, rir ou andar no púlpito (salvo alguma circunstância que se faça
necessário).
g)
Não pentear cabelos, limpar as unhas ou as orelhas no púlpito (salvo alguma
circunstância, se realmente necessário...).
24.
VISITA EM HOSPITAL.
a)
Atenção! Algumas portas têm sido fechadas por pressão humana; outras, em função
da falta de preparo de OBREIROS quando realizam visitas. No caso de hospital, é
uma constante. Como lugar onde deve reinar silêncio, devemos ter o máximo de
cuidado.
b)
O obreiro deve submeter-se às regras de determinados órgãos e entidades, dando
testemunho. No caso de uma visita a um doente, respeite a lei do silêncio e ore
em voz baixa. Deus nos ouve mesmo quando falamos baixinho. A altura da voz ou
sua entonação não vai fazer com que o Senhor ouça nem mais, nem menos.
c)
Não dificulte a entrada, perante outras pessoas que sabem como se deve
proceder. No caso de impedimento, convença a diretoria do hospital com temor e
respeito a superiores do local, sobre os direitos constitucionais que permitem
a assistência religiosa a um doente, principalmente quando este pede.
SEGUNDA PARTE
MANDAMENTOS PARA
SE COMUNICAR
1.
CHAMAR AS PESSOAS PELO NOME QUANDO ENCONTRÁ-LAS.
a)
A música mais suave para muitos ainda é ouvir seu próprio nome. É antiético
usar alguém como exemplo para algo errado, utilizando-se do seu nome ou dando a
impressão de que esta pessoa estará a ouvi-lo nessa hora. Alguém já falou que
“púlpito não é fortaleza para esconderijo de covardes”.
2.
FALAR COM AS PESSOAS.
a) Nada há tão agradável e animado quanto uma
palavra de saudação sincera e alegre. Muitos repetem saudações anteriores,
vazias e que não demonstram sinceridade.
3.
GESTOS ADEQUADOS.
a) O pregador inteligente sabe locomover-se no
tablado e como acompanhar suas palavras com gestos adequados. Sua mímica é uma
decorrência do seu maior entusiasmo e da sua capacidade de transmitir. A
inspiração do Espírito Santo sobre a sua mensagem não produz rebuliço no
auditório, antes o predispõe a ouvi-lo com boa vontade e a acatar a sua
pregação como necessária e produtiva.
4.
GESTOS NECESSÁRIOS.
a)
Não vamos ao excesso de dizer que os gestos não são necessários ao pregador.
Realmente, eles fazem parte da Homilética. A gesticulação adequada auxilia na
transmissão da mensagem e na sua compreensão pelo auditório: * Quando o
pregador faz uso da retórica, falando no céu, nas planícies verdejantes do
Salmo 23, no ambiente espiritual descrito por Isaias 6, nas terras escolhidas
por Ló - na sua dissidência com Abraão - e nos lírios do campo descritos por
Jesus no sermão da Montanha, então ele pode empregar a mímica descritiva,
acompanhando suas palavras com gestos alusivos. Pode até mesmo movimentar-se no
tablado, se o microfone for móvel ou movível, o que não prejudicará a audição
dos assistentes. * Se ele tem que citar números, ele poderá fazê-lo contando
nos dedos como forma descritiva e empregar outros usos que a Homilética admite.
b) Não esperamos que o pregador porte-se diante do auditório com gestos
afetados e falando quase audivelmente para não ferir os ouvintes. Por exemplo:
* Não saem do lugar, não se movimentam, não sabem o que fazer com as mãos. * Não movem a cabeça de um lado para outro,
mas reviram os olhos para saber se lhes prestam atenção. Parecem perfeitos (?).
São do tipo pregador “clube do chá”, que a igreja ouve entre um cochilo e
outro.
5.
PREOCUPAR-SE EM SER CLARO NAS MENSAGENS.
a) Uma boa sugestão para avaliar se estamos
sendo bem entendidos durante uma mensagem é fazermos algumas perguntas ao
público, tais como: * Como vocês estão me entendendo? * Estão acompanhando o
raciocínio? * O assunto está claro?
6.
PREOCUPAR-SE COM A OPINIÃO DOS OUTROS.
a) São características de um bom líder: *
Ouvir. * Saber elogiar. * Aprender com os outros.
7.
SER AMIGO PRESTATIVO.
a)
Se você quiser ter amigos, seja amigo também. Lembre-se que Jesus possuía
grandes amigos que o seguiam sempre.
8.
SER CORDIAL.
a)
Fale e aja com toda sinceridade. Tudo o que você fizer faça com todo o
prazer.
9.
SER GENEROSO AO ELOGIAR E DEMASIADAMENTE CAUTELOSO AO CRITICAR.
a)
Os obreiros aprovados elogiam! Sabem: encorajar; dar confiança; elevar os
outros.
10.
SORRIR PARA AS PESSOAS.
a)
Lembre-se que acionamos 72 músculos para franzir a testa e somente 14 para
sorrir. Um obreiro simpático é mais agradável para ser ouvido que um obreiro
“carrancudo” e “antipático”.
11.
SER SINCERAMENTE INTERESSADO PELOS OUTROS.
a)
Um OBREIRO APROVADO deve ter compaixão com todos. Cristo chorou ao ver o túmulo
de seu amigo Lázaro.
b)
Não toque trombeta diante dos outros quando alguém for ajudado por você. A
compaixão sincera pode realizar grandes milagres na obra do Senhor!
TERCEIRA PARTE
ERROS COMUNS
A SEREM EVITADOS
1.
CACOETES.
a)
Movimento ou contrações repetidas e involuntárias de músculos; tiques...
2.
COPIAR O MODELO DE OUTROS PREGADORES; POIS NUNCA DÁ CERTO.
a)
Seja você mesmo. O problema começa quando você quer ser o que não é....
3.
ERROS DE ORTOGRAFIA. AO FALAR, PRONUNCIE AS PALAVRAS COM EXATIDÃO.
a)
É importante também observar o nível cultural do público.
b)
A mensagem não pode ser “muito sábia”, a ponto de ninguém entendê-la; nem
“muito pobre”, a ponto de desprezarem-na.
4.
EXCESSO DE ANSIEDADE.
a) Não saber onde colocar as mãos; não saber
em que direção olhar; gaguejar; etc.
5.
GESTOS DESNECESSÁRIOS.
a)
O avivamento na igreja não é provocado pela gesticulação, nem pela altura da
voz que o orador emprega em plenário. O avivamento é realizado pelo Espírito
Santo, de acordo com as verdades exegéticas que a mensagem contém. Há
pregadores que acham que a manifestação da igreja diante da pregação se deve à
sua eloquência e à sua gesticulação. Às vezes, uma palavra dita em voz natural
e desacompanhada de gestos faz a igreja alegrar-se.
6.
GÍRIAS. a) Linguagem corrompida. Linguagem de malfeitores, malandros, etc.
7.
INICIAR A FALA COM JUSTIFICATIVAS: NÃO SEI FALAR, NÃO SOU PREGADOR, ETC.
a)
Cá entre nós: você sente-se bem ouvindo um pregador com essas justificativas?
Alguém um dia disse que “dá vontade de pedir para tal pregador descer do
púlpito...”.
8.
ORAÇÕES LONGAS NO PÚLPITO, ANTES DE ENTREGAR A MENSAGEM.
a)
Orar demasiadamente indica que você orou pouco antes de esboçá-la em casa.
9.
RESMUNGOS.
a)
Má pronuncia, e, ao pior, com mau humor
QUARTA PARTE
REGRAS BÁSICAS
PARA A BOA
PREGAÇÃO
1.
QUANTO AO ASSUNTO.
a)
Basear-se em fatos bíblicos.
b)
Dominar o assunto.
c)
Separar os fatos interessantes, mas sem exageros.
d)
Durante a fala (sermão), corresponder ao seguinte: * Que (?). * Por que (?). *
Como (?). * Quando (?). * Onde (?).
2.
QUANTO AO AUDITÓRIO.
a)
Qual o público (?).
b)
Qual o seu interesse (?).
c)
Qual sua cultura (?).
3.
QUANTO ÀS MÃOS E BRAÇOS, NÃO SE RECOMENDA:
a)
Mãos no bolso.
b)
Braços cruzados.
c)
Corpo apoiado sobre a mesa ou cadeira.
d)
Dar socos na mesa ou tribuna.
e)
Gesticulação exagerada.
f)
Alguns recursos permitidos, desde que sem exageros: * Estalar os dedos. *
Acenar com a mão. * Levantar ambas as mãos. * Bater palmas.
4.
QUANTO AO OLHAR, NÃO SE RECOMENDA:
a)
Fixar-se em um só ponto ou objeto.
b)
Fixar-se numa determinada pessoa.
c)
Vacilar o olhar, como quem procura algo... * O ideal é olhar paulatinamente
para o auditório, procurar olhar as pessoas nos olhos, mas sem fixá-las muito
tempo.
5.
QUANTO ÀS PALAVRAS.
a)
Acessíveis ao público.
b)
Evitar termos técnicos, abreviaturas e termos estrangeiros.
c)
Correção linguística.
6.
QUANTO À POSTURA, NÃO É RECOMENDADO:
a) Rígida e morta.
b)
Negligente (encostado e torto).
c)
Movimentando-se com exageros. * O ideal é estar em pé, com naturalidade...
7.
QUANTO À SEQUÊNCIA.
a)
Captar a atenção desde o início.
b)
Manter a expectativa e a curiosidade.
c)
Somente citar casos relacionados com o assunto. * O que é um alvo? ...
8.
QUANTO AO TIMBRE DE VOZ, DEVE-SE EVITAR:
a)
Eloquência exagerada.
b)
Monotonia.
c)
Repetir a mesma ênfase.
d)
Pausas acentuadas.
e)
Falar o tempo todo no mesmo timbre: Lento. Rápido. Gritando com energia. Etc. *
O ideal é: falar com clareza, ou seja, boa pronúncia. Efetuar variação na
cadência (regularidade de movimentos ou de sons; compasso, ritmo), entonação e
energia, ou seja: de repente, baixo e lento; de repente, alto e com energia.
QUINTA PARTE
A INFLUÊNCIA
DO ENSINO TEOLÓGICO NA
FORMAÇÃO DO OBREIRO
1.
QUANTO À NECESSIDADE DO ENSINO TELÓGICO.
a)
De 30/35 anos para cá, a igreja tem tido um crescimento numérico espantoso, o
que tem feito com que a nossa liderança venha a pensar seriamente sobre a
educação cristã em todos os níveis. É claro que para isto terá que despertar
professores de todas as áreas para o estabelecimento curricular ajustável à
igreja, e à sua formação eclesiástica genuinamente bíblica. A igreja passa por
momentos de seleção de pregadores e ensinadores que manejem bem a espada, e
conduzam os crentes dentro da realidade bíblica cultural.
b)
Conta-se de certo pastor, em certo Estado brasileiro, que depois de ter sido
empossado numa igreja, foi convidado pelo prefeito da cidade para uma
entrevista de interesse principalmente da igreja. Ao ser entrevistado, aquele
prefeito solicitou do pastor três datilógrafos que possuíssem o 2º grau para
exercerem cargos de confiança. Desconhecendo o nível intelectual de seus
membros, o pastor recém empossado voltou radiante para casa e esperou pelo
culto à noite. Reuniu aproximadamente trezentas pessoas, e apresentou- lhes as
vagas oferecidas pelo prefeito. Des- cobriu então, que não havia um só capaz de
assumi-las; diante disso, tomou a iniciativa de montar uma escola para a
igreja.
Queremos
com isto, alertar que sem curso teológico o indivíduo não poderá acompanhar o
nível intelectual do mundo; e, se obreiro não tiver conhecimento bíblico
sistemático encontrará, certamente, sérias dificuldades para ministrar à
igreja. Se a nossa liderança tomar posição frente às exigências de uma formação
teológica para o exercício ministerial, estará coibindo abusos, desastres e
escândalos, que muitas vezes ocorrem com pessoas desprepara- das. Creio no
propósito de Deus para o crescimento de escolas e seminários, responsáveis pela
formação de homens capazes de exercer as suas funções ministeriais. Observe-se
o seguinte: * Para aquele que Deus chamou para o ensino, que haja dedicação ao
ensino. * Para aquele que Deus chamou para o evangelismo, que divulgue a
semente do evangelho. * Para aquele que Deus chamou para pastorear, faça- o com
cuidado, levando o rebanho às águas tranquilas e de refrigério.
c)
A realidade é que os líderes e pregadores do século XXI estão se preparando
para enfrentar os últimos momentos da Igreja aqui na terra. Hoje contamos com
escolas de preparação para missionários, as quais oferecem treina- mento
transcultural periódico ao obreiro que vai trabalhar como missionário em outros
países.
2.
QUANTO À CULTURA RELIGIOSA.
a)
O ensino teológico tem por objetivo facilitar o desenvolvimento de pessoas,
grupos, líderes e professores. É um processo que dura toda vida. A cada momento
surgem novidades que exigem boa dose de conhecimento, descoberta e aptidão. Que
todo saber seja adquirido com humildade, sinceridade e de coração para o
serviço especial de Deus aqui na terra! Observando adequadamente o que o
apóstolo Paulo diz em Efésios 4.11-13, temos aqui o conteúdo programático dos
obreiros, cujos graus são destacados ministério por ministério. A atuação e
formação de cará- ter se modificam quando somos treinados nas escolas
teológicas, seminários e cursos especiais.
3.
QUANTO A FORMAÇÃO DO OBREIRO.
a)
O advogado, por exemplo, após estudar quatro anos, tem mais um ano de estágio
para exercitar-se nas leis e no exercício de sua profissão. O médico, o
engenheiro e outros profissionais liberais também passam por este processo. Por
que não com aqueles que exercem o ministério da Palavra, considerada a ciência
de Deus para os homens? Por que não aperfeiçoar os conhecimentos teológicos em
função do exercício ministerial? b) O conhecimento teológico é considerado o
conhecimento de Deus, através do qual as escolas teológicas ensinam a
hermenêutica, a Homilética, a cultura religiosa, entre outras. Observe isto: *
A hermenêutica é a arte de interpretar textos e divisões de versículos em
assuntos e conteúdos. * A Homilética é a arte de falar, pregar e ensinar. A
cultura religiosa é o conhecimento da história da igreja e de seitas e
heresias. c) Em suma, como poderá chegar ao conhecimento de tais assuntos, sem a
teologia? É aí que entra o valor e a contribuição da teologia na formação do
obreiro.
4.
ATÉ QUE PONTO É IMPORTANTE PARA O OBREIRO CURSAR TEOLOGIA?
a)
Já se ouviu, no púlpito - o que é de se lamentar - alguns pregadores afirmarem
que os estudos teológicos são desnecessários. Eles consideram que Deus dará a
palavra; que é só abrir a boca. Tais colocações são equivocadas. Temos que
acabar com as desculpas de preguiçosos, que além de não se reciclarem, passam
essa mensagem errada para os seus discípulos/ouvintes. Não quero dizer que a
chamada especial para o ministério é só para teólogos, pois Deus chama qualquer
um. Entretanto, quem é escolhido precisa crescer no conhecimento através do
estudo, da pesquisa, da leitura de bons livros e de cursos em escolas bíblicas.
O pregador não deve se limitar apenas em preparar belos sermões, mas deve
adotar um método que contribua para o crescimento intelectual e espiritual da
igreja. Observe isto: * Quanto mais o obreiro se dedicar ao estudo, mais ele
ampliará as dimensões do seu ministério. * Quanto maior conhecimento ele tiver,
maior variedade terá. Quanto mais habilidade, mais sucesso no trabalho
administrativo na pregação da Palavra. Quando Pedro disse “crescei na graça e
no conhecimento” (2Pe 3.18), ele deixou claro que o pregador só terra êxito se
as duas coisas crescerem juntas.
b)
É preciso equilíbrio! O conhecimento não pode ofuscar a espiritualidade do
obreiro, mas servir de benefício na Obra do Senhor. O crente e mui
especialmente o pregador deve buscar as duas coisas - espiritualidade e
intelectualidade - e saber conciliá-las. Muitos condenam o estudo teológico,
alegando falta de tempo, dizendo que ficar em uma sala se aula iria prejudicar
a obra que precisa ser feita. Mas para quem quer algo, tudo é possível. É
imprescindível organizar o tempo dedicado ao estudo, de tal forma que, na
balança, o peso da intelectualidade e o da espiritualidade esteja bem
equilibrado.
c)
Importante: você conhece as:
10 BEM AVENTURANÇAS DO OBREIRO? Ei-las:
1)
Bem-aventurado O OBREIRO que sempre estuda e aprende mais. Sempre terá alimento
novo e fresco para seus ouvintes sem ter que sempre repetir as mesmas coisas.
2) Bem-aventurado O OBREIRO que dosa seus
gestos e emoções. Não se cansará tão facilmente e atrairá mais atenção para a
mensagem da Palavra de Deus, do que para si mesmo.
3)
Bem-aventurado O OBREIRO que no preparo e entrega de seus sermões, sempre
depende da inspiração e do poder do Espírito Santo. Verá a benção do senhor na
frutificação do seu ministério, em forma de salvação de almas e edificação da
Igreja.
4)
Bem-aventurado O OBREIRO que sempre cuida do seu descanso físico e mental.
Fazendo assim cuidará da sua saúde e prolongará a sua vida pregando a Palavra
de Deus. Mas preste atenção: isso não significa que ele se entregue à preguiça,
dormindo de dia e descansando de noite.
5)
Bem-aventurado O OBREIRO que para pregar a Palavra de Deus se prepara tanto
diante dos homens como diante de Deus. Assim fazendo, cumprirá seu ministério
de modo confiante, esperançoso e frutífero.
6)
Bem-aventurado O OBREIRO que chega cedo à Casa de Deus. Fazendo assim estará
dando um bom exemplo.
7)
Bem-aventurado O OBREIRO que controla sua voz diante de um microfone. Assim
fazendo conseguirá terminar seu sermão sem perdê-la, e o povo não virá a sofrer
de surdez.
8)
Bem-aventurado O OBREIRO que não se entrega à vaidade e ao orgulho, mas sim,
humildemente se mantém ao pez do Senhor, recebendo dele graça e unção para
exercer seu ministério. Auditório algum suportará por muito tempo um pregador
arrogante e presunçoso.
9)
Bem-aventurado O OBREIRO que fala pouco, controlando sua língua e sua mente.
Será sempre convidado a voltar aonde quer que pregue.
10)
Bem-aventurado O OBREIRO cuja família o ajuda, obedecendo, orando, portando-se
convenientemente e cooperando em todos os sentidos, diante da igreja e diante
do Senhor. Assim sendo, por certo obterá tranquilidade, sossego e confiança
para cuidar do seu ministério.
SEXTA PARTE
O OBREIRO
E O CIVISMO
1.
UMA COLOCAÇÃO NECESSÁRIA. A tendência natural do obreiro cristão de
espiritualizar demasiadamente a sua vida e as suas atividades, muitas vezes o
tem alienado de realidades perfeitamente harmônicas com a vida de obreiro e
ministro de Cristo. Esta tendência lhe tem feito acreditar que não há porque
dar provas dum autêntico patriota quando já está ocupado com a sublime tarefa
de salvar e conservar almas. Desculpem- nos os que assim pensam, mas o que
estão fazendo é dando prova de que lhe tem faltado a capacidade de estabelecer
prioridades. Como OBREIROS de Cristo a nossa responsabilidade prioritária
insiste em vivermos para Ele e servi-lo fielmente enquanto vivermos; esta,
porém, não é a única responsabilidade que temos. Temos outras
responsabilidades, que não obstante menores, são importantíssimas, como por
exemplo, os nossos deveres para com a Pátria. Evidentemente, somos cidadãos dos
céus, mas também somos cidadãos do Brasil. Assim sendo temos o dever de
conhecer e obedecer às leis da nossa Pátria. Do obreiro cristão -neste caso o
pastor- espera-se a iniciativa no sentido de que a sua respectiva igreja possua
uma Bandeira Nacional, para uso nas suas festividades, tais como: inaugurações,
convenções, congressos, etc., ou para tê-la hasteada nos principais feriados
nacionais, como sejam:
07
de Setembro, dia da Proclamação da Independência;
21
de Abril, dia de Tiradentes; 15 de Novembro, dia da Proclamação da República;
19
de novembro, dia da Bandeira. Se o obreiro tem dificuldade para encontrar
alguém que a confeccione no tamanho estabelecido por Lei, pode encontrá-la à
venda em livrarias, ou mesmo em lojas de materiais esportivos.
a)
Quanto ao Hino Nacional, o ideal seria que todo obreiro cristão o conhecesse e
soubesse cantá-lo, afinal de contas, é o hino da sua Pátria. O Hino Nacional ao
ser cantado por civis deve ser cantado respeitosa e reverentemente sempre na
posição de sentido e com a mão direita sobre o coração.
b) Quanto ao uso dos símbolos formados pelas
Armas Nacionais e Selo Nacional, são de uso restrito às Forças Armadas e aos
órgãos federais.
c) Quanto à Constituição Federal, dentre os
livros que compões a biblioteca do obreiro cristão, não deveria faltar um
exemplar da Constituição federal. Possuindo-a e lendo-a, o obreiro terá a
necessária facilidade de consultá-la e nela destacar os seus direitos e
responsabilidade. Isto é importante principalmente para os obreiros que
trabalham em pequenas cidades do interior, onde muitas das vezes, alguém
desautorizado faz-se de autoridade para tentar impedir a marcha do evangelho.
d)
Quanto ao acato às Autoridades, o obreiro cristão tem o dever mínimo de
conhecer os nomes do Presidente da República, do Governador do seu Estado, e do
Prefeito da sua cidade
SÉTIMA PARTE
O CUIDADO
COM A LINGUAGEM
1.
UMA OBSERVAÇÃO IMPORTANTE. Quanto melhor afinado estiver o instrumento, mais
suave será a música que ele produzirá. Assim também acontece com o obreiro
cristão: quanto melhor puder expressar a sua mensagem, mais valerá a pena ouvir
o que ele diz. O obreiro deve saber que, para se desincumbir do ministério que
Deus lhe deu, é necessário que ele tenha não apenas boas intenções e zelo pela
obra do Senhor; ele precisa, sobretudo, realizar esta obra, dando para isso o
melhor de si, o melhor de seus interesses, o melhor de seus talentos e o melhor
da sua inteligência. E, para canalizar tudo isto em benefício do reino de Deus,
o obreiro precisa estar atento ao convite que a sabedoria faz – Pv 8.17 (ARC).
Se o obreiro deseja se mostrar aprovado diante de Deus e dos homens, de nada
tendo do que se envergonhar é imprescindível que ele adquira toda a instrução
possível e absorva o máximo do que os mestres e os livros possam lhe ensinar;
extraindo deles todo o conhecimento possível, e com eles se ocupando todo o
tempo disponível. O obreiro deve se esforçar para aprender tudo o que puder,
porque a falta de instrução pode ser um tropeço no exercício do ministério até
mesmo dos mais santos homens de Deus. Vejamos:
a)
O uso correto da gramática. O fato do obreiro não possuir um bom nível de
escolaridade, não deve se constituir motivo para que ele se dê ao descuido e
até ao abandono da sua cultura. Isto é grave no ministério. O obreiro pode
achar que já é tarde demais para aprender determinados princípios de linguajem?
Pelo contrário, ele deve pro- curar de alguma forma compensar o tempo perdido
lendo bons livros, jornais e revistas, pois em geral o hábito da leitura
constante gera maior habilidade e segurança no falar. Além da necessidade de
cultivar o hábito da leitura, não deve faltar na biblioteca do obreiro um bom
compêndio (resumo... síntese/composição) de gramática, que podem ser
encontrados por preços módicos nas livrarias que vendem material didático do
Ministério da Educação e Cultura (MEC). Lembre-se que o conhecimento de
gramática não faz mal a ninguém! Por não observar determinados princípios
quanto à linguagem, muitos dos nossos obreiros estão sujeitos àquela horrível
troca de “L” por “R” e outros erros de pronúncia, acarretando danos ao seu
próprio ministério, além de muitas outras impropriedades linguísticas, que
podem ser cometidas no púlpito e fora dele, as quais correm por conta do
obreiro. Ele é quem tem que cuidar disso. Conta-se de certa jovem que poderia
se converter porque parecia estar impressionada com o discurso do obreiro.
Desagradou-lhe, porém, o seu modo de pronunciar certas palavras, suas
constantes omissões de letras e trocas de outras, bem como outros erros de
construção gramatical como fazem os indoutos. Enquanto isto, a sua atenção foi
desviada da verdade para os erros de linguagem do pregador. Lamentável!
b)
Uma desculpa descabida. Talvez você diga que tenha conhecido algum obreiro que
falava sem nenhum cuidado com a gramática e que, entretanto, teve sucesso no
seu ministério... Pois bem, esta desculpa torna-se injustificável quando você
atinar para o fato de que o povo do tempo daquele obreiro também ignorava a
gramática, de modo que isso não tinha muita importância. Agora, porém, quando
todos frequentam a escola, se vêm nos ouvir, será lastimável se a mente deles
for desviada das verdades solenes em que gostaríamos de fazê-lo pensar, só por
estarmos usando uma linguagem descuidada e inculta. Sabemos que mesmo uma
pessoa com pouca instrução pode receber a benção de Deus; mas a sabedoria nos
diz que não devemos permitir que a nossa falta de instrução viesse impedir o
evangelho de abençoar os homens. O OBREIRO APROVADO é um homem livre de
inibições, podendo, portanto, manejar bem a palavra da verdade - 2Tm 2.15; Ef
6.17
OITAVA PARTE
O QUE
O OBREIRO DEVE
EVITAR?
Observação:
reconhecemos que muitas coisas devem ser evitadas. No entanto, por exiguidade
de espaço, achamos por bem destacar apenas aquelas principais coisas que o
obreiro deve evitar, se é que não quer ser taxado de “medíocre (que não é bom
nem mau; sem relevo; vulgar)” quanto à cultura, por aqueles que lhe ouvem
principal- mente enquanto está de posse do púlpito. Ei-las:
1.
CACOETES E GESTOS EXTRAVAGANTES.
a)
Evitar demasiada afetação da voz.
b)
Evitar o demasiado uso do lenço para enxugar o suor do rosto, ou a saliva presa
aos lábios.
c)
Evitar enterrar as mãos nos bolsos da calça ou paletó.
d)
Evitar o posicionamento indiscreto das mãos.
e)
Evitar fazer da mensagem que prega uma armadilha para os seus ouvintes.
f)
Evitar truques em forma de gracejos ante a sua congregação. Exemplo: se Jesus
vier hoje, os irmãos ficarão a- legres? (...só para ver se a congregação
responderá “ficaremos”), então o pregador dirá: “pois eu subirei alegre”.
g)
Evitar apoiar os cotovelos no púlpito.
h)
Evitar bater no púlpito com as mãos ou com a Bíblia.
i)
Evitar dar as costas para a multidão, constante e demoradamente como quem está
conversando com os demais obreiros que estão sentados no púlpito.
j)
Evitar apontar para o céu quando estiver falando sobre o inferno que é para
baixo. l) Evitar apontar para baixo quando tiver de falar a respeito do céu que
é para cima. m) Evitar apontar o dedo em direção de pessoas da congregação,
principalmente daqueles que estão sentados ao púlpito, fazendo-os personagens
das ilustrações que porventura venha a usar. Isto às vezes tem deixado à pessoa
a quem se dirige, em terrível situação. Conta-se de certo obreiro que enquanto
pregava sobre a conversa que o Senhor teve com Satanás a respeito da pessoa de
Jó (Jó 1,2), todas as vezes que queria enfatizar as palavras do Senhor a
Satanás, apontava o dedo bem no nariz de outro obreiro sentado ao púlpito ao
seu lado, e falava como se fosse o Senhor, enquanto que aquele outro obreiro
era colocado no papel de Satanás. Quando a congregação descobriu o que estava
acontecendo, começou a sorrir, deixando o obreiro em difícil situação.
2.
NOMINAÇÕES TROCADAS (ERRADAS) SOBRE “LIVROS” E “EPÍSTOLAS”.
a)
Tem se tornado muito comum se ouvir pregadores se referindo a livros do Antigo
Testamento, como por exemplo: 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, e 1 e 2 Crônicas,
usando o ordinal “primeira” ou “segunda”, quando o correto é “primeiro” e
“segundo”, já que se refere a livros mesmos e não a epístolas como as do Novo
Testamento. (Ex.: primeiro Samuel, Segundo Crônicas, etc., etc.).
b)
O mesmo acontece com relação às epístolas, como sejam 1 e 2 Coríntios, 1 e 2
Tessalonicenses, 1 e 2 Timóteo, 1 e 2 Pedro, e 1, 2 e 3 João. O correto não é
“Primeiro” Coríntios, “Segundo” Tessalonicenses, ou “Terceiro” João; mas
“Primeira aos Coríntios”, “Segunda aos Tessalonicenses”, e “Terceira de João”;
já que se refere a epístolas ou cartas, especificamente, e não a livros.
3.
O PROBLEMA DAS DÍVIDAS.
a)
Muitos que aparentavam serem bons obreiros naufragaram devido à incapacidade de
administrar suas finanças. Uns tornaram-se avarentos, fazendo da aquisição do
dinheiro a razão maior da sua vida, enquanto que outros se aproveitando do
crédito fácil que o comércio lhes oferecia, contraíram dívidas além das suas
possibilidades. O crédito do homem é como um pântano em que ele pode submergir
e perecer facilmente. Por ignorar isso há pessoas que parecem intoxicadas ou
anestesiadas quando começam a comprar a crédito, que de tão cheios de dívidas
só acordam quando informados que seus títulos foram protestados ou já têm os
seus nomes na lista negra do serviço de proteção ao crédito. Todos nós estamos
sujeitos a isto, quer queiramos ou não; somos parte dessa sociedade de consumo.
Porém, para o bem do obreiro e também da igreja à qual serve, o ideal seria que
o obreiro evitasse comprar a crédito, ou que, nunca comprasse além das suas
reais possibilidades de pagar.
4.
VÍCIO DE LINGUAGEM.
a)
Evitar proferir as expressões “glória a Jesus” e “aleluia”, a cada minuto da
sua mensagem; se isto lhe parece prova de espiritualidade, para seus ouvintes
vai parecer que não tem outra coisa para dizer. Estas duas expressões, marcas
da mensagem genuinamente pentecostal, são belas, mas quando ditas no momento
apropriado, como expressão de adoração a Deus, saídas do nosso espírito e não
por uma questão de costume. Cá entre nós: você já viu alguma coisa deste tipo?
Pois eu, já! Lembro-me de um preletor que em 50 minutos de sua mensagem, disse
mais de 120 (cento e vinte) aleluia; glória...; louvado...; etc.
b)
Evitar no final da oração dizer: “... em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo”; pois em nenhum lugar da Escrituras somos ensinados a orar em nome da
Trindade, mas sim, em nome de Jesus. Se alguém pede algo em nome da Trindade, a
quem está pedindo? Pense nisso!
NONA PARTE
O OBREIRO
E A SUA
CULTURA
Observação:
vivemos num mundo de constantes mutações. Aquilo que até há pouco tempo era
moda do dia, hoje se tornou simplesmente obsoleto (que caiu em desuso;
antiquado). Evidentemente isto envolve fatos que o obreiro em Cristo precisa
encarar realisticamente. Observe o seguinte:
1.
CHOQUE CULTURAL.
a)
Em decorrência da constante mudança de valores culturais, grande parcela do
ministério da nossa Igreja no Brasil, tem sofrido grande impacto diante das
constantes exigências de mudanças na sua forma de pensar e de agir, quanto aos
valores culturais. Este estado de coisas tem se mostrado mais conflitantes
porque nos tem sido difícil admitir que ainda que a igreja continue a mesma, os
tempos mudaram. Até a poucos anos, quando a capacidade de pesquisa nos era
limitado pela natural falta de recursos, quando só pessoas reconhecidamente
ricas podiam prover recurso universitário a seus filhos, era fácil dizer
simplesmente que Jesus Cristo salva, cura e batiza com o Espírito Santo, e ter
certeza de que a congregação aceitava pacificamente o que lhe dizíamos; hoje,
porém, devido às próprias exigências do tempo em que vivemos – inclusive com o
arrojado desenvolvimento dos meios de comunicação, muitos dos membros de nossas
igrejas ouvem o que pregamos, contudo inevitavelmente perguntam: “COMO?”; “ON-
DE?”; “QUANDO?”; “POR QUE?”. Devido o
despreparo para responder a tais perguntas, muitos dos nossos obreiros tem
sofrido sérios problemas de complexo que os têm indisposto para o cumprimento
do ministério na sua plenitude.
2.
TEMOS DE MUDAR (?!).
a)
Em geral a palavra “mudança” infunde certo temor em nossos obreiros,
principalmente nos mais idosos, por- que associada a esta palavra sempre vem à
necessidade de indagar: mudar para que? Para melhor, ou para pior? Como a maioria
das mudanças que conhecemos hoje, em diferentes áreas da vida, nem sempre são
para melhor, os nossos obreiros mais antigos em demonstração de zelo, tem razão
para vacilar diante de qualquer alegada necessidade de mudança!
b)
Mas, em que mudar? Reconhecemos a necessidade de mudança na nossa maneira de
agir quanto à cultura boa e sadia. Não estamos propondo uma mudança
indiscriminada como forma de condenação do passado. Não é isto o que desejamos;
estamos certos que cada obreiro do passado, com ou sem cultura foi usado por
Deus para a promoção do reino dos céus. Também não estamos propondo mudança nas
bases e estrutura da igreja. Por estar fundamentada em Jesus Cristo, a Igreja é
imutável. Esta mudança proposta consiste em saber que jamais alcançaremos esta
geração sem que estejamos aparelhados espiritual e culturalmente. Aumentar os
nossos conhecimentos de sorte que estejamos mais bem qualificados para o
cumprimento do ministério que Deus nos deu, não é a mesma coisa que mudar a
Igreja. Se não soubermos submeter os nossos conhecimentos a Cristo, podemos
estar certos que dificilmente saberemos submeter-lhe o nosso temperamento, o
nosso dinheiro e até mesmo as nossas fraquezas. Se formos porta- vozes da maior
mensagem que o homem jamais ouviu, é necessário que tenhamos a melhor maneira
de comunicá-la aos homens. Se os ensinos e filosofias que se nos opõem tem em
homens da mais refinada cultura os seus principais apóstolos, por que temos nós
de fazer a obra de Deus com apenas uma pequena parcela da nossa inteligência, e
ainda assim admitir que quanto menos cultos formos mais usados seremos por
Deus? * O obreiro cristão,
particularmente O PASTOR duma igreja, não deve interromper sua carreira
ministerial para fazer um curso universitário achando que só assim poderá ser
mais útil ao trabalho de Deus. Nesse caso seria preferível que em vez de ser um
elemento formado, o obreiro fosse simplesmente melhor informado. Para tanto se
requer que O OBREIRO CRISTÃO, além de habitual estudante da sua Bíblia, seja
amante da boa literatura evangélica, e sempre que possível leia outro tipo de
literatura que saiba venha ser útil no desempenho do seu ministério.
c)
Em suma. O que se quer é que O OBREIRO desperte em si a consciência da
necessidade de melhorar os seus conhecimentos; pois, não obstante a utilidade
da cultura, o obreiro cristão deve adquiri-la com modéstia. E, neste
particular, aconselha-nos o apóstolo Paulo ao seguinte: “... digo a cada um
dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança,
conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (Rm 12.3. – ARC).
3.
A BIBLIOTECA DO OBREIRO.
a)
Um dos maiores benefícios da biblioteca na igreja é ajudar o obreiro. Se ela
não fosse útil para mais ninguém, seria justificada pelo fato de ser utilizada
pelo pastor, pois é ele quem instrui a igreja, que a orienta e ajuda no
planejamento de suas atividades. Sem o preparo com as novas ideias que os
livros suscitam (fazem nascer; aparecer) o obreiro não pode desempenhar a sua
tarefa eficazmente. Há obreiros que se sentem frustrados porque não têm
condições de adquirir livros indispensáveis ao seu preparo. Sem dúvida. A
igreja é beneficiada quando o obreiro estuda e tem condições de adquirir
conhecimento através da leitura. Há igrejas que exigem o tempo integral do seu
pastor, mas não lhe dão condições para que o empregue da melhor maneira. Muitos
obreiros têm necessidade de comprar livros, mas não estão em condições
financeiras e, às vezes, não se sentem à vontade para solicitar que a igreja os
compre. Este problema pode ser solucionado com a organização de uma biblioteca.
O pastor precisa desta fonte de pesquisa. Além do mais, a biblioteca é um
patrimônio da igreja.
b)
O surgimento da biblioteca do Obreiro. Durante muitas décadas, fomos ensinados
a desprezar qualquer tipo de literatura que não fosse propriamente a Bíblia
mesma, não importando quão bíblica se dissesse que essa literatura era. Nesse
zelo, muitos obreiros aprenderam que era falta de fé e espiritualidade ler
qualquer outra literatura que não fosse a Bíblia. Somente nas últimas décadas é
que as igrejas e seus líderes começaram a se interessar pela literatura
evangélica de um modo geral, inclusive recomendando que os crentes se dediquem
à leitura da literatura comprovadamente edificante. Antes, o obreiro que
possuísse mesmo que fosse uma pequena biblioteca, corria o risco de ser
admirado ou mesmo tachado de “crente modernista”; isto ocorria por ser raro um
obreiro possuir uma biblioteca. Hoje, porém, raro é o obreiro que não tenha
pelo menos meia dúzia de bons livros, uma assinatura de uma revista ou de um
jornal evangélico.
c)
Incentivo bíblico à biblioteca. O apóstolo Paulo, o mais culto dos escritores
do Novo Testamento, estava encarcerado em Roma aguardando o momento do seu
martírio, quando escreveu a seu fiel companheiro no ministério Timóteo: “Quando
vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, bem como os
livros, especialmente os pergaminhos” (2Tm 4.13). A opinião mais comum entre os
mais abalizados comentadores da Bíblia, é que os “pergaminhos” aos quais Paulo
se refere, eram manuscritos de livros do Antigo Testamento. * Todo OBREIRO deve ter uma boa biblioteca.
Não há dúvida de que os nossos obreiros sempre estão ocupados com as lides do
ministério, de sorte que nem sempre podem fazer aquilo que gostariam; porém, se
formarem o hábito da leitura descobrirão que mesmo quando não se tem um horário
especial para os livros, mesmo assim ainda é possível ler seja sentado à mesa
enquanto aguarda a refeição e até mesmo viajando de ônibus ou de avião. Há
sempre tempo para fazer aquilo que se quer; portanto, o obreiro pode e deve
possuir uma boa biblioteca.
DÉCIMA PARTE
ÉTICA CRISTÃ
1.
QUANTO À ÉTICA MINISTERIAL.
a)
Ética é a ciência dos deveres do homem; uma ciência que ensina como proceder na
sociedade. A ética vem a ser, pois, um código de regras ou princípios morais
que regem a conduta, considerando as ações dos homens com referências à sua
justiça ou injustiça, tendência ao bem ou ao mal. Tomada como disciplina de
ordem puramente humana, a ética é um ramo da Filosofia, porque examina e
investiga uma parte da experiência humana, a que concerne à vontade responsável
e à conduta moral. Atualmente, quase todas as profissões seculares dispõem de
um código de ética profissional, com vistas a orientar o comportamento de seus
associados. Que diremos do Ministério Evangélico? Que diremos das santas normas
reveladas nas Escrituras e fundamentadas no caráter santo do Senhor? O ministro
de Deus tem de “orientar” sua vida de tal modo que “não se torne causa de
tropeço nem para judeus, nem para a Igreja de Deus” (1Co 10.32). Portanto, o
ministro do Evangelho não pode fugir à ética, sob pena de cometer falhas
irreparáveis que, acumuladas ao longo dos anos, podem comprometer seriamente seu
ministério. Não temos a pretensão de estabelecer princípios ou normas próprias
ou meramente humanas, antes, nosso alvo é mostrar o que diz a Bíblia, com o
objetivo de ajudar nossos futuros ministros.
2.
QUANTO À APARÊNCIA PESSOAL.
a)
Na Velha Aliança os sacerdotes vestiam-se com pompa, inclusive com roupas
especiais, de acordo com o dia de festa (Lv 8.7-13). Era uma exigência divina.
Embora no Novo Testamento não haja qualquer referência ao traje do ministro,
temos certeza de que o zelo de Deus concernente a seus servos determina que os
ministros se trajem com decência, elegância e discrição. * O ministro tem o dever de apresentar-se bem
vestido em todas as ocasiões, a fim de evitar expor-se ao ridículo. O uso de cores
extravagantes e roupas completamente fora de época não é adequado ao ministro.
Cá entre nós: você já viu algo assim? Eu, já, infelizmente! Um dos obreiros
estava trajando cores berrantes (de cor muito viva, intensa) e díspares
(desigual, diferente, dessemelhante). Outro estava usando calça preta, paletó
preto, camisa preta e gravata preta. Afinal, então por que usar gravata, se ela
nem aparece? Será que o tal obreiro é da parte preta? ... * Faz parte da indumentária e deve requerer
certo cuidado ao ministro o uso de sapatos limpos e engraxados (sapatos sujos
dão ideia de relaxamento). Por outro lado, o ministro deve apresentar-se sempre
com barba feita, cabelos cortados, unhas limpas, etc. Não pode descuidar-se com
a higiene pessoal.
b)
É comum o ministro participar de longas reuniões durante o dia, inclusive em
lugares quentes. Nesse caso deve tomar tantos banhos quantos forem necessários
e trocar de roupa para evitar mau odor; deve escovar os dentes após as
refeições para evitar o mau hálito.
c)
O ministro é uma autoridade na comunidade onde vive e representa a igreja à
qual serve; sua aparência pessoal, de algum modo, reflete a aparência de seu
povo. Não é bom esquecer que o traje está relacionado com o meio ambiente e o
ministro não deve exagerar em usar roupas caras e de grande luxo em lugares
humildes. Pode humilhar, ou, pelo menos, constranger as pessoas (...que não têm
melhores recursos...). Isto é uma questão de bom-senso.
3.
QUANTO À LINGUAGEM SÃ.
a)
É determinação do velho e mestre apóstolo Paulo, para que seu discípulo Timóteo
se tornasse um padrão na maneira de conversar. Aliás, é bom que fique claro o
que envolve este aspecto do comportamento humano, conforme vemos: * Totalidade
da voz. O ministro deve moderar sua voz para que não fale gritando, nem fale
tão baixo que seja difícil ouvi-lo. Falar alto demais pode parecer exaltação,
falta de convicção do que se fala, ou até mesmo falta de educação. *
Vocabulário. O vocabulário do pastor não deve ser recheado de gírias e palavras
obscenas (Ef 5.3; Sl 34.13; Pv 13.3; 21.23). Durante a pregação, devemos ter
cuidado para não usar palavras “pesadas”, ou então palavras incompreensíveis
aos ouvintes. O vocabulário deve ser de acordo com o auditório, porém, é sempre
preferível usar um vocabulário simples para ser compreendido.
4.
QUANTO AOS COMPROMISSOS.
a)
O pastor tem um compromisso inalienável com a verdade. A Bíblia recomenda que o
servo de Deus seja de “uma só palavra” e de “um só falar” - 1Tm 3.8; Mt 5.37. A
mentira não tem grau. Alguns querem desculpar-se que disseram uma “mentirinha”
ou então que foi uma “mentira inofensiva (santa?)”. Toda mentira desvaloriza a
pessoa humana, logo, o PASTOR que usa de mentiras estará se depreciando diante
de seu povo. * O pastor deve ter cuidado
com seus compromissos. Ao empenhar sua palavra, ele deve fazer todo o possível
pa- ra cumprir o prometido, mesmo com prejuízo. Muitas pessoas se escandalizam
ou rejeitam o Evangelho porque fizeram tratos com “Obreiros” e depois estes
negaram a cumpri-los (Pv 6.12,17; 19.5; Zc 8.16; 2 Co 13.8). * Dívidas são
compromissos. O texto de Romanos 13.8, segundo a melhor interpretação, não
proíbe tomar em- prestado, mas sim faltar com o pagamento ou contrato. Isso
demonstra falta de amor para com aquele que está so- frendo o prejuízo, e o
cristão tem o dever de amar seus semelhantes (Rm 12.10; 13.8-10).
5.
QUANTO AO AMOR E RESPEITO, DEVIDO AO COLEGA.
a)
Em virtude do conhecimento da Palavra de Deus que possuem os ministros, e da
necessidade de entrosamento nas convenções ou ministérios, na dependência
mútua, devem ter mais cuidado no relacionamento interpessoal, para que se evite
o desgaste da imagem do pastor diante do rebanho. O amor e o respeito entre os
pastores e obreiros deve ser o primeiro exemplo a ser recebido pelo rebanho do
Senhor. Infelizmente, nem sempre isso acontece. O amor entre os ministros deve
expressar-se na ajuda mútua e no desejo espontâneo e sincero de ver o progresso
do seu colega de ministério
DÉCIMA PRIMEIRA PARTE
O OBREIRO
E OS SEUS
COMPANHEIROS
Observação:
todo OBREIRO deve compreender que ele é um entre outros OBREIROS do Senhor e
que são iguais aos olhos de Deus, e que todos os obreiros são cooperadores
juntos com Deus. Veja o que Paulo explicou em 1Co 3.8,9! A igreja e seus
membros veem os obreiros como um; todos iguais perante Deus. Portanto, é
importante que se analise o seguinte:
1.
A UNIDADE ENTRE OS COMPANHEIROS.
a)
Todos os obreiros são chamados pelo mesmo Senhor, para o mesmo ofício, para o
mesmo trabalho, para servir ao Deus de Igreja. Por isso, deve haver a unidade
entre os obreiros. O trabalho daquele que planta não pode ser feito sem o
trabalho daquele que rega. Os obreiros não podem ser rivais, trabalhando um
contra o outro. São plantadores e regadores, plantando e regando vidas para
Deus. É Deus quem chama e coloca o obreiro no ministério e o usa conforme a sua
vontade. Se a igreja e seus crentes incitam ou jogam você contra os
companheiros eles estão indos de encontro com o propósito tanto do evangelho quanto
da Igreja.
2.
EVITAR CIÚME ENTRE OS COMPANHEIROS.
a)
O obreiro é responsável pessoalmente perante Deus e será recompensado pelo que
faz, e não pelo que outro companheiro faz. Use os seus próprios dons; não tente
usar os dons de outros ou mesmo desejar ser como outro companheiro. Deus lhe
deu dons especiais para propósitos específicos, para realizar tarefas
específicas enquanto você está no mundo. Portanto, procure diligentemente usar
seus dons como Deus deseja. Na verdade, você será re compensado por quão bem
usa seus dons. Tua tarefa não é tentar ser como outro obreiro ou fazer o que os
outros fazem. Tua tarefa é ser o que Deus chamou para “ser e fazer” com os dons
que Ele te deu.
*
A chave é que você será julgado pelo teu trabalho e não pelo que os homens
consideram sucesso - Mt 25.22,23; 1 Pe 4.11.
3.
TRABALHAR JUNTOS.
a)
Os obreiros são cooperadores de Deus e por isso devem trabalhar juntos.
Portanto, a preocupação do Obreiro não deve ser o que os homens pensam e
querem. Sua missão é servir ao lado de Deus - 2Co 6.1. Trabalhe com Deus,
cumprindo a vontade Dele e fazendo o que Ele deseja que seja feito. Agora,
saiba que todos os obreiros são enviados para trabalhar numa única seara, a do
Senhor - Mt 9.37,38.
4.
EVITAR JULGAR OS COMPANHEIROS.
a)
Deixe que Deus faça o julgamento dos demais companheiros. Você, como um
obreiro, tem a tarefa de lidar com as pessoas e seus erros... Na verdade, você
está envolvido com as pessoas, lidando com suas fraquezas e firmezas, seus
pecados e virtudes. Por causa disso, você muitas vezes é tentado fazer
julgamento das pessoas; você é tentado a considerar alguns, como pessoas fracas
e evasivas e outras como fortes e decididas. Isto também é particular- mente
verdadeiro se você vê e ouve sobre as fraquezas dos seus companheiros. Mas o
julgamento deve ser deixado para Deus, porque somente Ele conhece toda a
verdade sobre uma pessoa. Só Deus pode julgar. Por isso, você precisa estar
absolutamente certo que as acusações contra um companheiro são verdadeiras
antes de corrigi-lo. Em segui- da, adote as instruções da Bíblia quanto ao
tratamento de acusações contra obreiros, de acordo com dois sábios e oportunos
conselhos: * Primeiro. Precisa-se de duas preferencialmente três- testemunhas
válidas. Estas testemunhas têm que comparecer perante você e colocar as
acusações por escrito ou mesmo estarem prontos a ficar diante do acusado - 1Tm
5.19,20 * Segundo. Como ministro de Cristo, você tem que ir até o acusado e
contar-lhe a acusação. Se ele ouve e se arrepende, então é restaurado. Se ele
nega as acusações ou não ouve, então você leva um ou dois outros companheiros
com você e interroga-o com firmeza. Se ele ainda assim negar ser culpado ou não
se arrepender, um terceiro passo deve ser tomado. * Deve ser dito à igreja. Isto significa
comparecer perante todos e ser enfrentado com firmeza. As palavras “perante
todos” não significa que deve se jogar mais lenha na fogueira para inflamar
crentes imaturos e carnais dentro da igreja. Deve haver um equilíbrio entre a
necessidade de disciplina e não deixar que os erros permaneçam na igreja - Mt
18.15-17. Observe que o ponto da disciplina é a correção do obreiro em pecado e
a prevenção para que outros não cometam o mesmo: que temam a exposição e o embaraço.
Atenção! Certo sábio conselheiro disse o seguinte: “É possível até mesmo para
um ministro consagrado, separado, ungido por Deus cometer pecado. É possível
mesmo para aqueles que vivem muito próximo do coração de Deus descuidar e
cometer Pecado que traga vergonha e desgraça para a igreja. Mas, não acusamos
um ministro a menos que existam duas ou mais testemunhas para testificar que a
acusação é um fato verdadeiro. Jamais podemos divulgar o que ouvimos sobre um
ministro, presbítero, diácono, um professor de Escola Dominical ou qualquer
outro líder. Se ouvirmos relatórios maldosos, devemos investigar de maneira
correta, através das pessoas certas e sem dúvidas; não podemos discutir a
situação com incrédulos”.
DÉCIMA SEGUNDA PARTE
AS DIFERENÇAS
DE ÍNDOLE
ENTRE OS OBREIROS
1.
COM BOI E JUMENTO JUNTAMENTE, NÃO SE DEVE LAVRAR - Dt 22.10. a) A passagem
acima citada alude a animais domésticos destinados ao trabalho em geral, na
família judaica comum. Da natureza e dos hábitos desses animais podemos inferir
as razões da proibição divina de o boi e o jumento trabalharem juntos no amanho
(cultivo, arranjo) da terra. Se, no trabalho do divino Mestre, duas pessoas
estão sempre a se desentender e reclamar uma da outra, o melhor é que se curem
de vez disso, ou que se separem em paz, e trabalhe noutra modalidade de
serviço, ou em outro local. Vejamos as lições gerais, inclusive para obreiros,
deriva- das dos princípios latentes em Deuteronômio 22.10: * O passo do boi e
do jumento é diferente. O boi tem unhas fendidas, o que lhe dá mais
estabilidade em terrenos em declive e nos lamaçais; o jumento tem unhas
inteiriças, contribuindo para deslizes naquelas situações.
=>
Há obreiros que, nas dificuldades com que se deparam no trabalho do Senhor,
demonstram mais solidez, estabilidade e firmeza do que outros nas mesmas
situações abstrusas (ocultas; escondidas; difícil de entender). * A tração do
boi e do jumento é diferente. O boi tem mais tração; o jumento é mais
cargueiro.
=>
Há obreiros que tem mais arrancada, mas se afadigam facilmente com o peso da
carga das responsabilidades que a obra do mestre ocasiona.
*
A natureza do boi e do jumento é diferente. O jumento é pacífico e tímido, e
costuma fugir de estranhos; o boi costuma ser hostil e investir contra
estranhos. Por outro lado, o boi é mais ligado ao seu dono; o jumento é mais
li- gado à sua manjedoura (Is 1.3b). Tudo isso fornece lições práticas quanto a
princípios de trabalho na seara do senhor.
=>
Há obreiros portadores de uma natureza indomável e inflexível. Caso eles não
mudem para melhor, isso afeta- rá perigosamente o seu ministério em muitos
aspectos. O obreiro, seja qual for a sua categoria ministerial, não deve ser
duro demais, nem mole demais, mas equilibrado, temperado e sóbrio (2Tm 4.5). *
A altura do boi e do jumento é diferente. Portanto, para trabalharem juntos
(como está implícito em Dt 22.10) seria impraticável.
=>
Também a estatura espiritual dos obreiros varia como uma atenta observação
(cuidadosa; atenciosa; que presta atenção) revelará. São muitas as causas
individuais, espirituais, culturais e comportamentais que levam a essa gradação
de estatura do obreiro. Há coisas no ministério entre os obreiros que na teoria
tudo se acerta e funciona, mas na hora da prática nada surge de positivo,
proveitoso e permanente para a obra do Senhor. * A comida do boi e do jumento é
diferente. O boi, sua comida é seletiva, o que é fácil de se observar. Por sua
vez o jumento come de quase tudo que se lhe depara.
=>
Há obreiros que se tornam produto, eco ou reflexo daquilo que presenciam ou
participam, sem antes considerar tudo diante de Deus, em oração e reflexão. * A
comunicação do boi e do jumento é diferente. O boi berra e muge. O jumento
zurra e orneia.
=>
O trabalho do obreiro do Senhor é executado, na sua maior parte, através da
comunicação sob suas diferentes expressões. Todo obreiro, principalmente
enquanto jovem precisa aprimorar a sua comunicação, a partir da expressão
verbal, visto que a emprega continuamente. Uma comunicação imprecisa, falha,
descuidada e simplesmente loquaz (falador, eloquente), em que se fala muito e
se diz pouco, reflete negativamente no ministério de qualquer obreiro. * O
resgate do boi e do jumento era diferente, segundo a Lei. O boi primogênito não
tinha resgate; era oferecido em sacrifício ao Senhor, conforme os preceitos
levíticos. O jumento primogênito tinha resgate por troca. Essa troca tinha de
ser um cordeiro. Caso ele não fosse resgatado assim, seria desnucado. O jumento
primogênito não podia ser resgatado por dinheiro - Nm 18.15; Ex 13.13;
34.20.
=>
Há obreiros que desfrutam de mais ou menos mérito entre seus pares, sabendo-se
que mérito não se exige: se adquire laboriosamente. * A utilidade em geral do
boi e do jumento é diferente. Do boi se aproveita: carne, leite, pele, chifres,
ossos, sangue, estrume. Do jumento somente se aproveita o trabalho.
=>
Como obreiros do Senhor devemos ser quais “sacrifícios vivos”, em que todas as
áreas da nossa vida devem ser de alguma utilidade para o reino de Deus, para a
Igreja e para o próximo. Somos de um mínimo de utilidade? Ou estamos até
prestando um desserviço à obra do Senhor? * O metabolismo (... transformações
físico-químicas por que passam os alimentos no organismo dos seres vivos) do
boi e do jumento é diferente.
=
O boi é ruminante. Seu estômago é duplo, tendo quatro cavidades ou
compartimentos. Disso colhemos para o obreiro o princípio da reflexão,
paciência e meditação.
=
O jumento não é ruminante. Sua digestão é direta. Disso extraímos a seguinte
lição: há pessoas que captam com extrema rapidez o que ouvem, leem, veem, mas
não retém os bons ensinamentos práticos e aplicativos. Outras pessoas são
relativamente lentas na sua digestão espiritual, mas extraem grande proveito de
todo o seu aprendizado. * O habitat, ou meio ambiente, do boi e do jumento é
diferente. O boi vive em qualquer lugar do planeta, desde os campos frígidos
dos países do hemisfério norte, às regiões tropicais da zona equatorial. Não é
o caso do jumento quanto aos diferentes climas.
=>
Há obreiros com menor capacidade de suportar alterações no clima espiritual que
vez por outra ocorre no exercício do ministério, nas suas diferentes
acepções.
DÉCIMA TERCEIRA PARTE
ALGUNS SÁBIOS
CONSELHOS
1.
Desejamos advertir antes de qualquer coisa, que o pregador nunca deve pedir
desculpas nem fazer qualquer referência a si mesmo em qualquer ponto da
mensagem. Observe o que o Senhor Jesus declarou em João 7.18. O pregador estará
diminuindo grandemente a eficácia de tudo quanto disser ou fizer no púlpito se
falar ao povo, logo de início, de sua própria incapacidade ou falta de
preparação. Se assim for, os ouvintes descobrirão o fato no decurso da
apresentação e, em caso contrário, o pastor ou pregador apenas terá erguido
para si mesmo uma barreira desnecessária. Cuidado, igualmente, com o hábito de
preencher as lacunas com um “amém” por demais frequentes, ou com Uma “aleluia”
proferida a cada momento, ou com qualquer outra frase ou palavra sempre
repetida. Essas repetições são feias, primárias e de efeito negativo. É natural
que usemos o melhor português de que sejamos capazes, sem jamais permitir
gírias ou expressões bombásticas em nossa mensagem. O púlpito não é lugar para
superficialidade e chocarrices. As histórias devem ser narradas para ilustrar,
e jamais para chamar a atenção para si ou para entreter os ouvintes. Observe o
seguinte:
a)
Quando a haste da flecha é mais pesada do que a ponta, isso diminui a sua
velocidade em direção ao alvo. * Se o auditório relembrar mais a história do
que a mensagem, então esta (mensagem) não foi usada apropriada- mente.
b)
No tocante ao controle da própria voz, primeiramente desejamos comentar com
respeito à sabedoria de iniciar- se a mensagem em tom de conversa: que as
palavras saiam em voz alta e suficiente clara para serem entendidas por todos,
mas ao mesmo tempo natural e em tom de conversa, na medida do possível.
Igualmente, os ouvintes devem ser conquistados logo de início, por uma
aproximação com palavras oportunas que muito contribui para ganhar a confiança
e prender a atenção geral. * Chegando o momento enfático e feito o gesto
espontâneo, isso será naturalmente sincronizado com a elevação da voz e o
aumento do seu volume. Isso tomará conta de si mesmo, sem que o pregador
precise ter consciência do fato. E ao dar-nos o Senhor perfeito desembaraço na
presença do povo, capacitando-nos a perder todo o temor e tensão, falaremos tão
naturalmente como o faríamos em qualquer conversação normal. Esse é o alvo que
devemos almejar fervorosamente.
2.
A Bíblia é a Palavra de Deus enviada aos homens. Nela, encontramos a didática
divina desde o Antigo até o Novo Testamento. Com Jesus Cristo, encontramos a
perfeição do ensino, em seus discursos, nas parábolas, nas interrogações, nos
diálogos e na prática de sua doutrina. Que possamos todos, ter o devido preparo
bíblico-espiritual - 2Tm 2.15; Cl 3.23. a) Seja um leitor persistente e
estudioso da Bíblia - 1Tm 4.13. b) Seja dedicado ao ensino - Rm 12.7b. c) Seja
um leitor de bons livros de estudo bíblico - 2Tm 4.13. d) Procure conhecer
versões variadas da bíblia, principalmente as de estudo bíblico. e) Utilize
dicionários, concordâncias e enciclopédias bíblicas. f) Seja um leitor de
revistas, jornais, e periódicos (evangélicos e seculares
DÉCIMA QUARTA PARTE
QUAL É
O TEU MINISTÉRIO
DOMINANTE?
Observação:
a coisa mais importante que você precisa conhecer para alcançar alguém para
Cristo é você mesmo. Compreendendo o seu dom espiritual é, possivelmente, a
maneira mais fácil para compreender a si mesmo bem como a chamada de Deus em
sua vida. Os dons espirituais são as ferramentas para conduzir a grande
comissão. Lembre-se que o processo de evangelismo não somente exige conseguir a
decisão de uma pessoa; também exige tirar o crente de uma situação onde, muitas
vezes ele tem somente um despertamento superficial de Deus, e conduzi-lo até um
ponto mais elevado, onde esse cristão receberá um amadurecimento espiritual
maior. Este processo de maturidade exige uma variedade em equipe. Os dons
espirituais são as ferramentas para se realizar a obra do ministério. Se Deus
der a você um martelo, o que Ele quer que você faça? Cavar buracos, pintar ou
assentar tijolos? Não. Obvia- mente, se Deus der a você um serrote, Ele não
está com a ideia de que você vá pintar uma casa. Reconheça qual ferramenta que
Deus entregou a você. Qual é o teu dom espiritual? Então você pode determinar
seu lugar no corpo de Cristo. Você então saberá onde Deus quer que você o sirva
e, qual a melhor maneira para fazê-lo. Quando você usar o dom que Deus tem
dado, fará o máximo da obra de Deus sem a mínima frustração. Veja a seguir os
diversos dons:
1.
O EVANGELISTA.
a)
O evangelista é, sobretudo, um agressivo ganhador de almas que busca os
perdidos de todas as maneiras possíveis, esse é o seu prazer, seu principal
objetivo da vida. Tem a capacidade dada pelo Espírito e o desejo de servir a
Deus ao conduzir pessoas além da natural esfera de influência delas, para o
conhecimento da salvação em Jesus Cristo.
2.
O PROFETA.
a) O profeta é o pregador do
“Inferno-Fogo-Enxofre” que esclarece as consequências do pecado. Tem a
capacidade dada pelo Espírito e o desejo de servir a Deus ao proclamar a
verdade.
3.
O MESTRE.
a) O mestre torna clara toda e qualquer doutrina
da Bíblia. Tem a capacidade dada pelo Espírito e o desejo de servir a Deus ao
tornar clara a verdade da Palavra divina com exatidão e simplicidade.
4.
O EXORTADOR/INCENTIVADOR.
a) É o mestre do “como fazer”, ministrando a
aplicação da Palavra de Deus. Tem a capacidade dada pelo Espírito e o desejo de
servir motivando outros a agirem através da urgência de seguir um padrão de
conduta.
5.
O PASTOR. a) É o crente que alimenta e lidera outros crentes. Tem a capacidade
dada pelo Espírito e o desejo de servir a Deus ao supervisionar, treinar e
preocupar-se com as necessidades dos crentes.
6.
O MISERICORDIOSO.
a)
É a pessoa que é um instrumento para consolar, compreender e confortar aos
outros. Tem a capacidade dada pelo Espírito e o desejo de servir a Deus ao se
identificar e confortar aqueles que estão em aflição.
7.
O DIÁCONO.
a)
É a pessoa que atende às necessidades sociais básicas de cada crente e da
igreja. Tem a capacidade dada pelo Espírito e o desejo de servir a Deus ao
oferecer ajuda prática tanto em assuntos espirituais como, principalmente,
materiais.
8.
O CONTRIBUINTE.
a)
É a pessoa que atende às necessidades financeiras dos seus companheiros crentes
e dos ministros da igreja. Tem a capacidade dada pelo Espírito e o desejo de
servir a Deus ofertando recursos materiais, muito mais do que o dinheiro, para
promover o trabalho de Deus.
9.
O ADMINISTRADOR.
a)
É a pessoa que dirige a igreja e seus ministérios. Tem a capacidade dada pelo
Espírito e o desejo servir a Deus ao organizar, administrar, promover e dirigir
os vários negócios da igreja
EVANGELISMO PESSOAL
DEFINIÇÃO - É a obra de falar
de Cristo aos perdidos individualmente. Um apelo pessoal, sábio e jeitoso,
proveniente de uma vida santa, quase sempre será bem sucedido no exercício da
suprema tarefa da Igreja, que, é a evangelização do mundo.
I. A BÍBLIA E A EVANGELIZAÇÃO PESSOAL.
A. COMO USAR A PALAVRA DE
DEUS.
Aquele que deseja ganhar
almas para Cristo deve conhecer bem a Bíblia, isto é, deve ter dela um razoável
conhecimento prático. Não basta, entretanto, ter esse conhecimento. É preciso,
também saber usá-lo. Algumas sugestões de caráter geral sobre o uso da Bíblia,
e de igual utilidade em todos os casos:
1 - Marcar Passagens da
Bíblia
O ganhador de almas deve
munir-se de uma boa tradução da Bíblia e dedicá-la especialmente ao seu
trabalho. Convém sublinhar cuidadosamente, com tinta vermelha, as passagens
escolhidas para serem usadas. Este método tem um valor psicológico. A tinta
vermelha grava-se na mente da pessoa, e enquanto essa impressão perdurar, ela
não esquecerá as palavras.
2 Levar as pessoas a ler as
passagens.
Convém levar a pessoa com
quem se fala a ler ela mesma, a passagem na Bíblia, de preferência em voz alta.
Se o evangelizando não souber ler, então a pessoa que procura ganhá-lo pode
ler. Em certos casos, a pessoa que procura ganhar outra para Cristo, não poder,
por qualquer circunstância, apresentar o verso na Bíblia, cite-o apenas. Em tal
caso é bom proceder a citação do verso com indicação do lugar na Bíblia onde
ela se encontra.
3. Usar poucas passagens
É muito recomendável
selecionar duas ou três passagens sobre os pontos vitais. Tais como o pecado, a
fé e a confissão, que certamente serão considerados ao falar-se com alma
perdida. Aquele que aspira ganhar almas deve familiarizar-se com esses versos
de modo a poder usá-lo a qualquer momento e com toda a habilidade.
4. Levar a pessoa a meditar
Não cabe ao ganhador de almas
apenas levar a pessoa a ler as passagens Bíblicas, mas é necessário levá-la a
meditar no que leu e a aplicar o ensino bíblico a si mesmo. Depois de lida ou
citada a passagem, o ganhador de almas deve perguntar à pessoa. “O que Deus nos
fala através deste verso “. Se não houver resposta, ou se a resposta não for
satisfatória, deve insistir até que a pessoa responda satisfatoriamente assim
se condene a si mesma. Depois virá a pergunta de aplicação, aquela que vai
levar a pessoa a aplicar a verdade afirmada no texto a sua própria alma.
5 Manter-se em espírito de
oração
O poder da Bíblia advém do
fato de que ela é um instrumento usado pelo Espírito Santo. Assim sendo, o
ganhador de almas não deve limitar-se a oferecer a pessoa com quem fala o texto
que deve ler; tampouco deve satisfazer-se em levá-la a meditar profundamente no
assunto. Até aqui, ainda estará apenas na superfície do problema vital de sua
salvação. Sempre que possível, é bom orar com a pessoa. Mas, mesmo que tal
coisa seja impraticável, o ganhador de almas, enquanto fala com ela, deve
manter-se em espírito de oração.
B. PASSAGENS FUNDAMENTAIS
Em outras partes desta
apostila, várias passagens são citadas para certos casos particulares. Aqui,
porém, estão relacionadas algumas passagens que seriam de grande utilidade na
generalidade dos casos:
1. Para produzir a convicção
do pecado;
• Is 53.6; Rn. 3.10.23; Mt.
22.37-38; Jo 3.16
Jo 3.19: “A condenação é
esta, que a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a
luz, porque suas obras eram más.”
Peça à pessoa que leia a
passagem ou cite-a e em seguida pergunte-lhe sucessivamente:
• O que os homens amaram?
• O que rejeitaram por amor as trevas?
• O que é melhor: a luz ou as trevas?
• Por que escolheram as trevas?
• Se o homem escolher um caminho, pode Deus obrigá-lo a
seguir outro?
• Que é condenação?
• Foi Deus que escolheu as trevas para o homem ou foi o
próprio homem quem a escolheu?
• Quem é então culpado? Deus ou o homem?
Depois que a pessoa condenar
o homem por seu procedimento, pode-se levar a inquirição a um terreno mais
íntimo e pessoal:
• E o senhor?
• Que está escolhendo agora?
• As trevas ou a luz?
• Sua consciência testifica que está fazendo o melhor que
pode?
• O senhor está procurando saber a vontade de Deus?
• Está cumprindo essa vontade?
• Dedica seu tempo aos cultos?
• Ou ao mundo?
• Portanto, se sua alma se perder, é Deus o responsável ou é
o senhor mesmo?
• Se um homem nesta vida prefere as trevas, estará preparado
para a luz, no além?
• Não lhe parece razoável que continuemos no além a vida que
aqui vivemos?
2. Para Produzir Fé e Trazer
Salvação
Is. 53.6; II Tm. 1.15; I Pe.
2.24; I Tm. 2.5•
Atos 4.12 “E em nenhum outro
há salvação porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os
homens pelo qual devemos ser salvos.”
Este verso pode ser usado com
as pessoas que julgam que todas as religiões são boas. Depois de fazer-se a
pessoa ler o verso, convém perguntar:
• “Há salvação em todos os nomes” ou “em qualquer nome?
• Qual o único nome capaz de salvar?
• Este nome salvará mesmo os que não queiram recebê-lo Ou
salvará só os que o procuraram?
• O senhor está procurando este nome?
• Ou acha que será salvo mesmo sem aceitar a Jesus?
• Quer aceitá-lo agora?
3. Para levar à confissão
decisiva
Mt. 10:32,33; Rm. 10.9.10
Mostrar-se a pessoa que uma forma de dizer a mentira é não dizer verdade
conhecida. Assim também uma forma de negar a Cristo é não confessá-lo diante
dos homens. Precisamos, pois, por palavras, obras e vida confessar a Cristo
diariamente, a cada momento diante do mundo.
DIREÇÃO DE CULTOS
1º) CULTO DE ORAÇÃO
O Culto de oração é
essencialmente para crentes. Às vezes a presença de pessoas não crentes nele se
admite.
O Cuidado na direção dos
cultos de oração deve ser de primeira ordem, pois nestes cultos o povo de Deus
vem buscar soluções para os seus problemas. Nele se fazem pedidos muitas vezes
angustiosos, mas a ordem deve ser observada.
É costume dos Filhos de Deus
que todos unânimes orem a Deus nas reuniões. Isto é agradável e salutar, pois
oferece a cada um a liberdade de apresentar a Deus os seus pedidos. Pode ainda
agradecer e louvar a Deus por todas as benções recebidas. Mas também é bíblico
que essa liberdade não deve levar os crentes a uma gritaria carnal, que dá má
impressão. Conforme relata no livro de Atos os crentes em Jerusalém todos
“unânimes levantaram a voz a Deus”, mas também devemos meditar no fato de que,
apesar de terem levantado a sua voz a Deus, todos ouviram o que se dizia (At.
4.24,31) e a oração foi tão poderosa, que moveu o lugar em que estavam
reunidos, e todos foram cheios do Espírito Santo.
2º) CELEBRAÇÃO DA SANTA CEIA
DO SENHOR:
A Ceia do Senhor é um
memorial que representa a mais sublime festa da igreja aqui na terra. É um ato
por demais solene, e quem o oficia deve Ter o pleno conhecimento bíblico acerca
dele.
0 Textos bíblicos que falam
do ato: (Mt.26.26; Mc. 14.22-26; I Cor. 11.23-32).
1 Qual o intervalo estipulado
na bíblia para se realizar a Santa Ceia? Jesus disse: “Todas às vezes”
• Em nosso caso especifico uma vez por mês (1º domingo dia do
mês).
2 O que fazer com o pão e o
vinho que sobrou? ... Diluir em águas correntes.
3 Quem deve participar da
Santa Ceia? – Todos os crentes batizados nas águas e em comunhão com a igreja.
4 Pessoas de outras
denominações também podem ceiar conosco? Lembre-se a Santa Ceia é do Senhor.
CELEBRAÇÃO DE NOIVADO
Ficar noivo é o costume
adotado na nossa sociedade por quem pretende assumir o casamento. Sugere uma
atitude séria e uma decisão definida dos que resolveram ficarem noivos.
Não é prudente realizar um
culto no templo para realização de um noivado, por se tratar de um ato
estritamente familiar, e entre amigos mais chegados, e nunca no templo, em ato
público, como se fosse um casamento.
Textos bíblicos: Gn. 24.58-61
– Salmo 1.1-3 Pv.16.1 Mt. 18.19 Lc. 6.47-48
Após a leitura, o oficiante
fará uma explanação embasada no texto lido e aproveitará para dizer ao casal
que a responsabilidade agora é muito maior, tanto diante da família como da
sociedade e principalmente diante de Deus. Dirá ainda que o noivado não abre
caminho para a prática de atos amorosos que só são cabíveis dentro do
matrimônio.
Liturgia encontra-se na
Bíblia do Ministro.
CELEBRAÇÃO DE CASAMENTO
Leitura bíblica: Gn. 2.18-24
Hb. 13.1a. Ef. 5.22-33 Jo. 21.11, etc..
Liturgia encontra-se na
Bíblia do Ministro.
FUNERAL
Este cerimonial do ponto de
vista humano é sem dúvida o que menos agrada ao ministro oficiante, porém não
se deve fugir ao dever do oficio. Cabe, portanto, ao oficiante da cerimônia
fúnebre observar as seguintes recomendações:
a) Conhecer a condição
espiritual e o testemunho da pessoa falecida, a fim de evitar pronunciamentos
inverídicos que possa criar constrangimentos.
b) Conhecer os membros da
família antes de iniciar a cerimônia.
c) Conhecer o local e horário
do sepultamento com segurança.
d) Iniciar a cerimônia sempre
com uma oração.
e) O tom de voz deve ser
moderado – Nunca como se estivesse pregando numa cruzada evangelística ou no
púlpito
f) Leitura da palavra: I
Ts.4.13-18 II Co. 1.5-7; 5.1-10 I Co.14.39-55 Apoc.14.13; 21.3-4 etc.
g) Estabelecer limite de
tempo para a palavra.
h) Os cânticos só deverão ser
entoados com autorização da família. Nunca por iniciativa do oficiante ou de
pessoas alheias a família, para evitar que alguém se sinta ferido.
i) Os cânticos devem ser
entoados em tom baixo e evitar retete.
Liturgia encontra-se na
Bíblia do Ministro.
UNÇÃO COM ÓLEO
A unção com óleo tem sido
matéria duramente discutida por alguns ministérios, e muitas polêmicas têm se
levantado em torno do assunto. Não será necessário fazer qualquer comentário em
torno do assunto, visto que a bíblia define com clareza este tema não deixando
qualquer brecha.
Ao abrirmos o livro de Tiago
5.14-15 – e analisarmos o texto, temos de explicar o seguinte:
a) A unção é praticada pelos
presbíteros (os pastores são também chamados de presbíteros obreiros
autorizados).
b) Não se deve sair
oferecendo unção. A bíblia diz “Chame os presbíteros.”.
c) Observar se o lugar onde
se encontra o enfermo não oferece impedimento para efetivação do ato (Às vezes
o estado do enfermo exige cuidados rigorosos do médico, e nestes casos é
prudente comunicar ao médico.
d) O local da unção
(aplicação do óleo), não é o da enfermidade. Estamos autorizados a ungir o
enfermo e não a enfermidade (a enfermidade pode ser contagiosa).
e) Fazer o enfermo beber óleo
e um procedimento totalmente extra bíblico. Deus não se acha na obrigação de
responder pelas ações que se praticam fora do contexto bíblico. (verificar
prescrição medica)
f) É necessário que se diga
ao enfermo que o óleo é usado tão-somente como um símbolo do Espírito Santo e
quem tem a virtude de curar é a oração da fé.
CULTO NOS LARES
O culto nos lares é sem
dúvida uma das melhores oportunidades que a igreja dispõe para evangelização.
Faz-se necessário que o responsável pela sua realização esteja preparado para
tal fim. Neste culto comparecem os vizinhos não crentes, irmãos de outras
denominações e neste culto vocês deveram seguir as seguintes recomendações:
a) Iniciar sempre no horário
marcado
b) Não fazer acepção de
pessoas, ao cumprimentá-los, exemplo, cumprimentar os irmãos em Cristo com a
paz do Senhor e outros com boa noite, ou, A paz do Senhor para os irmãos e os
ouvintes um boa noite de salvação. A saudação deve ser igual para todos.
c) Ao iniciar a oração na
residência, somente a pessoa incumbida da oração deve orar. Os demais devem
ficar em espírito, ouvindo, ou confirmando com a expressão Amém.
d) Não falar sobre
fotografia, ou imagens de adoração sobre a parede, muito menos, solicitar para
que retire. (Exceto em casos de uma revelação, no mais ensine que decisão é da
pessoa)
e) Não se envolver em
assuntos doutrinários, que cabe ao pastor da igreja.
f) Não falar sobre usos e
costumes.
LITURGIA DA IGREJA LOCAL.
Cultos de segunda, quarta, sexta e sábados.
Início as 19:25hs termino as
21:30hs, sendo assim:
19:25hs ás 19:35hs Oração e
palavra introdutória.
19:35hs ás 20:00hs Louvores
de adoração.
20:00hs ás 20:15hs Corinhos
de avivamento.
20:15hs ás 20:20hs Oração
pelo Brasil, Israel e pregador.
20:20hs ás 20:45hs
Ministração da palavra.
20:45hs ás 21:05hs Oração
forte
21:05hs ás 21:30hs Apelo,
dízimos e oferta, recados e oração final.
Culto de domingo.
Início as 18:55hs termino as
21:30hs, sendo assim:
18:55hs ás 19:05hs Oração e palavra
introdutória.
19:05hs ás 19:30hs Louvores
de adoração.
19:30hs ás 19:45hs Corinhos
de avivamento.
19:45hs ás 19:50hs Apresentações
19:50hs ás 20:00hs Oração
pelo Brasil, Israel e pregador.
20:00hs ás 20:45hs Ministração
da palavra.
20:45hs ás 21:05hs Oração
forte
21:05hs ás 21:30hs Apelo,
dízimos e oferta, recados e oração final.
CELULA. GRUPO DE ESTUDO MODELO IGREJA PRIMITIVA.
1º- Para montar uma Célula em
um lar é necessário à autorização do pastor local e ele te apresentar na casa.
2º- Para ministrar uma Célula
é necessário participar da Célula da igreja local ministrada pelo Pastor Celso
Soares Neto para que os ensinamentos sejam uniformes.
3º- Todos os estudos serão
fornecidos pela igreja local, que seguira o modelo original de nossa sede.
4º-A liturgia será assim: Uma
oração no início, um louvor se quiserem, estudo da apostila, oração final.
5º- Se os membros da Célula
precisarem de libertação, encaminha-los para a igreja local.
6º- Dízimos, ofertas, votos
deveram ser entregues na igreja local.
7º- Nutrir nos membros da
Célula, um desejo de serem membros da igreja local.
8º- Cadastrar os membros da Célula.
Uniforme de nossa igreja
Homens, terno preto liso,
sapato e meias pretas, blusa branca, gravata conforme a função.
Pastor: Amarelo ouro
Presbítero: Cinza
Missionário: Lilás
Diáconos: Verde
Obreiros: Preto
Mulheres, Gravatas segundo o
cargo e uniforme ver modelo na secretaria.
F O T O
|
CONGREGAÇÃO:
JOÃO GOMES CARDOSO
DIREÇÃO: PASTOR CELSO SOARES NETO
NOME:__________________________________________________________________________________
ENDEREÇO:______________________________________________________________________________
CIDADE:___________________________________
CEP:________________________________
(
RESIDENCIAL:___________________________ )CELULAR:___________________________
DATA DE
NASCIMENTO: _____/_____/_____
NATURALIDADE:_____________________________/______
PAI:____________________________________________________________________________________
MÃE:___________________________________________________________________________________
IDENTIDADE:_________________________________ CPF:_______________________________________
ESTADO CIVIL:
______________ ESPOSO(A): ___________________________________________________
UNIU NA
I.P.V.G: ____/____/____ BATISMO: ____/____/___ (
)TANQUE ( )ÁGUAS CORRENTES
ONDE
FREQUENTAVA ANTES DE UNIR NESTA IGREJA: ____________________________________________
POSSUI ALGUM
CARGO NA IGREJA? _____________________ DATA DA CONSAGRAÇÃO_____/_____/____
OBSERVAÇÕES:__________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
TRAZER
JUNTAMENTE COM A FICHA PREENCHIDA:
- XEROX: IDENTIDADE – CPF – COMPROVANTE DE ENDEREÇO
02 (DUAS) FOTOS 2,5 x 2,0
R E C O M E N D A Ç Õ E S
#
Seja pontual no horário de chegar e sair da casa.
#
Ao chegar na casa, reúna com toda a família, se for necessário, separe a
família dos vizinhos e amigos que estiverem presentes na casa, e peça a eles
que permaneçam orando na sala.
#
Peça ao dono da casa para fechar todas as janelas e a porta dos fundos
da casa, deixando apenas a porta da sala aberta.
P R O C E D I M E N T O S
1º “QUEBRA DA UNÇÃO VELHA” :Peça ao dono da
casa para acompanhá-lo em cada cômodo, onde você estará fazendo a oração de
“quebra da unção velha”. Exemplo: água benta, incenso aceso dentro da casa,
velas que foram acesas para as almas, sal grosso, demandas, mandingas, unção
feita de maneira errada por pastores, simpatias, pêndulos, figas, ferraduras
nas portas etc. Pedir ao SENHOR na autoridade do nome de JESUS, que venha
quebrar todas as unções velhas, e que todos os espíritos saiam em nome de
JESUS.
2º “ORAÇÃO
EXPULSANDO (VARREDURA)”: Logo após, pergunte a família o que eles têm sentido ou notado
de diferente dentro da casa. Peça à família para acompanhá-lo novamente de
cômodo em cômodo, onde você estará fazendo a oração, partindo dos cômodos do
fundo para a frente, expulsando e ordenando que todos os demônios saiam em nome
de JESUS.
Obs.: O responsável pela casa deve ir
na frente orando e desafiando, e o líder também estará desafiando e dando
cobertura à família durante a oração da varredura
3º DESFAZER OS
PONTOS DA CASA: Após a oração da varredura, peça aos responsáveis pela casa
para andarem em todos os cômodos, de canto a canto, sem
correr.
Obs.: Pergunte a ele, em qual desses
locais se sente arrepios, bambeza nas pernas, pontada na cabeça, dor na coluna,
crise de desespero, peso no corpo, tonteira, medo, etc. Peça para que a pessoa
que fique no local onde se sente mal e expulse ordenando que satanás tire os
pontos e saia em nome de JESUS. Peça a pessoa para dar uns passos para trás e
pingue do alto uma gota de azeite no lugar falando: “O Reino de Deus chegou
nesta casa”. Proceda dessa maneira em todos os cômodos.
4º UNÇÃO RASTEIRA –
ATO PROFÉTICO: Com o responsável pela casa te acompanhando, ministre a unção em
cima dos rodapés em todos os cantos da casa.
Obs.: O líder da visita não dever pôr
a mão para arrastar nenhum móvel, peça a alguém da casa para fazê-lo.
5º COLOQUE A UNÇÃO
EM VALIDADE: 1-Reúna a família na sala e faça uma oração colocando a unção
do ato profético em validade e ministre toda a sorte de vitória sobre a família
e faça a unção nos familiares presentes.
2-Peça a família para darem as mãos e
façam uma oração individual, com suas palavras, dependendo do problema, o que
ele quer que o SENHOR faça a partir daquele momento. O líder da visita estará
concordando com esta oração e ligando-a no céu.
3-Profetize sobre a família dizendo
que a partir daquele dia eles verão muitas bênçãos na vida deles. E que este, é
o primeiro passo que vocês estão dando, e que é preciso que eles façam mais 6
(seis) passos na igreja, através de uma campanha.
4-Logo após, fale sobre os cultos da
igreja direcionando a família ao culto apropriado, mostre para eles que eles
estão sem proteção espiritual, que no decorrer da campanha eles terão cobertura
espiritual e DEUS vai concretizar a libertação. Deixe claro que, para a
libertação total, eles terão que ir aos cultos na igreja.
D E C L A R A Ç Ã O
Após um estudo minucioso de
toda a apostila de obreiro aprovado e respondido o questionário eu declaro
estar de acordo com as normas, ensinos, observações e pré-requisitos
estabelecidos, prometo perante DEUS e os obreiros e membros desta igreja a ser
um obreiro fiel, cumpridor da palavra de DEUS e a normas estabelecidas.
OBREIRO (A)
NOME COMPLETO:
________________________________________________________
IDENTIDADE:_______________________________________
DATA:_____/_____/_____
ASSINATURA:_____________________________________________________________
CONJUGE SE FOR OBREIRO (A)
NOME COMPLETO:
________________________________________________________
IDENTIDADE:_______________________________________
DATA:_____/_____/_____
ASSINATURA:_____________________________________________________________
FILHOS SE FOREM OBREIROS (AS)
NOME COMPLETO:
________________________________________________________
IDENTIDADE:_______________________________________
DATA:_____/_____/_____
ASSINATURA:_____________________________________________________________
NOME COMPLETO:
________________________________________________________
IDENTIDADE:_______________________________________
DATA:_____/_____/_____
ASSINATURA:_____________________________________________________________
Q U E S T I O N Á R I O
ATENÇÃO!
Leia cada afirmação abaixo e decida como cada uma diz respeito a você: * Se a
afirmação for 75% a 100% verdadeira em relação a você, marque um X no número
1
(= Quase sempre) que vem logo abaixo afirmação. * Se a afirmação for 40% a 70%
verdadeira em relação a você, marque um X no número
2
(= Ocasionalmente) que vem logo abaixo da afirmação. * Se a afirmação for menos
do que 40% verdadeira em relação a você, marque um X no número
3
(= Raramente) que vem logo abaixo da afirmação. Observação: este é um
questionário de auto avaliação e não uma prova. Não há respostas certas ou
erradas; por- tanto, procure deixar suas respostas refletir suas próprias
opiniões. A maioria das afirmações lida com os teus senti- mentos e desejos.
Seja sincero ao respondê-las. Não vá logo marcando um número qualquer; reflita
bem cada afirmação.
Não
se esqueça, marque:
Nº
1, para “QUASE SEMPRE”.
Nº
2, para “OCASIONALMENTE”.
Nº
3, para “RARAMENTE”.
01.
Tenho uma paixão profunda pelas almas perdidas?
¹ ² ³
02.
Coloco grande importância no arrependimento?
¹ ² ³
03.
Acha que tenho discernido bem os motivos de outras pessoas? ¹
² ³
04.
Quando falo, desejo despertar as consciências dos outros? ¹
² ³
05.
Tenho forte desejo natural de estudar a palavra de Deus? ¹
² ³
06.
Coloco grande importância na educação?
¹ ² ³
07. Quando faço alguma coisa, gosto de ver resultados “tangíveis” dos
meus esforços? ¹ ²
³
08.
Estou pronto a assumir uma responsabilidade pessoal, de longo prazo, na batalha
espiritual de um grupo de crentes?
¹ ² ³
09.
Quando falo para um grupo, minha mensagem gira em torno de tópicos e não de
estudos “versículo por versículo”?
¹ ² ³
10.
Sou uma pessoa centralizada, preciso muito de relacionar-me com outras pessoas
em minha vida? ¹ ² ³
11.
Falo calmamente? ¹ ²
³
12.
Sou paciente, mas pronto para atender as necessidades dos outros
rapidamente? ¹ ²
³
13.
Fico contente em realizar tarefas de rotina na igreja para a glória de
Deus? ¹
² ³
14.
Estou envolvido numa variedade de atividades que ajudam outras pessoas? ¹
² ³
15.
Estaria mantendo a mim mesmo e aos meus negócios bem organizados? ¹
² ³
16.
Tenho compromisso em sustentar a obra missionária? ¹
² ³
17.
Tomo decisões baseadas estritamente em fatos e dados comprovados? ¹
² ³
18.
Comunico metas de uma forma que outras pessoas possam realizá-las? ¹
² ³
19.
Creio que a salvação é o maior dom de todos?
¹ ² ³
20.
Algumas pessoas acham que o meu modo de testemunhar é agressivo? ¹
² ³
21.
Tenho facilidade de levar outras pessoas a pedirem perdão pelos seus pecados e
deixá-las felizes e bem com Deus? ¹ ² ³
22.
Sinto necessidade de corrigir os pecados das pessoas? ¹
² ³
23.
Gosto de usar visuais e livros para auxiliar-me quando estou falando? ¹
² ³
24.
Sempre pondero a melhor maneira de fazer e dizer as coisas? ¹
² ³
25.
Acho que sou uma pessoa muito prática?
¹ ² ³
26.
Sou capaz de ajudar as pessoas quando elas têm problemas pessoais? ¹
² ³
27.
Tenho disposição para passar horas em oração em favor de outras pessoas? ¹
² ³
28.
Gosto de envolver-me com a batalha espiritual dos outros; sou protetor? ¹
² ³
29.
Tenho facilidade para expressar meus sentimentos? ¹
² ³
30.
Sinto uma profunda preocupação para confortar outros? ¹
² ³
31.
Sinto-me bem quando estou fora dos olhares das pessoas? ¹
² ³
32.
Sinto-me preocupado com as necessidades físicas dos outros? ¹
² ³
3.
Quando oferto, gosto que seja um assunto íntimo entre eu e Deus? ¹
² ³
34.
Sou sensível às necessidades financeiras e materiais dos outros? ¹
² ³
35.
Trabalho centrado em alvos e não em pessoas ou assuntos? ¹
² ³
36.
Trabalho melhor sob pressão? ¹ ²
³
37.
Sinto desejo de alcançar os perdidos, mesmo que eles sejam pessoas totalmente
estranhas? ¹ ²
³
38.
Gosto mais de testemunhar do que fazer outra coisa? ¹
² ³
39.
Fico impaciente com as atitudes erradas das pessoas? ¹
² ³
40.
Sou desorganizado e preciso depender dos outros para me encaixar num
esquema? ¹ ²
³
41.
Tenho um sistema organizado para guardar acontecimentos, ilustrações e
fotos? ¹ ²
³
42.
Preocupo-me mais com o conteúdo do material do que com a pessoa ou tarefa? ¹
² ³
43.
Quando estudo a Bíblia, fico mais interessado nas áreas práticas? ¹
² ³
44.
Considero muito importante a vontade de Deus?
¹ ² ³
45.
Preocupo-me em ver os outros aprender e crescer? ¹
² ³
46.
Oriento-me mais com o relacionamento das coisas e pessoas do que com as tarefas
em si? ¹ ²
³
47.
Simpatizo e sensibilizo-me facilmente com os outros? ¹
² ³
48.
Outras pessoas pensam que sou fraco por causa da minha falta de firmeza? ¹
² ³
49.
Gosto de trabalhar com as minhas próprias mãos?
¹ ² ³
50.
Sempre deixo as pessoas falarem comigo sobre coisas que não quero fazer? ¹
² ³
51.
Estou sempre pronto a ofertar se existir uma necessidade válida? ¹
² ³
52.
Sou capaz de tomar decisões rápidas no que diz respeito às finanças? ¹
² ³
53.
Faço as coisas prontamente; tomo decisões rapidamente? ¹
² ³
54.
Sonho grandes sonhos embora nem sempre compartilhe eles com os outros? ¹
² ³
55.
Tenho uma compreensão clara da mensagem do evangelho e posso aplicá-la aos
outros facilmente? ¹ ²
³
56.
Sou socialmente ativo e sinto-me bem ficar junto com as pessoas? ¹
² ³
57.
Preciso verbalizar (falar) minha mensagem, nunca fico contente somente
escrevendo-a? ¹ ²
³
58.
O que falo sempre é urgente e quero que outros tomem decisões rápidas? ¹
² ³
59.
Às vezes, gostaria mais de escrever, porém preciso ensinar porque outros não
apresentariam corretamente o meu material?
¹ ² ³
60.
O uso de um versículo fora do seu contexto me deixa entristecido? ¹
² ³
61.
Resolvo os problemas através de atitudes tomadas passo a passo? ¹
² ³
62.
Questiono o conteúdo de estudos doutrinários profundos? ¹
² ³
63.
Protejo muito quem fica sob os meus cuidados?
¹ ² ³
64.
Ensinar o mesmo assunto várias vezes é maçante para mim? ¹
² ³
65.
Tento sempre aparentar amor? ¹ ²
³
66.
Sou propenso a agir mais sob emoções do que pela lógica? ¹
² ³
67.
Fico comovido quando sou exortado a servir à igreja? ¹
² ³
68.
Gosto de atender as necessidades imediatamente?
¹ ² ³
69.
Quando oferto, gosto que seja uma boa oferta?
¹ ² ³
70.
Outras pessoas pensam que sou materialista por causa da importância que coloco
sobre o dinheiro? ¹ ²
³
71.
Delego quando e onde for possível, mas sei quando e onde não posso? ¹
² ³
72.
Estou pronto a cumprir tarefas impossíveis para Deus? ¹
² ³
73.
Sinto grande alegria em ver homens e mulheres vindo à Cristo? ¹
² ³
74.
Creio que ganhar almas é a maior responsabilidade dada a todo crente? ¹
² ³
75.
Gosto de falar em público e o faço com ousadia?
¹ ² ³
76.
Preocupo-me em memorizar a Bíblia?
¹ ² ³
77.
Tenho a tendência de questionar o conhecimento daqueles que me ensinam? ¹
² ³
78.
Outros me acusam de ser muito detalhista?
¹ ² ³
79.
Sou capaz de mobilizar outros? ¹ ²
³ 80. O
ensino só teórico me aborrece? ¹ ² ³
81.
Sinto desejo de orientar aqueles que estão sob os meus cuidados? ¹
² ³
82.
Sou capaz de estudar o que for necessário a fim de “alimentar” aqueles que
trabalham comigo? ¹ ²
³
83.
Meu coração sente piedade pelo pobre, o idoso, o doente, os desprivilegiados,
etc.? ¹
² ³
84.
Pareço atrair pessoas magoadas e também as felizes? ¹
² ³
85.
Enquanto alguns ficam falando sobre ajudar as pessoas, eu ajudo logo? ¹
² ³
86.
Sou rápido em atender a necessidade de prestar ajuda? ¹
² ³
87.
Procuro saber se a minha oferta está sendo usada adequadamente? ¹
² ³
88.
Julgo o sucesso dos outros pela quantia de bens materiais deles? ¹
² ³
89.
Quero ser um vencedor, mas não suporto perder?
¹ ² ³
90.
Sou capaz de tomar soluções rápidas e sustentá-las? ¹
² ³
91.
Quando testemunho para um não crente, sempre faço força para ele tomar uma
decisão rápida? ¹ ²
³
92.
Outros pensam que estou mais interessado em números do que em pessoas? ¹
² ³
93.
Preciso ser convencido de que estou errado antes de concordar com a
pessoa? ¹ ²
³
94.
Estudar, planejar não é o meu forte; confio nos outros para que as
circunstâncias “trabalhem” ao meu favor? ¹
² ³
95.
Acho o ensino de outros professores difícil de ministrar, gostaria de
desenvolver os meus próprios? ¹ ² ³
96.
Ponho grande ênfase na pronúncia de cada palavra quando falo em público? ¹
² ³
97.
Outras pessoas pensam que não sou evangelista por causa da minha ênfase sobre o
crescimento espiritual de cada crente?
¹ ² ³
98.
Sou acusado de não usar bastante a Bíblia quando ensino? ¹
² ³
99.
Gosto de fazer uma variedade de atividades sem ter que me prender a uma
só? ¹
² ³
100.
Percebo a mim mesmo como um pastor?
¹ ² ³
101.
Sou uma pessoa emotiva, choro facilmente?
¹ ² ³
102.
Identifico-me emocionalmente e mentalmente com os outros? ¹
² ³
103.
Algumas pessoas pensam que negligencio as necessidades espirituais? ¹
² ³
104.
Gosto de trabalhos mecânicos e rotineiros da igreja (limpeza, arrumação,
recepção, portaria, etc.)? ¹ ² ³
105.
Avalio a espiritualidade dos outros pela quantidade de contribuição deles? ¹
² ³
106.
Outros pensam que tento controlá-los com o meu dinheiro? ¹
² ³
107.
Quando não há liderança num grupo eu a assumo?
¹ ² ³
108.
Tenho habilidade para organizar e harmonizar a pessoas com as quais
trabalho? ¹ ² ³
SISTEMA PARA CONTAR OS PONTOS
Conte
os pontos obtidos em cada um dos MINISTÉRIOS usando a tabela abaixo. Para fazer
isso, primeiro colo- que do lado de cada resposta referente ao Ministério, o
ponto obtido em cada resposta dada por você: * Se marcou 1 (= quase sempre),
você ganhou 2 (dois) pontos. * Se marcou 2 (= ocasionalmente), você ganhou
1(um) ponto. * Se marcou 3 (= raramente), você não ganhou ponto. Some os pontos
obtidos em cada resposta e você achará o total de pontos da cada Ministério. O
Ministério que obtiver maior número de pontos será o PREDOMINANTE em tua vida
cristã. Mas lembre-se, este questionário não é um teste para revelar a você
qual é o teu dom espiritual. Mas ajudará ver como você serve a tua igreja local
que é o único meio legítimo de determinar teu dom espiritual.
A
SEGUIR: TABELA PARA CONTAR OS
PONTOS
EVANGELISMO
Afirmações/Pontos. 01. __ 02. __
19. __ 20. __ 37. __ 38. __ 55. __ 56. __ 73. __ 74. __ 91. __ 92. __ Pontos
ganhos: ____
---------------------------------------------
PROFECIA
Afirmações/Pontos.
03.
__ 04. __ 21. __ 22. __ 39. __ 40. __ 57. __ 58. __ 75. __ 76. __ 93. __ 94.
__ Pontos ganhos: ____
-----------------------------------------
ENSINO
Afirmações/Pontos
05.
__ 06. __ 23. __ 24. __ 41. __ 42. __ 59. __ 60. __ 77. __ 78. __ 95. __ 96. __
Pontos ganhos: ____
---------------------------------------------
EXORTAÇÃO
Afirmações/Pontos.
07.
__ 08. __ 25. __ 26. __ 43. __ 44. __ 61. __ 62. __ 79. __ 80. __ 97. __ 98. __
Pontos ganhos: ____
---------------------------------------------
PASTORADO
Afirmações/Pontos.
09.
__ 10. __ 27. __ 28. __ 45. __ 46. __ 63. __ 64. __ 81. __ 82. __ 99. __ 100.
__ Pontos ganhos: ____
-----------------------------------------
MISERICÓRDIA
Afirmações/Pontos.
11. __
12. __ 29. __ 30. __
47. __ 48. __ 65. __
66. __ 83. __ 84. __ 101. __ 102. __ Pontos ganhos:
____
-----------------------------------------
DIACONIA
Afirmações/Pontos.
13. __
14. __ 31. __ 32. __
49. __ 50. __ 67. __
68. __ 85. __ 86. __ 103. __ 104. __ Pontos ganhos:
____
---------------------------------------------
CONTRIBUIÇÃO
Afirmações/Pontos.
15. __
16. __ 33. __ 34. __
51. __ 52. __ 69. __
70. __ 87. __ 88. __ 105. __ 106. __ Pontos ganhos:
____
-------------------------------------------
ADMINISTRAÇÃO
Afirmações/Pontos.
17. __
18. __ 35. __ 36. __
53. __ 54. __ 71. __
72. __ 89. __ 90. __ 107. __ 108. __ Pontos ganhos:
____
----------------------------------
ANOTE:
Meu
Ministério Predominante é:_______________________________
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