A Importância da Santa Ceia para a Igreja de Cristo
A Importância da Santa
Ceia para a Igreja de Cristo: A Ceia do Senhor Jesus, é uma das Festas mais
solene da Igreja, de muitíssima importância. A sua importância relaciona-se com
o passado, o presente e futuro.
Sua importância no Passado: É um ato
«memorial» (gr. anamnesis) da morte de Cristo no Calvário, para nos remir da
condenação (Luc 22.19; 1 Cor 11.24-26). «...Fazei isto em memória de mim...».
Este é um importante elemento na Ceia do Senhor Jesus. Trata-se de uma memorial
em face de tudo quanto Cristo foi e fez pelos homens, sobre tudo em sua
expiação. Umas das funções da Ceia do Senhor Jesus é de fazer-nos lembrar a
redenção que possuímos através de Cristo, que estende potencialmente a todos os
homens, tal como a páscoa levou a nação de Israel a lembrar-se de sua redenção
da servidão no Egito. Na celebração da Santa Ceia, as nossas mentes se voltam
para o Calvário, relembrando do Sacrifício de Jesus, em nosso favor. Embora,
que em todo tempo devemos lembrar-nos deste Santo Sacrifício, todavia, temos um
dia especifico e oportuno para esta comemoração e meditação. É também um ato de
«ação de graças» (gr. eucharistia) pelos benefícios provenientes do sacrifício
de Jesus Cristo (Mat 26.27,28; Marc 14.23; Luc 22.19). «...Fazei isto...», isto
é, «repeti este rito memorial, em lembrança de minha pessoa». Cumpre-nos
relembrar tudo quanto Cristo fez em prol da humanidade, na redenção e na
esperança que Ele nos trouxe; não permitamos que a sua vida seja vã para
conosco, reconheçamos a importância da mesma. Tudo isso devemos perenemente
relembrar.
A ordenança sobre o
elemento «memorial» da Ceia do Senhor Jesus, é levada a efeito para mostrar
Cristo aos homens, para conservá-lo na lembrança dos crentes, e, sobretudo para
relembra a «morte» de Cristo. É importante conservar o seu sacrifício
expiatório perante os olhos dos homens. Este «memorial» entrou em vigor desde
que Cristo encerrou a última refeição pascal com os seus discípulos, até à sua
vinda. Por conseguinte, a Ceia do Senhor Jesus é uma forma especial de «ação de
graças», pelo dom inefável de Jesus Cristo, o Redentor de todos os homens.
Sua importância no Presente: A Santa Ceia
expressa a nossa «comunhão» (gr. koinonia) com Cristo e, de nossa participação
nos benefícios oriundos da Sua morte sacrificial e ao mesmo tempo expressa a
nossa «comunhão» com os demais membros do Corpo de Cristo (1 Cor 10.16,17). A
Santa Ceia, a mesa do Senhor Jesus é o lugar onde Cristo, o hospedeiro, se
encontra com os remidos, é a mesa onde os dons preciosíssimos são dados e
recebidos. É o lugar onde Cristo se identifica com a necessidade humana, a
verdadeira necessidade, a necessidade da alma. A Santa Ceia é o símbolo da nossa
união com Cristo. É o sinal externo e visível de uma graça interna e invisível.
A Santa Ceia é uma festa de «ação de graças» onde rompemos em louvor a Cristo.
Lembre-nos que a Mesa é do Senhor Jesus, Ele é quem nos convida a participar
deste ato glorioso, foi Ele que se ofereceu e se entregou por nós, o convite é
de Cristo, o hospedeiro, nós somos os seus convidados. Que glorioso é saber que
Cristo não está ausente, mas presente conosco, de uma forma tão tremenda, que
dEle participamos, ao comermos do pão e bebermos do suco da videira, os
elementos que representam essa comunhão.
Sua importância no Futuro: A Santa Ceia é
um ato que antevê a volta iminente de Jesus Cristo para arrebatar a Sua Igreja
e, um antegozo em podermos participar com Cristo, na Ceia das Bodas do Cordeiro
(esta Ceia não é literal, mas figurada, espiritual, mística, pois lá (no reino
celestial) não existe nem pão e nem suco de uva, (Luc 22.17,18,30; Apoc 19.9)).
Uma das expectações de Paulo com relação à vinda de Cristo era a comemoração da
Ceia do Senhor Jesus, quando esperançoso ele disse aos coríntios: «Porque todas
as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do
Senhor, até que ele venha» (1 Cor 11.26).
«...anunciais a morte
do Senhor, até que ele venha». Cristo foi arrebatado de nós em sua presença
física. Mas até mesmo essa sua presença física nos será restaurada. Paulo vivia
na expectação diária desse acontecimento, visto que não esperava o grande
intervalo da era da Igreja, que já se prolonga por quase vinte séculos.
Mediante a adição destas palavras, ele determinou a prática contínua da
ordenança da Ceia do Senhor, até à restauração da presença visível do Senhor
Jesus. Isso ensina a «perpetuidade» desse rito; e vai de encontro a
interpretação dos «hiperdispencionistas», os quais ensinam que o batismo em
água e Ceia do Senhor Jesus não tinha por intuito fazer parte das atividades
permanentes da era da Igreja, mas antes, que deveriam ser eliminados, como
sucedeu a todos os ritos e cerimônias, a fim de que a pura graça reinasse sem
quaisquer ordenanças que simbolize a fé cristã. Mateus (o único entre os
evangelhos sinópticos) concorda com Paulo sobre o sabor escatológico e
profético da Santa Ceia (Mat 26.29; 1 Cor 11.26). Nela não só exibimos a morte
do Senhor Jesus, «até que ele venha», mas também pomo-nos a meditar o sobre o
tempo em que ele voltará para celebrar a Sua Santa Comunhão com os que lhe
pertence, em seu reino glorioso. Cada celebração da Ceia do Senhor Jesus é uma
prelibação e antecipação profética do grande banquete de casamento que está
sendo preparado para a Igreja.
As bênçãos e a segurança para aqueles que celebram a Santa Ceia
O Sacrifício de Jesus
Cristo e a Santa Ceia estão inseparavelmente ligados. Consideramos que A Ceia
do Senhor Jesus é um a «Festa espiritual em torno do Seu Sacrifício» (1 Cor
10.14-22). «Em memória de mim...» (Luc 22.19; 1 Cor 11.25,26). Visto que o
sacrifício de Cristo tem que ser espiritualizado em tantos pontos, a linguagem
acerca da Festa em torno de Seu sacrifício é indubitavelmente espiritualizada
também, mas não deve ser despida do seu significado. Não participamos de um
Cristo meramente físico, mas do Cristo Glorificado, o Deus que se encarnou. O
modo pelo qual Cristo se mostra disponível para a nossa participação sobre a
terra, hoje em dia, é presumivelmente na qualidade de Espírito Santo (João
14.16,17; 1 Cor 3.16).
Semelhantemente, quando
Jesus tomou o pão e o vinho (fruto da vide) e deu aos Seus discípulos, dizendo:
«Fazei isto em memória de mim», não estava simplesmente a exortá-los para que
mantivessem boa comunhão entre si, mas estava transmitindo um rito mediante o
qual podiam mostrar em símbolo a Sua Presença Eterna com a Sua Igreja. Assim é
que a Igreja tem aceitado o simbolismo das ordenanças; o Batismo em Águas
correntes em nome do Pai, Filho e Espirito Santo e a Ceia do Senhor Jesus. No
pão e no vinho (fruto da vide) o adorador recebe mediante a fé, o verdadeiro
Corpo e o Sangue de Cristo. Porque celebrar a Santa Ceia é participar de tudo o
que Cristo fez por nós. Nas águas do Batismo simbolicamente significa a
identificação da pessoa com Jesus Cristo na Sua morte, sepultamento e
ressurreição e também o seu ingresso no Corpo de Cristo, externando que a
pessoa é Igreja de Cristo (Rom 6.3-5; Col 2.12). Com essas ações a Igreja
simboliza sua fé; mediante disto, as ordenanças não são apenas ilustrações,
«mas também canais prescritos para a recepção da graça Divina» Enquanto estamos
neste mundo, as ordenanças e os símbolos são necessários. Somente um espírito
desencarnado é que pode ignorar estes fatos. O cristianismo é uma religião
espiritual e mística, mas, todavia, que tem os seus símbolos, que representam a
verdade acerca do Cristianismo.
Por isto, ao celebrarmos
a Ceia do Senhor Jesus de modo correto e ordeiro, conforme os principio
bíblicos, observando todo o estatuto para dela participarmos, podemos
assegurar:
A) A Nossa genuína comunhão com Jesus
Cristo: Ao participarmos da Santa Ceia estamos garantindo a nossa comunhão com
Cristo, a Cabeça da Igreja. Afinal fomos chamados à comunhão com Jesus Cristo e
através da Santa Ceia, ao participar-se dela é que nós demonstramos e provamos
esta comunhão. A nossa comunhão com Cristo só é assegurada quando participamos
do Seu Corpo e do Seu Sangue, quem não participa do Seu Corpo e do Seu Sangue
não está em comunhão com Ele e, não tem a Vida Eterna (João 6.53–58). Ao
celebrarmos da Santa Ceia, participamos da alegria, da vida, dos sofrimentos e
da Glória de Jesus Cristo (2 Cor 1.3-7; 1 Ped 4.12-14). Afinal vivemos e
participamos de Cristo (2 Cor 5.15). Cristo não é apenas o organizador da
festa; Ele é a própria festa.
B) Nossa participação nos benefícios
provindos do Sacrifício de Jesus Cristo: Na participação do Corpo e do Sangue
de Cristo, demonstramos (tanto internamente como externamente) que seriamente
temos aceitado o Sacrifício de Cristo e, que pela fé, assim fazendo, estamos
compartilhando de todos os Benefícios oriundos daquEle Santo Sacrifício (Rom
3.24,25; 4.25; 5.6-21; 1 Cor 5.7; 10.16; Efés 1.5,7; 2.13; Cl 1.20; Heb 9-10; 1
Ped 1.18-21; Apoc 1.5). Ver o ponto acima.
C) Nossa comunhão com os demais membros do
Corpo de Cristo: Primeiro é preciso termos comunhão com Cristo, a Cabeça do
Corpo, mas também se faz necessário em ter comunhão como os demais membros do
corpo de Cristo, a Sua Igreja (Atos 2.42: Filip 1.22; Col 1.18; 1 João 1.7). Ao
celebrarmos a Santa Ceia de Cristo comprovamos a nossa «unidade espiritual» em
Cristo Jesus e, que compartilhamos dos mesmos propósitos, da mesma fé, do mesmo
amor, da mesma Palavra, das mesmas promessas, da mesma pureza e da esperança
futura com Cristo na Sua Glória (João 17.21; Atos 20.34-38; Rom 12.5,10-20; 1
Cor 10.17; 12.12-27; Gál 3.28; Efés 4.13; 2 Tim 2.3). A Santa Ceia reúne todos
os comprometidos com Cristo em torno dEle, pois está Presente conosco. Ninguém
pode dizer que está em comunhão com Jesus Cristo e conosco se não participar do
Seu Corpo e do Seu Sangue (João 6.53-58).
Ao Celebrarmos a Santa
Ceia, estamos assegurando o nosso Arrebatamento para o céu: Alguém pode chegar
a pensar que o arrebatamento da Igreja e a Ceia do Senhor Jesus são casos
distintos, ou que o arrebatamento independe da celebração da Santa Ceia de
Cristo. Todavia, aqueles que não participam da Santa Ceia de Cristo ou
participam indignamente, podem estar preparados para o arrebatamento da Igreja
de Cristo? a) Como estão preparados se não estão em comunhão com Cristo e com a
Sua Igreja! b) Se não estão discernindo o Corpo e o Sangue de Cristo, nos
elementos da Santa Ceia! c) Não estão participando dos benefícios oriundos do
Sacrifício de Jesus Cristo! d) Se não estão em santificação! Por isso, dissemos
com precisão, aqueles que comem o pão e o cálice do Senhor Jesus, conforme o
estatuto contido nestes ensinamentos, estão preparados para a qualquer momento
serem arrebatados (Sal 24.3-5; Mat 5.8; Col 2.10; Heb 12.14; 1 Cor 11.29). Por
conseguinte, a Ceia do Senhor Jesus é o nosso «alimento e bebida espiritual»
que satisfaz os anseios da nossa alma, significando participação no Cristo
ressuscitado, garantindo-nos a Vida Eterna (João 6.32-32,48-58). Não podemos
esquecer, que o simbolismo da Santa Ceia expressa a realidade espiritual e
mística, da nossa participação no Sangue e no Corpo de Cristo. Sem essa
participação espiritual e mística (contato genuíno), simbolizada pelo pão e
pelo suco de uva, não temos qualquer garantia de salvação.
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