ESTUDO-07 OS PERIGOS DA INCREDULIDADE
DATA._____/_____/_____
ESTUDO-07
OS PERIGOS DA INCREDULIDADE
Referência: NÚMEROS 13,14
INTRODUÇÃO
Não saímos do cativeiro para viver no deserto. O nosso
destino é a terra prometida.
A secura do deserto, os pedregais, as serpentes, as areias
escaldantes do deserto não são o nosso destino. Nosso destino é uma terra que
mana leite e mel. Nosso destino é uma vida abundante.
O povo de Israel tombou no deserto. Fracassou na jornada.
Naufragou na fé e não entrou na terra. Vejamos as causas:
I. O SINTOMA DA INCREDULIDADE
1. Dt 1.19-22 – “…”
Deus já havia PROMETIDO a terra e já havia feito uma
DESCRIÇÃO da terra (Dt 8.7-9).
Duvidaram da Palavra de Deus e das promessas de Deus.
Pensaram que conquistariam a terra pelos seus esforços e não
pela intervenção soberana de Deus.
2. Nm 13.27 – O povo só descobre o que Deus já havia falado:
“A terra de fato é boa.”
3. Nm 13.28 – MAS, PORÉM – A incredulidade sempre descobre
impossibilidades, olha para as circunstâncias, para os obstáculos e não para
Deus.
4. Nm 13.30 – ENTÃO CALEBE – subamos, possuamos, certamente
prevaleceremos.
5. A INCREDULIDADE PRODUZ:
5.1. Senso de fraqueza – v. 31 – “Não poderemos subir…” =
Eles riscaram as promessas de Deus, eles anularam a Palavra de Deus, o poder de
Deus e só enxergaram os obstáculos. Sentem-se fracos, impotentes, incapazes.
5.2. Complexo de inferioridade – v. 31 – “…porque é mais
forte do que nós.” = As cidades eram grandes, mas Deus é maior. As muralhas
eram altas, mas Deus é o altíssimo. Os gigantes eram fortes, mas Deus é o todo
poderoso. A fé olha para Deus e vence as dificuldades. A incredulidade vê as
dificuldades e duvida de Deus.
5.3. Desespero e desânimo nos outros – v. 32 – “E diante dos
filhos de Israel infamaram a terra.”
5.4. Baixa auto-estima – v. 33 – “…e éramos aos nossos
próprios olhos como gafanhotos.” – Eles eram príncipes, líderes, nobres, homens
de escol, mas se encolheram. Sentiram-se como gafanhotos, sob as botas dos
gigantes. De príncipes a gafanhotos. De filhos do rei a insetos. Estavam com a
auto-imagem arrasada.
5.5. Visão distorcida da realidade – v. 33 – “…éramos
gafanhotos aos seus olhos.” = Eles são gigantes e nós pigmeus. Eles são fortes
e nós fracos. Eles são muitos e nós poucos. Eles vivem em cidades fortificadas
e nós no deserto. Eles são guerreiros e nós peregrinos. Arrastaram-se no pó,
sentiram-se indignos, fracotes, menos do que príncipes, menos do que homens,
menos do que gente, gafanhotos, insetos.
II. OS EFEITOS DA INCREDULIDADE
1. Contagia e conduz o povo ao desespero – 14.1 = Toda a
congregação chorou. Só viram suas impossibilidades e não as possibilidades de
Deus. Ficaram esmagados de desespero. Não viram saída. Não viram solução. Em
Êxodo 15.13-18 – olharam para Deus e cantaram. Agora olham para o inimigo e se
vêem como gafanhotos e choram.
2. Contagia e conduz o povo à murmuração – 14.2 = O povo em
vez de se voltar para Deus, se volta contra Deus. Em vez de ver Deus como
libertador, o vê como opressor. Acusaram a Deus. Murmuraram contra Ele.
3. Conduz à ingratidão – 14.2 = “…antes tivéssemos morrido
no Egito.”- O povo se esqueceu da bondade de Deus, do livramento de Deus, das
vitórias que Deus lhes dera.
4. Conduz à insolência contra Deus – 14.3 = Acusaram a Deus.
Infamaram a Deus. Insultaram a Deus. Disseram que Deus era o responsável pela
crise.
5. Conduz à apostasia – 14.3 – “Não nos seria melhor voltar
ao Egito?” = Não há nada que entristece mais o coração de Deus do que ver o seu
povo arrependido de ter se arrependido. Do que ver o seu povo desejoso de
voltar ao mundo e ao Egito. Eles se enfastiaram de Deus, da sua direção, da sua
companhia e sustento. Eles se esqueceram dos benefícios de Deus e dos açoites
dos carrascos. Quando você deixa a igreja e volta para o mundo, para o pecado,
só vê gigantes diante de você e não o poder de deus. Isso leva à apostasia e
fere o coração de Deus.
6. Conduz à amotinação – 14.4 = Queriam outros líderes que
os guiassem de volta ao Egito. Rebelaram-se contra Deus. Não queriam mais
seguir o comando de Moisés. Houve uma insurreição. Um motim. Uma conspiração.
Um reboliço. Uma agitação. Uma fermentação no meio do povo.
7. Conduz à rebeldia contra Deus – 14.9 = Amar mais o Egito
que o Deus da promessa é rebeldia. Não crer no Deus todo poderoso e se
intimidar diante dos gigantes deste mundo é rebeldia. Não andar pela fé é
rebeldia.
8. Conduz ao medo do inimigo – 14.9 = O medo vê fantasma,
como aconteceu com os discípulos no mar da Galiléia. O medo altera as
situações. Josué e Calebe viram os inimigos como pão que seriam triturados. O
povo viu os inimigos como gigantes. O povo se viu como inseto. Josué e Calebe
se viram como povo imbativo.
9. Conduz à perseguição contra os líderes – 14.10 = Em vez
de obedecer a voz de Deus, o povo rebelde decidiu apedrejar os arautos de Deus.
Não queriam mudar de vida, por isso, queriam mudar de liderança e se ver livre
dela.
III. O QUE FAZER NA HORA DA EPIDEMIA DA INCREDULIDADE
1. Quebrantamento diante de Deus – 14.5,6 = Não adianta
discutir, brigar, argumentar, fomentar, jogar uns contra os outros, espalhar
boatos. É preciso quebrantamento. É preciso se humilhar debaixo da poderosa mão
de Deus.
2. Firmar-se na verdade que Deus diz – 14.7 = Não devemos
ser levados pelos comentários, pelas críticas, pela epidemia do desânimo.
Devemos nos fixar no que Deus diz. Devemos nos estribar na experiência daqueles
que confiam em Deus.
3. Mostrar ao povo como vencer os gigantes – 14.8 = a) “Se o
Senhor se agradar de nós” – v. 8 = Quando Deus se agrada de nós, somos
imbatíveis. Deus tem se agradado de você? Exemplo: ACÃ – l) Se não eliminardes
o pecado eu não serei convosco. 2) Se não eliminardes não podereis resistir os
inimigos. b) “O Senhor é conosco, não os temais”- v. 9 – = A nossa vitória não
advém da nossa força, mas da presença de Deus conosco. Exemplo: A ARCA – onde
estava a arca, havia vitória. c) “Tão somente não sejais rebeldes contra o
Senhor” – v. 9 = A única condição de vitória é deixar de mão a rebeldia.
4. Orar intercessoriamente – 14.13-20 = A oração de Moisés
evita um desastre. Moisés não agride o povo, mas suplica a Deus em seu favor. A
despeito do pecado, ele ora e está preocupado com a honra de Deus. Quando o
povo de Deus está em crise, nós comprometemos a reputação de Deus. Orar é lutar
para que o nome de Deus seja exaltado.
IV. COMO DEUS TRATA A QUESTÃO DA INCREDULIDADE NO MEIO DO
SEU POVO
1. Deus traz livramento aos que creem na sua Palavra na hora
H – 14.10 = José, Daniel, Masaque, Sadraque e Abede-Nego, Paulo em Jerusalém,
Pedro na prisão.
2. Deus mostra seu cansaço com a incredulidade do povo
diante das evidências – 14.11
3. Deus perdoa o povo em resposta à oração e remove o
castigo – 14.20 = Perdoados, eles seriam não seriam destruídos ali em Cades
Barnéia.
4. Deus não retira as consequências do pecado –
14.21-23,27-35 = O pecado está perdoado, mas as cicatrizes ficam como
advertência.
A) Eles viram a glória de Deus.
B) Eles viram os prodígios de Deus, mas mesmo assim,
1) Eles puseram Deus à prova dez vezes – v.22.
2) Eles não obedeceram à voz de Deus – v. 22.
3) Eles desprezaram a Deus – v. 23.
ENTÃO DEUS…
1) Mudou o rumo da viagem deles – v. 25.
2) Um ano/um dia – o pecado comete-se num momento, mas custa
anos de pagamento – v. 34.
3) Eles não veriam a terra – v. 29-31.
4) Eles não terão o que desprezaram – v. 31. 5) Eles terão o
que desejaram – morrer no deserto – v. 31.
5. Deus galardoa os que crêem – 14.24,25 = Calebe – v. 24 –
Servo, tem outro espírito, perseverou em seguir a Deus.
6. Deus julga com castigo os amotinadores que insuflaram o
povo – 14.36-38
7. Deus não aceita ativismo quando não existe santidade e
obediência – 14.39-45 = a) Não há vitória e prosperidade onde há desobediência
– v. 41; b) Não há vitória onde o Deus da vitória está ausente – v. 42; c) Não
há presença e nem vitória de Deus, onde as pessoas se desviam da vontade de
Deus – v. 43; d) Não há compromisso de Deus de abençoar um povo que desobedece
Sua Palavra – v. 44,45.
CONCLUSÃO
A terra prometida e Não o deserto é onde devemos viver.
Terra farta, onde mana leite e mel. Às vezes a incredulidade nos impede de
entrar nesta vida deleitosa. É hora de entrar na terra prometida da vida
abundante. É hora de desafiar os gigantes. É hora de deixar de lado a
incredulidade e confiar no Deus dos impossíveis. É hora de tapar os ouvidos às
vozes agourentas do pessimismo e crer nas promessas infalíveis da Palavra de
Deus. Avante, pois, irmãos! Amém.
Rev. Hernandes Dias Lopes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário